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30/06/2005
-
08h15
da Folha Online
Deputados espanhóis aprovaram nesta quinta-feira [187 votos a favor, 147 contra e quatro abstenções] a lei que permite o casamento entre homossexuais e a adoção de crianças por esses casais.
A Espanha é o terceiro país da Europa, depois de Bélgica e Holanda, a permitir a união entre pessoas do mesmo sexo, e o quarto em todo o mundo --a Câmara dos Comuns do Canadá aprovou o casamento entre pessoas do mesmo sexo na última terça-feira (27), mas o projeto terá ainda de passar pelo Senado [que não tem poder de veto], em julho.
O projeto de lei havia sido aprovado pelo Congresso em abril último, mas acabou sendo vetado pelo Senado na semana passada. A aprovação na Câmara dos Deputados derruba o veto dos senadores.
A divulgação do resultado gerou muita comemoração entre as pessoas que assistiam à votação, que aplaudiram muito. O gesto foi respondido da mesma forma pelos deputados a favor do projeto de lei.
Zapatero
Uma hora antes da votação, líderes de grupos parlamentares discursaram aos colegas para defender suas opiniões diante da lei. A grande maioria das forças políticas à favor do projeto de lei falou do "passo histórico" em direção à liberdade, igualdade e tolerância.
Já a porta-voz do Partido Popular (PP, de oposição), Ana Torme, afirmou que a discussão sobre a lei não passava de "tática, oportunismo, manipulação e cinismo".
O debate acabou contando com a intervenção do primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, logo após as declarações do PP. Ele afirmou que a Espanha era, por votar a lei sobre o casamento gay, "um país mais decente, porque uma sociedade decente é aquela que não humilha seus membros".
O governo do socialista Zapatero propôs a legislação pouco após a vitória nas eleições de 2004, depois de oito anos de administração dos conservadores.
O líder da oposição e do PP, Mariano Rajoy, afirmou que o seu partido vai entrar com um recurso ante ao Tribunal Constitucional.
Reação
A Federação de Lésbicas, Gays e Transexuais da Espanha preparou uma festa popular de comemoração à aprovação da lei, que deve ocorrer ainda hoje.
O Fórum Espanhol da Família (FEF) --que é contra a aprovação da lei-- convocou para hoje um novo protesto na capital Madri contra a lei.
O vice-presidente da organização, Angel Trascasa, pediu a deputados que apresentem um recurso de inconstitucionalidade contra a legislação.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre casamento gay
Deputados espanhóis aprovam casamento gay
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Deputados espanhóis aprovaram nesta quinta-feira [187 votos a favor, 147 contra e quatro abstenções] a lei que permite o casamento entre homossexuais e a adoção de crianças por esses casais.
A Espanha é o terceiro país da Europa, depois de Bélgica e Holanda, a permitir a união entre pessoas do mesmo sexo, e o quarto em todo o mundo --a Câmara dos Comuns do Canadá aprovou o casamento entre pessoas do mesmo sexo na última terça-feira (27), mas o projeto terá ainda de passar pelo Senado [que não tem poder de veto], em julho.
O projeto de lei havia sido aprovado pelo Congresso em abril último, mas acabou sendo vetado pelo Senado na semana passada. A aprovação na Câmara dos Deputados derruba o veto dos senadores.
A divulgação do resultado gerou muita comemoração entre as pessoas que assistiam à votação, que aplaudiram muito. O gesto foi respondido da mesma forma pelos deputados a favor do projeto de lei.
Zapatero
Uma hora antes da votação, líderes de grupos parlamentares discursaram aos colegas para defender suas opiniões diante da lei. A grande maioria das forças políticas à favor do projeto de lei falou do "passo histórico" em direção à liberdade, igualdade e tolerância.
Já a porta-voz do Partido Popular (PP, de oposição), Ana Torme, afirmou que a discussão sobre a lei não passava de "tática, oportunismo, manipulação e cinismo".
O debate acabou contando com a intervenção do primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, logo após as declarações do PP. Ele afirmou que a Espanha era, por votar a lei sobre o casamento gay, "um país mais decente, porque uma sociedade decente é aquela que não humilha seus membros".
O governo do socialista Zapatero propôs a legislação pouco após a vitória nas eleições de 2004, depois de oito anos de administração dos conservadores.
O líder da oposição e do PP, Mariano Rajoy, afirmou que o seu partido vai entrar com um recurso ante ao Tribunal Constitucional.
Reação
A Federação de Lésbicas, Gays e Transexuais da Espanha preparou uma festa popular de comemoração à aprovação da lei, que deve ocorrer ainda hoje.
O Fórum Espanhol da Família (FEF) --que é contra a aprovação da lei-- convocou para hoje um novo protesto na capital Madri contra a lei.
O vice-presidente da organização, Angel Trascasa, pediu a deputados que apresentem um recurso de inconstitucionalidade contra a legislação.
Com agências internacionais
Especial
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