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05/04/2005
-
20h42
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
Cerca de 37 mil franciscanos brasileiros, entre religiosos e leigos, torcem para a vitória de dom Cláudio Hummes, 70, no conclave (reunião dos cardeais para eleger o novo papa). Apontado pela imprensa internacional como um dos favoritos, o arcebispo metropolitano de São Paulo integra a ordem fundada por são Francisco de Assis (1182-1226), que exige votos de pobreza, castidade e obediência.
Líderes dessa ordem religiosa no Brasil, ouvidos pela Folha Online, consideram que um papa franciscano daria à Igreja Católica um "rosto" mais simples, leve e despojado, envolvido em questões sociais como o combate à pobreza, a defesa dos excluídos e a promoção da ecologia, lançando uma imagem pública capaz de atrair novos fiéis, entre os jovens especialmente, e recuperar o rebanho de "ovelhas desgarradas".
"Sonhamos com uma Igreja mais fraterna, mais próxima das pessoas, livre das amarras e etiquetas. Seria um orgulho e uma grande honra ter um papa franciscano, como dom Cláudio Hummes, na grande engrenagem, na máquina da Igreja Católica", diz irmã Maria Vilani Rocha de Oliveira, 63, segunda mulher a presidir a FFB (Família Franciscana do Brasil).
A entidade foi criada em 1994 em Petrópolis (região serrana do Rio), com objetivo de "animar" a vida franciscana no país, nas palavras de irmã Vilani, isto é, promover seminários, retiros, projetos e publicações, entre outras ações. "Somos o coração institucional da ordem no país." A FFB substituiu o Cefepal (Centro de Estudos Franciscanos e Pastorais para a América Latina), que atuava no país desde 1966.
"Temos a maior fraternidade franciscana do mundo. Em 2º lugar, aparece Veneza [Itália]. Acho que dom Cláudio tem bastante chance no conclave e está apto a conduzir os destinos da Igreja no mundo. Ele é seguro, centrado, equilibrado, e tem uma liderança à frente da arquidiocese de São Paulo", afirma o frei Vitório Mazzuco Filho, vigário da província da Imaculada Conceição, que abrange cinco Estados (SP, RJ, ES, SC e PR).
Os franciscanos defendem uma participação concreta da Igreja Católica em projetos sociais, principalmente nas periferias das grandes cidades. A ordem trabalha, por exemplo, com moradores de rua, catadores de papel, sem-teto e portadores do vírus do HIV (Aids).
"Um papa franciscano buscaria um diálogo interreligioso para construir a paz. Foi são Francisco quem foi ao Egito falar com o sultão [que comandava forças muçulmanas nas cruzadas contra os cristãos] e cuidar dos feridos", diz irmã Vilani.
Quem são os franciscanos
O último levantamento realizado pela FFB aponta a existência de aproximadamente 36,8 mil franciscanos e 1.800 unidades (como mosteiros) no país. Desse total, 1.500 são frades ordenados.
A maioria dos franciscanos (20 mil) é formada por leigos (homens e mulheres, solteiros ou casados). Também são considerados franciscanos cerca de 4.000 jovens da Jufra (abreviatura de Juventude Franciscana).
Os franciscanos são organizados em três ordens. A primeira, exclusiva dos homens, reúne frades menores (sigla OFM), capuchinhos (OFM CAP) e conventuais (OFM CONV). A segunda ordem só engloba religiosas (clarissas, concepcionistas e capuchinhas).
Já a terceira ordem franciscana é composta por leigos, sacerdotes diocesanos e religiosos de ambos os sexos, dividindo-se em secular (leigos e sacerdotes) e regular (religiosos, sacerdotes, irmãos e irmãs).
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Franciscanos torcem por vitória de dom Cláudio em conclave
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Cerca de 37 mil franciscanos brasileiros, entre religiosos e leigos, torcem para a vitória de dom Cláudio Hummes, 70, no conclave (reunião dos cardeais para eleger o novo papa). Apontado pela imprensa internacional como um dos favoritos, o arcebispo metropolitano de São Paulo integra a ordem fundada por são Francisco de Assis (1182-1226), que exige votos de pobreza, castidade e obediência.
Líderes dessa ordem religiosa no Brasil, ouvidos pela Folha Online, consideram que um papa franciscano daria à Igreja Católica um "rosto" mais simples, leve e despojado, envolvido em questões sociais como o combate à pobreza, a defesa dos excluídos e a promoção da ecologia, lançando uma imagem pública capaz de atrair novos fiéis, entre os jovens especialmente, e recuperar o rebanho de "ovelhas desgarradas".
"Sonhamos com uma Igreja mais fraterna, mais próxima das pessoas, livre das amarras e etiquetas. Seria um orgulho e uma grande honra ter um papa franciscano, como dom Cláudio Hummes, na grande engrenagem, na máquina da Igreja Católica", diz irmã Maria Vilani Rocha de Oliveira, 63, segunda mulher a presidir a FFB (Família Franciscana do Brasil).
A entidade foi criada em 1994 em Petrópolis (região serrana do Rio), com objetivo de "animar" a vida franciscana no país, nas palavras de irmã Vilani, isto é, promover seminários, retiros, projetos e publicações, entre outras ações. "Somos o coração institucional da ordem no país." A FFB substituiu o Cefepal (Centro de Estudos Franciscanos e Pastorais para a América Latina), que atuava no país desde 1966.
"Temos a maior fraternidade franciscana do mundo. Em 2º lugar, aparece Veneza [Itália]. Acho que dom Cláudio tem bastante chance no conclave e está apto a conduzir os destinos da Igreja no mundo. Ele é seguro, centrado, equilibrado, e tem uma liderança à frente da arquidiocese de São Paulo", afirma o frei Vitório Mazzuco Filho, vigário da província da Imaculada Conceição, que abrange cinco Estados (SP, RJ, ES, SC e PR).
Os franciscanos defendem uma participação concreta da Igreja Católica em projetos sociais, principalmente nas periferias das grandes cidades. A ordem trabalha, por exemplo, com moradores de rua, catadores de papel, sem-teto e portadores do vírus do HIV (Aids).
"Um papa franciscano buscaria um diálogo interreligioso para construir a paz. Foi são Francisco quem foi ao Egito falar com o sultão [que comandava forças muçulmanas nas cruzadas contra os cristãos] e cuidar dos feridos", diz irmã Vilani.
Quem são os franciscanos
O último levantamento realizado pela FFB aponta a existência de aproximadamente 36,8 mil franciscanos e 1.800 unidades (como mosteiros) no país. Desse total, 1.500 são frades ordenados.
A maioria dos franciscanos (20 mil) é formada por leigos (homens e mulheres, solteiros ou casados). Também são considerados franciscanos cerca de 4.000 jovens da Jufra (abreviatura de Juventude Franciscana).
Os franciscanos são organizados em três ordens. A primeira, exclusiva dos homens, reúne frades menores (sigla OFM), capuchinhos (OFM CAP) e conventuais (OFM CONV). A segunda ordem só engloba religiosas (clarissas, concepcionistas e capuchinhas).
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