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08/04/2005
-
18h07
da Folha Online
Após o enterro do papa João Paulo 2º, as atenções do mundo católico começam a se voltar para o processo de sucessão. Oficialmente, o processo será detonado a partir do dia 18, quando começa o conclave, a reunião de cardeais convocada com o propósito específico de escolher o novo comandante da Santa Sé.
Na prática, entretanto, os 116 cardeais que participarão do próximo conclave já estavam no Vaticano, trocaram idéias sobre o assunto pelo menos nos últimos dias. Em tese, qualquer cardeal com idade até 80 anos pode votar e qualquer um deles pode ser escolhido papa, mesmo que tenha mais de 80 anos.
Em meio a esse processo, vários nomes começam a despontar na lista dos cardeais mais cotados a assumir o trono de Pedro --será o 265º papa da Igreja Católica.
O cardeal brasileiro dom Cláudio Hummes, arcebispo de São Paulo, integra a lista dos mais cotados divulgada pela imprensa internacional. Apesar da torcida brasileira, d. Cláudio, no entanto, não faz parte da cúpula da igreja.
Segundo a revista "Time", o nome de Hummes aparece ao lado do italiano Dionigi Tettamanzi, arcebispo de Milão; e do alemão Joseph Ratzinger, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, que ficou no lugar do Tribunal da Inquisição.
Tettamanzi seria provavelmente o principal candidato italiano; Hummes representaria uma virada em direção ao mundo em desenvolvimento --onde o catolicismo continua a crescer--; e Ratzinger representaria a preocupação em nomear um pontífice capaz de manter em forma a burocracia da igreja.
O professor de teologia da PUC-SP, Fernando Altemeyer, disse que tradicionalmente os nomes italianos levam vantagem sobre os demais cardeais. "Os italianos são sempre fortes candidatos. Eles são maioria dentro do conclave e têm um peso importante nas decisões da Igreja Católica."
Altemeyer disse que existem nomes que não aparecem na lista dos mais cotados, mas que poderão ser escolhidos em função das deliberações da igreja.
Se a igreja entender que o desafio dos próximos anos é fortalecer sua presença na Ásia, poderá optar pela escolha de um nome dessa região.
Ratzinger teria a seu favor a força e a riqueza da Alemanha. Diz a lenda que o Vaticano gastou muito dinheiro com a realização dos conclaves que escolheram João Paulo 1º e João Paulo 2º, em 1978. E que naquela época os alemães ajudaram o Vaticano a cobrir os gastos com a realização desses eventos. Em contrapartida, a "bancada alemã" no último conclave ganhou força para indicar Karol Wojtyla.
Apesar da vantagem de cada um dos candidatos a papa, os teólogos e religiosos são cautelosos em cravar com certeza o nome do futuro sumo pontífice. Segundo todos eles, "quem entra papa no conclave, costuma sair cardeal".
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Após o enterro do papa João Paulo 2º, as atenções do mundo católico começam a se voltar para o processo de sucessão. Oficialmente, o processo será detonado a partir do dia 18, quando começa o conclave, a reunião de cardeais convocada com o propósito específico de escolher o novo comandante da Santa Sé.
Na prática, entretanto, os 116 cardeais que participarão do próximo conclave já estavam no Vaticano, trocaram idéias sobre o assunto pelo menos nos últimos dias. Em tese, qualquer cardeal com idade até 80 anos pode votar e qualquer um deles pode ser escolhido papa, mesmo que tenha mais de 80 anos.
Em meio a esse processo, vários nomes começam a despontar na lista dos cardeais mais cotados a assumir o trono de Pedro --será o 265º papa da Igreja Católica.
O cardeal brasileiro dom Cláudio Hummes, arcebispo de São Paulo, integra a lista dos mais cotados divulgada pela imprensa internacional. Apesar da torcida brasileira, d. Cláudio, no entanto, não faz parte da cúpula da igreja.
Segundo a revista "Time", o nome de Hummes aparece ao lado do italiano Dionigi Tettamanzi, arcebispo de Milão; e do alemão Joseph Ratzinger, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, que ficou no lugar do Tribunal da Inquisição.
Tettamanzi seria provavelmente o principal candidato italiano; Hummes representaria uma virada em direção ao mundo em desenvolvimento --onde o catolicismo continua a crescer--; e Ratzinger representaria a preocupação em nomear um pontífice capaz de manter em forma a burocracia da igreja.
O professor de teologia da PUC-SP, Fernando Altemeyer, disse que tradicionalmente os nomes italianos levam vantagem sobre os demais cardeais. "Os italianos são sempre fortes candidatos. Eles são maioria dentro do conclave e têm um peso importante nas decisões da Igreja Católica."
Altemeyer disse que existem nomes que não aparecem na lista dos mais cotados, mas que poderão ser escolhidos em função das deliberações da igreja.
Se a igreja entender que o desafio dos próximos anos é fortalecer sua presença na Ásia, poderá optar pela escolha de um nome dessa região.
Ratzinger teria a seu favor a força e a riqueza da Alemanha. Diz a lenda que o Vaticano gastou muito dinheiro com a realização dos conclaves que escolheram João Paulo 1º e João Paulo 2º, em 1978. E que naquela época os alemães ajudaram o Vaticano a cobrir os gastos com a realização desses eventos. Em contrapartida, a "bancada alemã" no último conclave ganhou força para indicar Karol Wojtyla.
Apesar da vantagem de cada um dos candidatos a papa, os teólogos e religiosos são cautelosos em cravar com certeza o nome do futuro sumo pontífice. Segundo todos eles, "quem entra papa no conclave, costuma sair cardeal".
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