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19/07/2005 - 15h16

Constituição iraquiana pode ser apresentada neste mês

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da France Presse, em Bagdá

O presidente do Iraque, Jalal Talabani, anunciou nesta terça-feira que a nova Constituição do país pode ser apresentada até o fim deste mês, em um momento em que o país vive uma intensificação do clima de violência.

Nesta terça-feira, três redatores da nova Carta Magna do país foram mortos em um ataque.

O comitê parlamentar encarregado de redigir a nova Constituição conta com 71 membros, 17 deles sunitas. As vítimas desta terça-feira pertenciam a este último grupo, que conta, apenas, com dois membros eleitos deputados. A baixa representação no Parlamento foi motivada pelo boicote desta comunidade às eleições legislativas de janeiro.

Segundo a lei fundamental transitória, a redação da nova Constituição deve estar concluída até 15 de agosto. O texto será submetido a um referendo antes de 15 de outubro.

Nos Estados Unidos, o general da reserva Barry McCaffrey, professor da prestigiada Escola Militar de West Point, afirmou ao Congresso que a insurgência no Iraque alcançará o clímax dentro de seis meses, e que uma retirada americana será inevitável em um ano.

Apenas nesta terça-feira, 37 pessoas morreram, entre elas os três membros da Assembléia Constituinte, e seis ficaram feridas em diversos atos violentos no país.

Três membros sunitas da comissão parlamentar responsável por redigir a nova Constituição iraquiana foram mortos em Bagdá por um grupo de homens armados, anunciou o ministério do Interior.

O ataque aconteceu poucas horas depois do anúncio do presidente Jalal Talabani sobre a data de apresentação da nova Constituição, antes de 31 de julho.

O carro em que estavam Mijbil Al Sheij Isa e os médicos Dhamin Hussein e Aziz Ibrahim foi metralhado por homens armados que se deslocavam em outro veículo, no bairro de Karrada, perto do centro de Bagdá.

Dez operários da construção civil morreram e um ficou ferido quando homens armados abriram fogo contra o microônibus que os transportava para uma base americana ao norte da cidade de Baquba, 60 km ao nordeste de Bagdá, informou o Ministério do Interior.

Os criminosos, que estavam a bordo de dois automóveis, utilizaram metralhadoras. Três civis que estavam em outro veículo também morreram quando o motorista do microônibus perdeu o controle do automóvel e se chocou contra eles.

Nenhum rebelde morreu neste ataque, ao contrário das primeiras informações divulgadas pela polícia, acrescentou o ministério do Interior.

Um policial e um militante da União Patriótica do Curdistão (UPC), o partido do presidente Jalal Talabani, morreram quando uma bomba de fabricação caseira explodiu na passagem de uma viatura da polícia em Kirkuk (250 km ao norte de Bagdá), perto da sede do partido.

Outras quatro pessoas, incluindo um policial, ficaram feridas na explosão, que aconteceu no bairro de Al Wassiti.

O Exército dos EUA anunciou que cinco insurgentes morreram e oito suspeitos foram detidos em operações conjuntas da polícia iraquiana e das tropas americanas, ao norte do Iraque, entre o último domingo (17) e esta segunda-feira (18).

Três civis morreram e quatro ficaram feridos na queda de um obus no bairro de Al Saad, leste da cidade de Tal Afar (norte de Bagdá). Na mesma cidade, um tiroteio entre rebeldes e policiais iraquianos deixou dois mortos e cinco civis feridos no centro, enquanto que no bairro de Tamuz outro enfrentamento similar deixou um civil morto e um ferido.

Também um major da polícia iraquiana morreu vítima da explosão de uma bomba artesanal na passagem de seu veículo na entrada da Universidade de Tikrit, 180 km ao norte de Bagdá.

Também um importante esconderijo de armas foi descoberto nesta segunda-feira a oeste de Mossul, 370 km ao norte da capital, com um arsenal de 25 morteiros, mais de 1.000 obuses, 26 lança-foguetes RPG, 150 foguetes, bombas de fabricação caseira e 30 fuzis.

Apesar da violência, o Banco Mundial anunciou a intenção de conceder empréstimos ao Iraque, os primeiros desde 1973, por um valor de US$ 500 milhões.

O anúncio foi feito na abertura de uma conferência internacional de doadores do Iraque na Jordânia.

Paralelamente à conferência, o Banco Islâmico de Desenvolvimento, assinou com Bagdá um contrato de empréstimo e doações de US$ 500 milhões.

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