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10/06/2005 - 11h22

ONGs afirmam que burocracia atrasa reconstrução pós-tsunami

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da EFE, em Jacarta

A excessiva burocracia e a escassez de material foram indicados nesta sexta-feira por ONGs (organizações não-governamentais) como principais motivos da lenta reconstrução da Província indonésia de Aceh, a mais afetada pelo maremoto que devastou vários países do sul da ásia e do leste da África em dezembro passado.

Quase seis meses depois das tsunamis [ondas gigantes], a maioria dos desabrigados continua vivendo em abrigos ou em barracas e muitas infra-estruturas ainda não foram iniciadas, o que causou duras críticas.

"Há uma e outra reunião. Muitas energias são gastas em conseguir permissões nas administrações e enquanto isso a reconstrução não começa", disse, em um painel de discussão em Jacarta, Azwar Hassan, diretor da ONG local Forum Bangun Aceh.

Segundo Hassan, o excesso de burocracia atrasa a reconstrução. Frans van Dijk, diretor da ONG holandesa Terre des Hommes, destacou que a escassez de madeira e o aumento dos preços também são fatores que levam ao atraso.

"Em fevereiro, construir uma casa tradicional custava 21 milhões de rúpias (US$ 2.180). Dois meses depois já custava 28 milhões (US$ 2.918 ), disse Dijk.

O aumento de mais de 25% se deve sobretudo à grande demanda de pessoal qualificado e à escassez de madeira, material básico junto com a pedra nas casas tradicionais.

"Falta madeira. E grande parte da que é utilizada foi cortada de maneira ilegal. Por isso, propusemos construir casas só de pedra, mas antes tivemos de convencer as comunidades", disse Dijk.

Antes de fechar o painel de discussão, Joel Hellman, conselheiro do Banco Mundial, disse que as tarefas se acelerarão em breve mas que "o objetivo não é só reconstruir Aceh, mas fazê-la melhor e conseguir um governo mais aberto e participativo".

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