Publicidade
Publicidade
17/05/2005
-
14h53
da Folha Online
O presidente boliviano, Carlos Mesa, decidiu não vetar nem sancionar a Lei dos Hidrocarbonetos --que propõe um aumento da tributação sobre a exploração de gás--, abrindo caminho para a promulgação do projeto aprovado pelo Congresso há 11 dias.
A nova Lei de Hidrocarbonetos instaura um imposto não-dedutível de 32% sobre as empresas multinacionais de exploração de petróleo, além dos 18% que já são cobrados em forma de royalties [retribuição financeira paga mensalmente pelo franqueado ao franqueador pelo uso contínuo da marca].
O presidente havia anunciado em março passado que não iria promulgar a lei e que desejava manter 18% de royalties e criar um Imposto Complementar sobre o Combustível de 32%, com eventuais descontos e compensações.
Nos últimos dias, manifestantes chegaram a pedir a estatização de todo o negócio do gás no país e uma lei ainda mais severa para as empresas petrolíferas.
Protesto
Nesta segunda-feira, movimentos oposicionistas [camponeses, indígenas e sindicalistas] foram barrados pela polícia boliviana durante protesto na capital La Paz. Os manifestantes, que entre outras coisas pedem a renúncia de Mesa, pretendiam invadir o prédio do Parlamento.
Os protestos na capital reuniram mais de 10 mil, mas não houve confronto direto. Os policiais usaram jatos de água e bombas de gás lacrimogêneo contra as pessoas que participavam das manifestações.
Ao menos duas pessoas ficaram feridas nos confrontos, e várias foram presas, entre elas o universitário Dorian Espinoza Cordez (41), que portava detonadores e dinamites que seriam explodidos em diferentes pontos da cidade, segundo a polícia.
Várias manifestações eclodiram por todo o país. Em Caracollos (190 km ao sul da capital), o líder cocalero Evo Morales, dirigente do partido Movimento ao Socialismo (MAS), iniciou uma caminhada, e o grupo deve chegar à capital na próxima segunda-feira.
Petrobras
A Petrobras, que passou a operar na Bolívia em 1996 e é atualmente a maior empresa do país, com investimentos de US$ 1,5 bilhão, será prejudicada com a nova lei.
Os investimentos em exploração e produção incluem a participação em cinco blocos em terra (San Alberto, San Antonio, Monteagudo, Ingre e Rio Hondo).
Nos campos de San Alberto e San Antonio foram descobertas as maiores reservas de gás natural do país. A empresa tem 35% de participação, junto com a Andina (50%) e a Total FinaElf (15%).
Na última sexta-feira, uma banana de dinamite explodiu no estacionamento da Petrobras em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, sem deixar feridos.
Com imprensa local
Leia mais
Disputa por controle de petróleo marca crise na Bolívia
Enquete: a crise pode gerar nova renúncia do presidente?
Erramos: Presidente da Bolívia decide hoje sobre Lei de Hidrocarbonetos
Bolívia tem nova Lei de Hidrocarbonetos com silêncio de Mesa
Publicidade
O presidente boliviano, Carlos Mesa, decidiu não vetar nem sancionar a Lei dos Hidrocarbonetos --que propõe um aumento da tributação sobre a exploração de gás--, abrindo caminho para a promulgação do projeto aprovado pelo Congresso há 11 dias.
A nova Lei de Hidrocarbonetos instaura um imposto não-dedutível de 32% sobre as empresas multinacionais de exploração de petróleo, além dos 18% que já são cobrados em forma de royalties [retribuição financeira paga mensalmente pelo franqueado ao franqueador pelo uso contínuo da marca].
O presidente havia anunciado em março passado que não iria promulgar a lei e que desejava manter 18% de royalties e criar um Imposto Complementar sobre o Combustível de 32%, com eventuais descontos e compensações.
Nos últimos dias, manifestantes chegaram a pedir a estatização de todo o negócio do gás no país e uma lei ainda mais severa para as empresas petrolíferas.
Protesto
Nesta segunda-feira, movimentos oposicionistas [camponeses, indígenas e sindicalistas] foram barrados pela polícia boliviana durante protesto na capital La Paz. Os manifestantes, que entre outras coisas pedem a renúncia de Mesa, pretendiam invadir o prédio do Parlamento.
Os protestos na capital reuniram mais de 10 mil, mas não houve confronto direto. Os policiais usaram jatos de água e bombas de gás lacrimogêneo contra as pessoas que participavam das manifestações.
Ao menos duas pessoas ficaram feridas nos confrontos, e várias foram presas, entre elas o universitário Dorian Espinoza Cordez (41), que portava detonadores e dinamites que seriam explodidos em diferentes pontos da cidade, segundo a polícia.
Várias manifestações eclodiram por todo o país. Em Caracollos (190 km ao sul da capital), o líder cocalero Evo Morales, dirigente do partido Movimento ao Socialismo (MAS), iniciou uma caminhada, e o grupo deve chegar à capital na próxima segunda-feira.
Petrobras
A Petrobras, que passou a operar na Bolívia em 1996 e é atualmente a maior empresa do país, com investimentos de US$ 1,5 bilhão, será prejudicada com a nova lei.
Os investimentos em exploração e produção incluem a participação em cinco blocos em terra (San Alberto, San Antonio, Monteagudo, Ingre e Rio Hondo).
Nos campos de San Alberto e San Antonio foram descobertas as maiores reservas de gás natural do país. A empresa tem 35% de participação, junto com a Andina (50%) e a Total FinaElf (15%).
Na última sexta-feira, uma banana de dinamite explodiu no estacionamento da Petrobras em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, sem deixar feridos.
Com imprensa local
Leia mais
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice