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05/04/2005
-
10h49
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
O bispo de Mogi das Cruzes (SP), dom Airton José dos Santos, tem muitas lembranças positivas do arcebispo de São Paulo, o cardeal Cláudio Hummes, tido como forte candidato na sucessão papal.
Ele --que foi ordenado diácono e padre por dom Cláudio em 1985-- era freqüentador da diocese de Santo André na década de 70. Na época (1975-1996), dom Cláudio era bispo de Santo André.
"Meu contato com dom Cláudio ficou mais estreito em 1979, quando entrei para o seminário. Mas antes disso já conhecia seu trabalho na igreja", disse dom Airton.
Segundo ele, a principal marca de dom Cláudio é a "clareza quanto a orientação da igreja". "Diante das exigências da época, me admirava a firmeza dele sobre o que era necessário fazer."
Um episódio, em especial, ficou marcado na memória de dom Airton. "Houve um período em que os sindicatos foram fechados pelo governo. E dom Cláudio abriu a igreja para a realização de reuniões e assembléias de sindicatos", afirmou dom Airton.
Para dom Airton, ficou claro que "dom Cláudio fez o que precisava ser feito". "E quando houve liberdade [sindical], ele [dom Cláudio] não precisou mais atuar nesse sentido."
Disciplina
Dom Airton disse que dom Cláudio sempre foi muito disciplinado e exigente. "Ele sempre respeitou a competência dos outros. Mas sempre exigiu que as coisas fossem feitas como se devia. Seu estilo de vida sempre foi muito metódico."
Para ele, o amigo sempre foi alguém que gosta de conversar. "Ele sempre gostou de estar com os outros, de conversar e trocar idéias. Sempre foi bem informado."
Palpites
Como a maioria dos religiosos, dom Airton evita arriscar um palpite sobre o nome do futuro papa. "Quem entra papa no conclave [reunião de cardeais que escolhe o futuro papa] sempre sai cardeal, já diz o ditado."
Segundo ele, a nacionalidade do futuro papa não é o mais importante para a Igreja Católica . "Não importa de onde será o futuro papa. Tem de ser um papa para toda a igreja. Na igreja, não existe partidarismo."
Para dom Airton, os principais desafios do futuro papa serão ajudar a reduzir a violência e a supremacia de uma nação sobre a outra. "Cada tempo tem o seu desafio. E o novo papa estará pronto para enfrentar o desafio do seu tempo."
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Bispo de Mogi lembra período em que dom Cláudio abriu a igreja para sindicatos
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O bispo de Mogi das Cruzes (SP), dom Airton José dos Santos, tem muitas lembranças positivas do arcebispo de São Paulo, o cardeal Cláudio Hummes, tido como forte candidato na sucessão papal.
Ele --que foi ordenado diácono e padre por dom Cláudio em 1985-- era freqüentador da diocese de Santo André na década de 70. Na época (1975-1996), dom Cláudio era bispo de Santo André.
"Meu contato com dom Cláudio ficou mais estreito em 1979, quando entrei para o seminário. Mas antes disso já conhecia seu trabalho na igreja", disse dom Airton.
Segundo ele, a principal marca de dom Cláudio é a "clareza quanto a orientação da igreja". "Diante das exigências da época, me admirava a firmeza dele sobre o que era necessário fazer."
Um episódio, em especial, ficou marcado na memória de dom Airton. "Houve um período em que os sindicatos foram fechados pelo governo. E dom Cláudio abriu a igreja para a realização de reuniões e assembléias de sindicatos", afirmou dom Airton.
Para dom Airton, ficou claro que "dom Cláudio fez o que precisava ser feito". "E quando houve liberdade [sindical], ele [dom Cláudio] não precisou mais atuar nesse sentido."
Disciplina
Dom Airton disse que dom Cláudio sempre foi muito disciplinado e exigente. "Ele sempre respeitou a competência dos outros. Mas sempre exigiu que as coisas fossem feitas como se devia. Seu estilo de vida sempre foi muito metódico."
Para ele, o amigo sempre foi alguém que gosta de conversar. "Ele sempre gostou de estar com os outros, de conversar e trocar idéias. Sempre foi bem informado."
Palpites
Como a maioria dos religiosos, dom Airton evita arriscar um palpite sobre o nome do futuro papa. "Quem entra papa no conclave [reunião de cardeais que escolhe o futuro papa] sempre sai cardeal, já diz o ditado."
Segundo ele, a nacionalidade do futuro papa não é o mais importante para a Igreja Católica . "Não importa de onde será o futuro papa. Tem de ser um papa para toda a igreja. Na igreja, não existe partidarismo."
Para dom Airton, os principais desafios do futuro papa serão ajudar a reduzir a violência e a supremacia de uma nação sobre a outra. "Cada tempo tem o seu desafio. E o novo papa estará pronto para enfrentar o desafio do seu tempo."
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