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19/04/2005
-
08h59
da Folha Online
O arcebispo de Milão Dionigi Tettamanzi, 71, é um dos preferidos na Itália para suceder o papa João Paulo 2º. É moderado, tem uma inclinação a ser rígido quanto aos preceitos religiosos, mas em questões sociais, chegou a ser chamado na Itália de "o último comunista". É comunicativo, desperta a simpatia dos italianos, mas pode não ser eleito papa, afirma o jornal "Financial Times" desta terça-feira.
"De acordo com um velho ditado italiano, 'quem entra como papa em um conclave, sai como cardeal'", afirma o jornal, que lembra que os preferidos em disputas papais anteriores não foram os escolhidos.
Segundo alguns especialistas, o arcebispo de Milão é o único cardeal com uma "chance real" de se tornar o próximo papa, diz o "Times". Mas é possível que a nacionalidade (italiana) seja um fator contra, já que alguns religiosos levantaram a possibilidade de eleger um papa do Hemisfério Sul pela primeira vez na história.
Mas há, também, uma série de pontos em favor de Tettamanzi. Seus estudos em doutrina teológica moral --que fez com que se tornasse especialista em casamento, família e bioética-- fazem com que ele garanta alguns votos entre os mais conservadores.
Como todos os outros cardeais, ele segue as idéias deixadas por João Paulo 2º, em "favor da vida", opondo-se à eutanásia, ao aborto, e ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Mais do que isso, em muitas vezes ele foi uma espécie de conselheiro do antigo papa, e o ajudou a escrever duas encíclicas, entre elas a "Evangelium Vitae" escrita em 1995.
Progressista
Apesar das opiniões mais rígidas, ele não é considerado um "conservador". Sobre a hossexualidade, ele disse em 1997 que "a igreja não tem um conjunto separado de critérios para julgar moralmente as atividades hetero ou homossexuais."
Tettamanzi também tem um bom apelo com os mais progressistas, particularmente por conta de sua crítica contra a globalização e o neoliberalismo.
Essa "habilidade" em transitar por dois grupos diferentes põe Tettamanzi entre os principais "papáveis".
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Tettamanzi é o preferido na Itália, mas pode perder papado, diz "Financial Times"
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O arcebispo de Milão Dionigi Tettamanzi, 71, é um dos preferidos na Itália para suceder o papa João Paulo 2º. É moderado, tem uma inclinação a ser rígido quanto aos preceitos religiosos, mas em questões sociais, chegou a ser chamado na Itália de "o último comunista". É comunicativo, desperta a simpatia dos italianos, mas pode não ser eleito papa, afirma o jornal "Financial Times" desta terça-feira.
"De acordo com um velho ditado italiano, 'quem entra como papa em um conclave, sai como cardeal'", afirma o jornal, que lembra que os preferidos em disputas papais anteriores não foram os escolhidos.
Segundo alguns especialistas, o arcebispo de Milão é o único cardeal com uma "chance real" de se tornar o próximo papa, diz o "Times". Mas é possível que a nacionalidade (italiana) seja um fator contra, já que alguns religiosos levantaram a possibilidade de eleger um papa do Hemisfério Sul pela primeira vez na história.
Mas há, também, uma série de pontos em favor de Tettamanzi. Seus estudos em doutrina teológica moral --que fez com que se tornasse especialista em casamento, família e bioética-- fazem com que ele garanta alguns votos entre os mais conservadores.
Como todos os outros cardeais, ele segue as idéias deixadas por João Paulo 2º, em "favor da vida", opondo-se à eutanásia, ao aborto, e ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Mais do que isso, em muitas vezes ele foi uma espécie de conselheiro do antigo papa, e o ajudou a escrever duas encíclicas, entre elas a "Evangelium Vitae" escrita em 1995.
Progressista
Apesar das opiniões mais rígidas, ele não é considerado um "conservador". Sobre a hossexualidade, ele disse em 1997 que "a igreja não tem um conjunto separado de critérios para julgar moralmente as atividades hetero ou homossexuais."
Tettamanzi também tem um bom apelo com os mais progressistas, particularmente por conta de sua crítica contra a globalização e o neoliberalismo.
Essa "habilidade" em transitar por dois grupos diferentes põe Tettamanzi entre os principais "papáveis".
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