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10/04/2005
-
12h07
da Folha Online
O conclave, reunião mundial dos cardeais para a escolha do novo papa, vai começar no próximo dia 18 às 16h30 (11h30 em Brasília) com dois desfalques.
Dos 117 cardeais abaixo dos 80 anos que podem votar, dois deles estão bastante doentes e não podem viajar até o Vaticano. Ou seja, agora o conclave terá 115 votos.
Os dois religiosos ausentes do conclave são o cardeal mexicano Alfonso Antonio Suárez Rivera, arcebispo de Monterrey, e o cardeal filipino Jaime Sin, arcebispo de Manila. Nas bolsas de apostas, a expectativa é que o 264º sucessor de são Pedro seja escolhido em até cinco dias.
O Brasil terá quatro votos no conclave dos seguintes cardeais: dom Cláudio Hummes, 70, arcebispo de São Paulo, dom Eusébio Oscar Scheid, 72, arcebispo do Rio, dom Geraldo Majella Agnello, 71, arcebispo de Salvador (BA), e dom José Freire Falcão, 79, arcebispo emérito ("aposentado") de Brasilia.
Dos 115 cardeais eleitores, 80 têm mais de 70 anos, e apenas quatro estão na casa dos 60. O mais jovem é o húngaro Peter Erdo, de 54 anos.
Na opinião de muitos vaticanistas, o novo papa deverá ter as características de Karol Wojtyla, ou seja, ser popular, espiritual, midiático e poliglota.
Nomes brasileiros aparecem nas diversas listas de possíveis candidatos a sucessor de João Paulo 2º. Dom Cláudio Hummes figura entre os mais citados. Dom Geraldo Majella, cardeal primaz do Brasil e presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), também começou a ser lembrado nas bolsas de apostas.
A Itália possui o maior número de cardeais com direito a voto (20), seguida pelos EUA (10), Espanha (6), Alemanha (6), França (5), Brasil (4), Polônia (4) e México (4).
Influência de João Paulo 2º
João Paulo 2º nomeou praticamente todos os cardeais que vão participar do conclave. Dos 117 com menos de 80 anos, apenas três não foram nomeados por Karol Wojtyla: o cardeal alemão Joseph Ratzinger, o americano William W. Baum e filipino Sin, um dos ausentes devido a problemas de saúde.
Para John L. Allen Jr., um dos mais respeitados especialistas em Vaticano, esse fato é indicativo do longo tempo de duração do papado de João Paulo 2° (26 anos) e de seu impacto sobre a formação da liderança da igreja.
Mas não significa que João Paulo 2º tenha predeterminado que seu sucessor será um homem semelhante a ele. Alguns críticos citam conservadorismo de Karol Wojtyla, que abriu as portas ao ultraortodoxo Opus Dei.
"Os colégios de cardeais indicados por um papa não costumam simplesmente duplicar esse papa no momento da eleição de seu sucessor. Em lugar disso, procuram, em parte, remediar o que vêem como sendo os pontos fracos do regime anterior, além de consolidar seus pontos fortes", cita Allen, que também é correspondente da revista semanal "National Catholic Reporter" em Roma.
Ele lmebra que os italianos têm um ditado que expressa essa tendência. Eles dizem: "Depois de um papa gordo, sempre vem um magro." Em outras palavras, o próximo conclave certamente trará uma surpresa, segundo Allen. "A dúvida é: de que tipo será essa surpresa?"
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Dos 117 cardeais abaixo dos 80 anos que podem votar, dois deles estão bastante doentes e não podem viajar até o Vaticano. Ou seja, agora o conclave terá 115 votos.
Os dois religiosos ausentes do conclave são o cardeal mexicano Alfonso Antonio Suárez Rivera, arcebispo de Monterrey, e o cardeal filipino Jaime Sin, arcebispo de Manila. Nas bolsas de apostas, a expectativa é que o 264º sucessor de são Pedro seja escolhido em até cinco dias.
O Brasil terá quatro votos no conclave dos seguintes cardeais: dom Cláudio Hummes, 70, arcebispo de São Paulo, dom Eusébio Oscar Scheid, 72, arcebispo do Rio, dom Geraldo Majella Agnello, 71, arcebispo de Salvador (BA), e dom José Freire Falcão, 79, arcebispo emérito ("aposentado") de Brasilia.
Dos 115 cardeais eleitores, 80 têm mais de 70 anos, e apenas quatro estão na casa dos 60. O mais jovem é o húngaro Peter Erdo, de 54 anos.
Na opinião de muitos vaticanistas, o novo papa deverá ter as características de Karol Wojtyla, ou seja, ser popular, espiritual, midiático e poliglota.
Nomes brasileiros aparecem nas diversas listas de possíveis candidatos a sucessor de João Paulo 2º. Dom Cláudio Hummes figura entre os mais citados. Dom Geraldo Majella, cardeal primaz do Brasil e presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), também começou a ser lembrado nas bolsas de apostas.
A Itália possui o maior número de cardeais com direito a voto (20), seguida pelos EUA (10), Espanha (6), Alemanha (6), França (5), Brasil (4), Polônia (4) e México (4).
Influência de João Paulo 2º
João Paulo 2º nomeou praticamente todos os cardeais que vão participar do conclave. Dos 117 com menos de 80 anos, apenas três não foram nomeados por Karol Wojtyla: o cardeal alemão Joseph Ratzinger, o americano William W. Baum e filipino Sin, um dos ausentes devido a problemas de saúde.
Para John L. Allen Jr., um dos mais respeitados especialistas em Vaticano, esse fato é indicativo do longo tempo de duração do papado de João Paulo 2° (26 anos) e de seu impacto sobre a formação da liderança da igreja.
Mas não significa que João Paulo 2º tenha predeterminado que seu sucessor será um homem semelhante a ele. Alguns críticos citam conservadorismo de Karol Wojtyla, que abriu as portas ao ultraortodoxo Opus Dei.
"Os colégios de cardeais indicados por um papa não costumam simplesmente duplicar esse papa no momento da eleição de seu sucessor. Em lugar disso, procuram, em parte, remediar o que vêem como sendo os pontos fracos do regime anterior, além de consolidar seus pontos fortes", cita Allen, que também é correspondente da revista semanal "National Catholic Reporter" em Roma.
Ele lmebra que os italianos têm um ditado que expressa essa tendência. Eles dizem: "Depois de um papa gordo, sempre vem um magro." Em outras palavras, o próximo conclave certamente trará uma surpresa, segundo Allen. "A dúvida é: de que tipo será essa surpresa?"
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