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08/07/2005 - 14h50

Reino Unido condena três por torturar criança acusada de bruxaria

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da Folha Online

Duas mulheres e um homem foram sentenciados a 24 anos de prisão nesta sexta-feira acusados de maltratar uma criança de oito anos, a qual eles acusavam de ter ligações com bruxaria.

A menina, hoje com dez anos, passou por momentos de tortura: ficou sem ser alimentada, apanhou, sofreu cortes em seu corpo, foi ferida com pimenta nos olhos e quase morreu afogada em um canal no norte de Londres porque sua tia e dois amigos achavam que ela era uma "bruxa".

A tia, uma mulher de 40 anos que não teve seu nome revelado para que a identidade da criança fosse protegida, terá que cumprir dez anos de prisão por atos de crueldade contra uma criança.

Os dois amigos, Sita Kisanga, 35, de Londres, recebeu uma sentença de dez anos por três acusações de ajudar e encorajar atos de crueldade contra uma criança. Sebastian Pinto, 33, deve cumprir uma pena de quatro anos, pelas mesmas acusações de Sita, que é sua irmã.

Todos os três foram condenados no mês passado.

Tortura

Ao ler a sentença, o juiz Christopher Moss afirmou que o trio conduziu uma "campanha de crueldade que se transformou em uma campanha de tortura".

Procuradores afirmaram que a tia tirou a menina da Angola e a levou para o Reino Unido em 2002, e a registrou como sua filha.

As reclamações contra os supostos atos de bruxaria da menina começaram há dois anos, quando a tia morava com Kisanga, que tem um filho de oito anos. O garoto começou a reclamar que a menina usava técnicas de bruxaria, saindo durante as noites para "amaldiçoar" as pessoas.

A tia já tinha até mesmo feito planos de colocar a menina em uma mala e jogá-la no New River, um canal ao norte de Londres. Mas, depois de terem forçado a entrada da garota na mala sem sucesso, Pinto "lembrou" ao grupo que eles poderiam ir para a cadeia por matá-la.

Essa não é a primeira vez que crianças no Reino Unido são envolvidas em assuntos relacionados à bruxaria. Em 2001, os policiais encontraram no rio Tâmisa o tronco de um garoto. O corpo trazia vestes laranjas. Segundo especialistas em religiões africana, havia indícios de que o garoto havia sido vítima de um sacrifício ritual.

Com agências internacionais

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