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03/04/2005
-
07h25
RICARDO FELTRIN
Enviado especial da Folha Online a Roma
Pelo menos 130 mil pessoas, segundo a polícia italiana, assistem à primeira grande missa em homenagem a João Paulo 2º, que morreu ontem aos 84 anos.
Das 130 mil pessoas, cerca de 50 mil se concentram na praça São Pedro, diante da basílica de Roma e do Palácio Apostólico, onde o papa morreu.
A praça se transformou num mar escuro na manhã de hoje, enquanto o cardeal Ângelo Sodani conduzia a missa. A maioria absoluta das pessoas usa alguma peça de roupa preta, em sinal de luto.
Muitos fiéis estão no local em vigília desde as 21h55 de ontem, quando a morte do papa (21h37 em Roma, 16h37 no Brasil) foi anunciada para cerca de 50 mil pessoas que assistiam ao terço, após a missa noturna do sábado à noite.
As cerimônias religiosas vão prosseguir durante todo o domingo.
O corpo de João Paulo 2º deve ser levado para a basílica ainda hoje à noite, mas só ficará visível para visitação pública na manhã desta segunda, quando outra missa --de corpo presente-- será celebrada.
26 anos de pontificado
Karol Josef Wojtyla, o papa João Paulo 2º, morreu neste sábado, aos 84 anos em Roma, após dois dias de agonia. Comunicado oficial do Vaticano informa que o sumo pontífice morreu às 21h37 [16h37 de Brasília] do dia 2 de abril de 2005 em seus aposentos no Palácio Apostólico.
Sua morte encerra 26 anos do terceiro maior pontificado da história da Igreja Católica Apostólica Romana, período marcado por intensa atuação política, viagens aos cinco continentes, defesa da paz e dos direitos humanos, mas também de conservadorismo moral.
Nascido na Polônia comunista, Wojtyla foi considerado um militante anticomunista, que ajudou a derrotar as ditaduras socialistas do Leste Europeu e a esfriar a Guerra Fria.
Criticou as injustiças e desigualdades promovidas pelo capitalismo. Pediu a paz no Oriente Médio, condenou os atentados terroristas e opôs-se à invasão do Iraque, classificando-a de "imoral e injusta".
Na tentativa de preparar uma velha igreja para chegar ao terceiro milênio, João Paulo 2º adotou uma postura progressista socialmente, mas ao mesmo tempo conservadora religiosamente.
Ao mesmo tempo em que defendia de forma veemente os direitos humanos, criticando por exemplo a globalização como instrumento de acentuação da desigualdade social e concentração de renda, era um inflexível moralista quanto à biotecnologia e à sexualidade.
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130 mil lotam Vaticano na missa em memória a João Paulo 2º
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Enviado especial da Folha Online a Roma
Pelo menos 130 mil pessoas, segundo a polícia italiana, assistem à primeira grande missa em homenagem a João Paulo 2º, que morreu ontem aos 84 anos.
Das 130 mil pessoas, cerca de 50 mil se concentram na praça São Pedro, diante da basílica de Roma e do Palácio Apostólico, onde o papa morreu.
A praça se transformou num mar escuro na manhã de hoje, enquanto o cardeal Ângelo Sodani conduzia a missa. A maioria absoluta das pessoas usa alguma peça de roupa preta, em sinal de luto.
Muitos fiéis estão no local em vigília desde as 21h55 de ontem, quando a morte do papa (21h37 em Roma, 16h37 no Brasil) foi anunciada para cerca de 50 mil pessoas que assistiam ao terço, após a missa noturna do sábado à noite.
As cerimônias religiosas vão prosseguir durante todo o domingo.
O corpo de João Paulo 2º deve ser levado para a basílica ainda hoje à noite, mas só ficará visível para visitação pública na manhã desta segunda, quando outra missa --de corpo presente-- será celebrada.
26 anos de pontificado
Karol Josef Wojtyla, o papa João Paulo 2º, morreu neste sábado, aos 84 anos em Roma, após dois dias de agonia. Comunicado oficial do Vaticano informa que o sumo pontífice morreu às 21h37 [16h37 de Brasília] do dia 2 de abril de 2005 em seus aposentos no Palácio Apostólico.
Sua morte encerra 26 anos do terceiro maior pontificado da história da Igreja Católica Apostólica Romana, período marcado por intensa atuação política, viagens aos cinco continentes, defesa da paz e dos direitos humanos, mas também de conservadorismo moral.
Nascido na Polônia comunista, Wojtyla foi considerado um militante anticomunista, que ajudou a derrotar as ditaduras socialistas do Leste Europeu e a esfriar a Guerra Fria.
Criticou as injustiças e desigualdades promovidas pelo capitalismo. Pediu a paz no Oriente Médio, condenou os atentados terroristas e opôs-se à invasão do Iraque, classificando-a de "imoral e injusta".
Na tentativa de preparar uma velha igreja para chegar ao terceiro milênio, João Paulo 2º adotou uma postura progressista socialmente, mas ao mesmo tempo conservadora religiosamente.
Ao mesmo tempo em que defendia de forma veemente os direitos humanos, criticando por exemplo a globalização como instrumento de acentuação da desigualdade social e concentração de renda, era um inflexível moralista quanto à biotecnologia e à sexualidade.
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