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14/04/2005
-
10h38
da France Presse, no Vaticano
O novo papa poderá escolher livremente o nome que utilizará durante seu pontificado e com o qual passará à história como o mais novo sucessor do trono de Pedro.
A regra estabelece que o sucessor do apóstolo Pedro no comando da Igreja Católica escolha seu nome logo após ser eleito pelo Colégio Cardinalício, reunido em conclave.
João Paulo 1º, eleito em 1978 e cujo pontificado durou apenas 33 dias, foi o primeiro a optar por um nome composto, expressando assim sua afeição à herança deixada pelos pontífices João 23 e Paulo 6º.
Seu sucessor, João Paulo 2º, que assumiu o comando da igreja em outubro de 1978, explicou a escolha de seu nome em sua primeira encíclica, "Redemptor hominis", redigida em 4 de março de 1979. Nela, Karol Josef Wojtyla expressou a vontade de entrar simbolicamente na tradição de seus mais próximos antecessores.
"Como o pontificado (de João Paulo 1º) durou apenas 33 dias, corresponde-me não só continuá-lo, mas de certa maneira também retomá-lo no mesmo ponto de partida", escreveu o sumo pontífice.
"João 23 e Paulo 6º constituem uma etapa a partir da qual quero, junto com João Paulo 1º, continuar caminhando para o futuro, deixando-me guiar, por assim dizer, com uma confiança sem limite, pela obediência ao Espírito que Cristo prometeu enviar a sua igreja", disse o pontífice polonês na "Redemptor hominis".
O sucessor de João Paulo 2º terá várias possibilidades para eleger o nome que usará durante o pontificado, podendo optar por uma versão latinizada de seu nome de batismo, escolher o de um papa anterior, acrescentando apenas seu número, ou o de um santo.
Também poderá ter em conta considerações pessoais como no caso de João 23, que escolheu este nome numa referência ao próprio pai.
Originalmente, os papas mantinham seu nome de batismo, mas isso mudou em 996 quando Gregório 5º renunciou ao nome de batismo, Bruno, um exemplo que foi seguido por 131 de seus 133 sucessores, entre eles o polonês Wojtyla.
Antes do século 10, apenas seis papas haviam mudado de nome por razões diversas, sendo que a primeira exceção foi João 2º em 533, que tinha o nome do deus pagão Mercúrio.
Desde o galileu Simão Pedro, fundador da Igreja Católica e morto como mártir no ano 64, nenhum de seus sucessores se atreveu a repetir seu nome. Nem sequer João 14 (983) e Sérgio 4 (1009), os dois sucessores que foram batizados com o nome do apóstolo.
O primeiro nome a ser repetido pelos chefes da Igreja Católica foi o Sixto, enquanto os mais adotados foram João (22) [o papa João 16 foi um antipapa --eleito por meios não-canônicos-- e por essa razão seu número não pôde mais ser usado], Gregório (16), Clemente e Bento (14), Leão e Inocêncio (13) e Pio (12), sempre acrescentados por algarismos romanos.
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Novo papa poderá escolher livremente seu nome
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O novo papa poderá escolher livremente o nome que utilizará durante seu pontificado e com o qual passará à história como o mais novo sucessor do trono de Pedro.
A regra estabelece que o sucessor do apóstolo Pedro no comando da Igreja Católica escolha seu nome logo após ser eleito pelo Colégio Cardinalício, reunido em conclave.
João Paulo 1º, eleito em 1978 e cujo pontificado durou apenas 33 dias, foi o primeiro a optar por um nome composto, expressando assim sua afeição à herança deixada pelos pontífices João 23 e Paulo 6º.
Seu sucessor, João Paulo 2º, que assumiu o comando da igreja em outubro de 1978, explicou a escolha de seu nome em sua primeira encíclica, "Redemptor hominis", redigida em 4 de março de 1979. Nela, Karol Josef Wojtyla expressou a vontade de entrar simbolicamente na tradição de seus mais próximos antecessores.
"Como o pontificado (de João Paulo 1º) durou apenas 33 dias, corresponde-me não só continuá-lo, mas de certa maneira também retomá-lo no mesmo ponto de partida", escreveu o sumo pontífice.
"João 23 e Paulo 6º constituem uma etapa a partir da qual quero, junto com João Paulo 1º, continuar caminhando para o futuro, deixando-me guiar, por assim dizer, com uma confiança sem limite, pela obediência ao Espírito que Cristo prometeu enviar a sua igreja", disse o pontífice polonês na "Redemptor hominis".
O sucessor de João Paulo 2º terá várias possibilidades para eleger o nome que usará durante o pontificado, podendo optar por uma versão latinizada de seu nome de batismo, escolher o de um papa anterior, acrescentando apenas seu número, ou o de um santo.
Também poderá ter em conta considerações pessoais como no caso de João 23, que escolheu este nome numa referência ao próprio pai.
Originalmente, os papas mantinham seu nome de batismo, mas isso mudou em 996 quando Gregório 5º renunciou ao nome de batismo, Bruno, um exemplo que foi seguido por 131 de seus 133 sucessores, entre eles o polonês Wojtyla.
Antes do século 10, apenas seis papas haviam mudado de nome por razões diversas, sendo que a primeira exceção foi João 2º em 533, que tinha o nome do deus pagão Mercúrio.
Desde o galileu Simão Pedro, fundador da Igreja Católica e morto como mártir no ano 64, nenhum de seus sucessores se atreveu a repetir seu nome. Nem sequer João 14 (983) e Sérgio 4 (1009), os dois sucessores que foram batizados com o nome do apóstolo.
O primeiro nome a ser repetido pelos chefes da Igreja Católica foi o Sixto, enquanto os mais adotados foram João (22) [o papa João 16 foi um antipapa --eleito por meios não-canônicos-- e por essa razão seu número não pôde mais ser usado], Gregório (16), Clemente e Bento (14), Leão e Inocêncio (13) e Pio (12), sempre acrescentados por algarismos romanos.
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