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03/04/2005 - 19h24

Veja alguns religiosos que podem substituir João Paulo 2º

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da France Presse, na Cidade do Vaticano
da Folha Online

A lista dos religiosos "papáveis" é formada com base na visão de dois grupos extremamente contraditórios, que dividem o Vaticano: o primeiro, defende um "regresso à normalidade", isto é, a eleição de um papa italiano, depois que o polonês João Paulo 2º quebrou uma tradição de quase 500 anos.

Os religiosos que integram o segundo grupo defendem a manutenção do "impulso internacional", principalmente com a eleição de um papa vindo de alguns país em desenvolvimento, da Ásia ou da América Latina.

Veja alguns dos "papáveis" que correspondem a essas duas linhas de pensamento do Vaticano:

Dionigi Tettamanzi, 71, arcebispo de Milão

Italiano, teólogo, padre desde 1957, cardeal desde 1998, é considerado um reformista moderado. Trabalhou com João Paulo 2º na formulação dos documentos sobre a família e a bioética. Para demonstrar a confiança que tinha nele, o papa o nomeou, em julho de 2002, como arcebispo de Milão, a maior diocese do mundo, com quase 5 milhões de fiéis, convertendo-o em um dos principais "papáveis". Tettamanzi, ao contrário de João Paulo 2º, tem dois pontos fracos: só fala italiano, e não é tão carismático quanto o último sumo pontífice.

Angelo Scola, 63, arcebispo de Veneza

Italiano, ordenado padre, em 1970, doutor em teologia e filosofia, cardeal desde 2003, está ativamente implicado no movimento católico Comunhão e Liberação. Mais partidário do pensamento intelectual universitário que do contato com os fiéis, fala vários idiomas. Considerado um moderado, em 15 de março último afirmou que desejava acompanhar o "irreprimível processo de mestiçagem das civilizações", durante a apresentação em Paris, da revista "Oásis", destinada a favorecer o diálogo entre cristãos e muçulmanos. Seria o candidato italiano do Opus Dei, grupo conservador bastante prestigiado por João Paulo 2º.

Cláudio Hummes, 70, arcebispo de São Paulo

Brasileiro, franciscano, cardeal desde 2001, Hummes se considera um religioso moderado, de centro, defensor do compromisso de uma Igreja ao lado dos pobres, apesar de não apoiar a Teologia da Libertação. Combateu com firmeza a ditadura militar no Brasil, abrindo as igrejas às organizações sindicais e movimentos sociais. Lutou contra a ascensão de outras crenças e práticas religiosas no país.

Jorge Mario Bergoglio, 68, arcebispo de Buenos Aires

Argentino, de origem italiana, cardeal desde fevereiro de 2001, é o primeiro jesuíta que chegou a este posto na Argentina. Engenheiro químico antes de entrar na ordem, rechaça tudo aquilo que considera "mundano", como o uso de automóveis. Usa apenas transportes públicos e se nega a ocupar a luxuosa casa dos bispos na capital argentina. Apesar do perfil, uma "mancha histórica" marca sua trajetória: um escritor o acusou de não haver atuado contra a ditadura militar para proteger os jesuítas, que foram alvos dos militares na época.

Dario Castrillon Hoyos, 75, chefe da Congregação do Clero

Colombiano, cardeal desde 1998, chefe de cerca de 400 mil padres do mundo todo, é muito próximo à Opus Dei e aos Legionários de Cristo, dois movimentos bastante conservadores.

Ivan Dias, 69, diplomata e arcebispo de Mumbai

Nascido na cidade indiana Mumbai, é padre desde 1965 e cardeal desde 2001. Seguiu a carreira do serviço diplomático do Vaticano a partir de 1965, e viajou em vários países da Ásia e da Europa. Trabalhou próximo à madre Teresa de Calcutá e defende a comunidade cristã na Índia.

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