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19/04/2005 - 17h11

América Latina esperava um papa mais progressista, dizem analistas

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da France Presse, em Montevidéu

A América Latina, que abriga quase a metade dos católicos de todo o mundo --cerca de 1 bilhão-- esperava um papa com linha mais progressista que o alemão Joseph Ratzinger, afirmaram especialistas em questões religiosas nesta terça-feira.

Pouco depois da designação de Ratzinger, o sociólogo Fabián Sanabria, diretor do Instituto de Estudos Religiosos da Colômbia, afirmou que a eleição do novo papa "dividirá a Igreja Católica, particularmente a Europa e os Estados Unidos, onde seu nome suscita muitas reservas."

Segundo ele, na América Latina o nome do cardeal "lembra" a luta do Vaticano contra os partidários da Teologia da Libertação durante os anos 80. Nesse período, Ratzinger dirigiu a Congregação para a Doutrina da Fé, órgão que ficou no lugar do antigo tribunal da Inquisição.

"A igreja acabou de se separar do mundo com a designação de Joseph Ratzinger como novo papa", afirmou o historiador e analista político Gerardo Caetano, diretor do Instituto de Ciências Políticas da Universidade da República (Uruguai).

O especialista também afirmou que a escolha do nome Bento 16 "rompe com a linha 'João Paulo'", e se vincula a figuras "muito conservadoras, como foi o papa Bento 15", eleito sumo pontífice pouco antes do início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

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