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04/04/2005 - 18h11

Para teólogos, dom Cláudio tem chances reais de ser o novo papa

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FABIANA FUTEMA
da Folha Online

Colocar o nome do arcebispo de São Paulo, dom Cláudio Hummes, entre os favoritos para suceder o papa João Paulo 2º não se trata apenas de ufanismo. Segundo teólogos, dom Cláudio tem chances reais de vir a ser escolhido o futuro papa.

"Dos quatro brasileiros que podem votar e ser votados, dom Cláudio é que tem mais chance de ser indicado", disse o professor titular da cadeira de teologia e ciência da religião da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Mario Sergio Cortella.

Segundo ele, o mundo espera por um papa que venha de um país em desenvolvimento, como o Brasil.

Cortella lembrou que o próprio papa João Paulo 2º declarou ter votado num brasileiro anteriormente. Teria sido dom Aloísio Lorscheider, 80, arcebispo emérito de Aparecida (SP).

Além disso, Cortella disse que o futuro papa deverá ser alguém com o perfil próximo dos últimos dez anos de vida de João Paulo 2º. "Não deverá ser alguém tão jovem para não provocar uma ruptura com a imagem do antecessor. Deverá ser alguém com cerca de 70 anos." Coincidentemente, dom Cláudio tem 70 anos.

Seu colega, o professor de teologia da PUC-SP, Fernando Altemeyer, disse que foram os europeus que lançaram a candidatura de dom Cláudio. "Não foram os brasileiros que pressionaram pela inclusão de seu nome na lista dos possíveis novos papas."

Concorrentes

Altemeyer disse que dom Cláudio terá, entretanto, fortes concorrentes na eleição que escolherá o futuro papa. Para ele, os mais fortes são os candidatos italianos, como Dionigi Tettamanzi: arcebispo de Milão, maior reduto católico da Europa. "Os italianos são sempre fortes candidatos. Eles são maioria dentro do conclave e têm um peso importante nas decisões da Igreja Católica."

Para ele, outro forte candidato é o nigeriano Francis Arinze, líder da Igreja na África. "Se a Igreja definir como desafio para os próximos anos a atuação nos países pobres, Arinze será o nome mais forte na disputa."

Altemeyer disse que existem nomes que não estão na disputa, mas que poderão ser escolhidos em função das deliberações da Igreja. "Se a Igreja entender que o desafio dos próximos anos é fortalecer sua presença na Ásia, algum nome da região poderá vir a ser escolhido."

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