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19/04/2005 - 11h39

Discreta, torcida por papa brasileiro se concentra em colégio em Roma

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RODRIGO WERNECK
Colaboração para a Folha Online de Roma

Sem notícias do que acontece desde segunda-feira no conclave para eleger o sucessor de João Paulo 2º, um contido grupo de religiosos concentra em Roma, no colégio Pio Brasileiro, a torcida pela escolha de um papa brasileiro.

Fundado em 1934, o colégio serve de alojamento para 120 seminaristas e padres de dioceses brasileiras que fazem pós-graduação em universidades eclesiásticas de Roma. O Pio Brasileiro abriga também bispos de passagem pela Itália.

Três dos quatro cardeais brasileiros que participam do conclave estiveram hospedados no colégio, entre eles, o cardeal-arcebispo metropolitano de São Paulo dom Cláudio Humes, lembrado como um dos favoritos na sucessão de Karol Wojtyla pela imprensa internacional.

Enquanto estiveram no colégio, dom Cláudio, dom Eusébio Scheid e dom José Freire Falcão passaram a maior parte do tempo rezando em seus quartos, isolados, sem afetar a rotina do lugar. Porém, foi o suficiente para despertarem a admiração e a torcida dos demais hóspedes.

O reitor da casa, padre Geraldo Coelho de Almeida, diz que os dias que antecederam o conclave foram de respeito à morte de João Paulo 2º, mas revela que a torcida pela eleição de um papa brasileiro ganhou força.

"A gente vai gostar muito de ter um papa latino-americano, especialmente se ele for do Brasil. Dom Cláudio, por exemplo, é muito conhecido por toda a Cúria Romana, está sempre em contato com diferentes congregações", disse Almeida.

Ele lembra que dom Cláudio comandou uma série de palestras no Vaticano no Retiro da Quaresma de 2002, que contou com a presença de João Paulo 2º e do alto clero mundial. Outra virtude do brasileiro, para Almeida, é a simplicidade. "Quando está aqui, dom Cláudio costuma se deslocar a pé, dispensa todo tipo de luxo", afirma.

O padre e estudante de Direito canônico Boris Nef, da arquidiocese de São Paulo, tem um motivo a mais para torcer por dom Cláudio. Ele foi crismado e ordenado sacerdote pelas mãos do cardeal que pode vir a ser o próximo papa.

Agora, acredita que a sensibilidade social e a habilidade política podem pesar a favor do arcebispo paulistano.

"O trabalho de dom Cláudio em São Paulo é a sua maior credencial. Quero que o Espírito Santo indique o cardeal mais preparado para guiar a Igreja neste momento, mas a minha torcida pessoal é por ele", afirma Nef.

Já o padre Clécio Ribeiro, de Tupã (SP), acredita que dom Cláudio parte na frente dos demais cardeais por ser um arcebispo acessível e comunicativo.

"Nesta hora, o patriotismo fala mais alto, porém, estou certo de que seria interessante ter um papa com o perfil dele, arrojado e preparado para conduzir a Igreja no terceiro milênio", afirma Ribeiro.

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