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28/04/2005
-
14h18
da France Presse, em Londres
da Folha Online
Pressionado por todos os partidos, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, se viu obrigado nesta quinta-feira a publicar o texto completo do informe do assessor legal do governo, questionando a legalidade da Guerra do Iraque.
A polêmica acontece uma semana antes das eleições gerais no Reino Unido, previstas para 5 de maio. Blair, que está na reta final da campanha na qual espera ser reeleito, sempre se negou a publicar o documento sobre a legalidade da operação militar em território iraquiano, apesar das freqüentes reclamações dos deputados dos partidos de oposição, inclusive de parlamentares trabalhistas.
Nesta quinta-feira, vários jornais publicaram trechos do texto, que foi entregue ao governo em 7 de março de 2003, menos de duas semanas antes do início da invasão no Iraque.
A publicação do documento deu novas armas ao Partido Conservador para intensificar seus questionamentos sobre a honradez de Blair, a quem tratam publicamente de mentiroso.
"O povo manda nessa eleição. As pessoas terão que formar uma opinião sobre o meu caráter e minha integridade", disse o primeiro-ministro, durante uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira.
Blair também disse que a "história vai julgar o conflito no Iraque" e sustentou que a segurança no Reino Unido será melhorada, caso o movimento rumo à democracia continue a acontecer no Oriente Médio, segundo o jornal "The Times".
Legalidade
Elaborado pelo promotor-geral Lord Peter Goldsmith, o mais importante conselheiro jurídico do governo, o texto levanta dúvidas sobre a legalidade da guerra na ausência de uma nova resolução do Conselho de Segurança da ONU autorizando explicitamente o uso da força.
Goldsmith comunicou essas reservas ao governo, incluindo uma advertência de que os opositores à guerra poderiam denunciar o governo ante um tribunal, e que não era a Blair e sim à ONU que correspondia tomar uma decisão sobre se o Iraque estava violando qualquer resolução do órgão.
Goldsmith assinalou, além disso, que a intervenção armada não podia ter como objetivo uma mudança de regime no Iraque, segundo revela o documento publicado nesta quinta pelo governo.
Mas, dez dias depois, em 17 de março, o assessor garantiu ante o Parlamento que a guerra era legal. Os EUA e o Reino Unido invadiram o país seis dias depois.
Com agências internacionais
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da Folha Online
Pressionado por todos os partidos, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, se viu obrigado nesta quinta-feira a publicar o texto completo do informe do assessor legal do governo, questionando a legalidade da Guerra do Iraque.
A polêmica acontece uma semana antes das eleições gerais no Reino Unido, previstas para 5 de maio. Blair, que está na reta final da campanha na qual espera ser reeleito, sempre se negou a publicar o documento sobre a legalidade da operação militar em território iraquiano, apesar das freqüentes reclamações dos deputados dos partidos de oposição, inclusive de parlamentares trabalhistas.
Nesta quinta-feira, vários jornais publicaram trechos do texto, que foi entregue ao governo em 7 de março de 2003, menos de duas semanas antes do início da invasão no Iraque.
A publicação do documento deu novas armas ao Partido Conservador para intensificar seus questionamentos sobre a honradez de Blair, a quem tratam publicamente de mentiroso.
"O povo manda nessa eleição. As pessoas terão que formar uma opinião sobre o meu caráter e minha integridade", disse o primeiro-ministro, durante uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira.
Blair também disse que a "história vai julgar o conflito no Iraque" e sustentou que a segurança no Reino Unido será melhorada, caso o movimento rumo à democracia continue a acontecer no Oriente Médio, segundo o jornal "The Times".
Legalidade
Elaborado pelo promotor-geral Lord Peter Goldsmith, o mais importante conselheiro jurídico do governo, o texto levanta dúvidas sobre a legalidade da guerra na ausência de uma nova resolução do Conselho de Segurança da ONU autorizando explicitamente o uso da força.
Goldsmith comunicou essas reservas ao governo, incluindo uma advertência de que os opositores à guerra poderiam denunciar o governo ante um tribunal, e que não era a Blair e sim à ONU que correspondia tomar uma decisão sobre se o Iraque estava violando qualquer resolução do órgão.
Goldsmith assinalou, além disso, que a intervenção armada não podia ter como objetivo uma mudança de regime no Iraque, segundo revela o documento publicado nesta quinta pelo governo.
Mas, dez dias depois, em 17 de março, o assessor garantiu ante o Parlamento que a guerra era legal. Os EUA e o Reino Unido invadiram o país seis dias depois.
Com agências internacionais
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