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11/07/2005
-
20h54
da Folha Online
Karl Rove --principal assessor político do presidente dos EUA, George W. Bush-- foi a fonte que revelou à imprensa que Valerie Plame, mulher do ex-diplomata Joseph Wilson, trabalhava para a CIA, segundo os jornais americanos "The New York Times" e "The Washington Post".
De acordo com os jornais, Rove falou com os jornalistas sobre o trabalho na CIA de Plame antes de a notícia ser publicada. No entanto, o advogado de Rove, Robert Luskin, disse ao "Post" que o assessor de Bush não mencionou Plame pelo nome.
A identificação pública da esposa de Wilson como colaboradora da CIA -- que aconteceu há dois anos-- levantou uma investigação judicial e causou a prisão de uma jornalista do jornal "Times", Judith Miller, na semana passada, por se recusar a revelar a fonte da informação.
O repórter da revista "Time" Matthew Cooper, que também se recusava a revelar a fonte, concordou em colaborar após a ameaça de prisão, dizendo que seu informante havia autorizado seu depoimento aos investigadores.
O promotor federal Patrick Fitzgerald trabalha no caso, para determinar quem revelou à imprensa que Plame era colaboradora da CIA. Nos EUA, revelar publicamente a identidade de um agente secreto é crime.
Investigações
Durante sua investigação, Fitzgerald entrevistou vários funcionários da Casa Branca, incluindo o presidente Bush, o vice-presidente, Dick Cheney, e vários colaboradores que fizeram declarações sob juramento.
Se a investigação concluísse que algum destes funcionários foi a fonte de informação sobre Plame e eles tivessem negado a acusação sob juramento, poderiam ser julgados por perjúrio.
Em julho de 2003, o colunista Robert Novak, colunista e comentarista da rede CNN, foi o primeiro a publicar um artigo dizendo que Plame tinha trabalhado para a CIA.
A publicação aconteceu poucos dias depois de o marido de Plame, Wilson, ter afirmado em outro artigo que não havia encontrado provas, em uma missão especial no ano anterior, de que o Iraque tentou comprar materiais nucleares no Níger.
Em janeiro de 2003, quando Bush falou ao Congresso dos EUA e mencionou as causas para uma possível ação militar contra o Iraque, afirmou que o regime de Saddam Hussein tentou comprar materiais nucleares "na África".
Depois da publicação da coluna de Novak, Wilson disse que a identificação de sua esposa como colaboradora da CIA teria sido uma represália da Casa Branca. Questionada sobre o caso, a Casa Branca se recusou a comentar o assunto nessa segunda-feira.
Com EFE
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o "New Yorl Times"
Leia o que já foi publicado sobre o "Washington Post"
Leia o que já foi publicado sobre a CIA
Assessor de Bush revelou identidade de agente da CIA, diz "NYT"
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Karl Rove --principal assessor político do presidente dos EUA, George W. Bush-- foi a fonte que revelou à imprensa que Valerie Plame, mulher do ex-diplomata Joseph Wilson, trabalhava para a CIA, segundo os jornais americanos "The New York Times" e "The Washington Post".
De acordo com os jornais, Rove falou com os jornalistas sobre o trabalho na CIA de Plame antes de a notícia ser publicada. No entanto, o advogado de Rove, Robert Luskin, disse ao "Post" que o assessor de Bush não mencionou Plame pelo nome.
A identificação pública da esposa de Wilson como colaboradora da CIA -- que aconteceu há dois anos-- levantou uma investigação judicial e causou a prisão de uma jornalista do jornal "Times", Judith Miller, na semana passada, por se recusar a revelar a fonte da informação.
O repórter da revista "Time" Matthew Cooper, que também se recusava a revelar a fonte, concordou em colaborar após a ameaça de prisão, dizendo que seu informante havia autorizado seu depoimento aos investigadores.
O promotor federal Patrick Fitzgerald trabalha no caso, para determinar quem revelou à imprensa que Plame era colaboradora da CIA. Nos EUA, revelar publicamente a identidade de um agente secreto é crime.
Investigações
Durante sua investigação, Fitzgerald entrevistou vários funcionários da Casa Branca, incluindo o presidente Bush, o vice-presidente, Dick Cheney, e vários colaboradores que fizeram declarações sob juramento.
Se a investigação concluísse que algum destes funcionários foi a fonte de informação sobre Plame e eles tivessem negado a acusação sob juramento, poderiam ser julgados por perjúrio.
Em julho de 2003, o colunista Robert Novak, colunista e comentarista da rede CNN, foi o primeiro a publicar um artigo dizendo que Plame tinha trabalhado para a CIA.
A publicação aconteceu poucos dias depois de o marido de Plame, Wilson, ter afirmado em outro artigo que não havia encontrado provas, em uma missão especial no ano anterior, de que o Iraque tentou comprar materiais nucleares no Níger.
Em janeiro de 2003, quando Bush falou ao Congresso dos EUA e mencionou as causas para uma possível ação militar contra o Iraque, afirmou que o regime de Saddam Hussein tentou comprar materiais nucleares "na África".
Depois da publicação da coluna de Novak, Wilson disse que a identificação de sua esposa como colaboradora da CIA teria sido uma represália da Casa Branca. Questionada sobre o caso, a Casa Branca se recusou a comentar o assunto nessa segunda-feira.
Com EFE
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