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18/04/2005
-
09h00
RODRIGO WERNECK
Colaboração para a Folha Online, em Roma
Extra omnes! A leitura da expressão em latim ("fora todos!") marca nesta segunda-feira, no interior da capela Sistina, o começo do confinamento de 115 cardeais.
Todos os ritos e liturgias do conclave estão previstos na Constituição Apostólica Universi dominici gregis, no capítulo "Sobre a vacância da Sé apostólica e a eleição do pontífice romano", publicada em 1996 por João Paulo 2º. Um conjunto de 92 normas narra, dia após dia, o que os cardeais devem fazer entre a morte de um papa e a eleição de seu sucessor.
O encontro secreto do Colégio de Cardeais vai acontecer na capela Sistina, a capela vaticana por excelência, local de arte e fé imortalizado pelas representações de momentos marcantes do Velho e Novo Testamento em afrescos de Michelangelo.
O último conclave da Igreja Católica começou na tarde de 14 de outubro de 1978, com três dias de escrutínios que resultaram na escolha de João Paulo 2º. Segundo a constituição apostólica, o papa é eleito pelo colégio cardinalício, na condição de instrumento do Espírito Santo.
A origem do termo conclave data de 1274, no pontificado de Gregório 10, para quem a eleição papal deveria acontecer em um lugar fechado a chave, da expressão em latim cum clave. Antes, a eleição papal acontecia em três sistemas diferentes.
O primeiro líder da Igreja Católica, Pedro, foi designado pessoalmente por Jesus Cristo, por volta de 30 d.C, em um processo único. Já os três primeiros sucessores de Pedro --Lino (68-79), Anacleto (80-92) e Clemente (92-99)-- foram escolhidos porque eram seus auxiliares diretos.
A partir do século 2, o papa passa a ser nomeado pela comunidade cristã, em um sistema aparentemente democrático e popular que acaba manipulado por interesses de famílias da aristocracia e monarcas.
Em 1059, o papa Nicolau 2º tira dos fiéis e do baixo clero a oportunidade de escolher o papa e restringe a decisão a bispos e arcebispos, um aperfeiçoamento que não livra os prelados de interferências externas. Com a Constituição Apostólica de Gregório 10, a instituição do conclave resolveu o problema.
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Conclave começa quando for anunciado "fora todos" na capela Sistina
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Extra omnes! A leitura da expressão em latim ("fora todos!") marca nesta segunda-feira, no interior da capela Sistina, o começo do confinamento de 115 cardeais.
Todos os ritos e liturgias do conclave estão previstos na Constituição Apostólica Universi dominici gregis, no capítulo "Sobre a vacância da Sé apostólica e a eleição do pontífice romano", publicada em 1996 por João Paulo 2º. Um conjunto de 92 normas narra, dia após dia, o que os cardeais devem fazer entre a morte de um papa e a eleição de seu sucessor.
O encontro secreto do Colégio de Cardeais vai acontecer na capela Sistina, a capela vaticana por excelência, local de arte e fé imortalizado pelas representações de momentos marcantes do Velho e Novo Testamento em afrescos de Michelangelo.
O último conclave da Igreja Católica começou na tarde de 14 de outubro de 1978, com três dias de escrutínios que resultaram na escolha de João Paulo 2º. Segundo a constituição apostólica, o papa é eleito pelo colégio cardinalício, na condição de instrumento do Espírito Santo.
A origem do termo conclave data de 1274, no pontificado de Gregório 10, para quem a eleição papal deveria acontecer em um lugar fechado a chave, da expressão em latim cum clave. Antes, a eleição papal acontecia em três sistemas diferentes.
O primeiro líder da Igreja Católica, Pedro, foi designado pessoalmente por Jesus Cristo, por volta de 30 d.C, em um processo único. Já os três primeiros sucessores de Pedro --Lino (68-79), Anacleto (80-92) e Clemente (92-99)-- foram escolhidos porque eram seus auxiliares diretos.
A partir do século 2, o papa passa a ser nomeado pela comunidade cristã, em um sistema aparentemente democrático e popular que acaba manipulado por interesses de famílias da aristocracia e monarcas.
Em 1059, o papa Nicolau 2º tira dos fiéis e do baixo clero a oportunidade de escolher o papa e restringe a decisão a bispos e arcebispos, um aperfeiçoamento que não livra os prelados de interferências externas. Com a Constituição Apostólica de Gregório 10, a instituição do conclave resolveu o problema.
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