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23/07/2005
-
18h12
da Folha Online
O Ministério das Relações Exteriores afirmou, por meio de um comunicado oficial divulgado neste sábado, que o governo brasileiro está "chocado e perplexo" pela morte de um brasileiro em uma estação de metrô de Londres.
De acordo com o comunicado, o mineiro Jean Charles de Menezes, 27, confundido pela polícia com um terrorista, foi "aparentemente vítima de lamentável erro".
Na nota oficial, o Itamaraty diz ainda que o Brasil "sempre condenou todas as formas de terrorismo e mostrou-se disposto a contribuir para a erradicação desse flagelo dentro das normas internacionais, inclusive as do respeito aos direitos humanos".
Segundo o ministério, "o governo aguarda as explicações que as autoridades britânicas tenham a fornecer sobre as circunstâncias que teriam levado a essa tragédia" e manifesta seu pesar à família da vítima pelo ocorrido.
O ministro Celso Amorim, que deveria viajar para Londres hoje, para participar de reuniões sobre a reforma da ONU (Organização das Nações Unidas), determinou à Embaixada do Brasil que solicitasse entrevista com o ministro das Relações Exteriores britânico, Jack Straw, para obter esclarecimentos sobre a morte do brasileiro.
Morte
Menezes foi morto por policiais britânicos com cinco tiros na cabeça na estação de Stockwell, no sul de Londres, após supostamente pular as barreiras da estação e entrar em um vagão de metrô, desobedecendo a ordens policiais.
Ele era natural de Gonzaga, no interior de Minas Gerais, e vivia há cerca de quatro anos em Londres trabalhando como eletricista.
Hoje, a Scotland Yard admitiu o erro e informou que o homem foi atingido cinco vezes na cabeça depois de ter se recusado a obedecer a ordens da polícia de parar dentro de um vagão do metrô.
"Um homem morrer nestas circunstâncias é uma tragédia e a Polícia Metropolitana lamenta", afirmou a Scotland Yard.
Segundo a polícia britânica, o homem tinha saído antes de uma casa que era vigiada pelas forças de ordem por suspeitas de que pudesse ter um vínculo com os atentados de quinta-feira contra três estações do metrô e um ônibus.
Os ataques desta quinta-feira (21) foram registrados às 12h30 (8h30 em Brasília) nos metrôs Warren Street (centro), Oval (sul) e Shepherd's Bush (oeste). Outro artefato explodiu em um ônibus que estava em Hackney Road, próximo à Columbia Road (leste). Ninguém ficou ferido.
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Governo está "chocado" com morte de brasileiro em Londres, diz Itamaraty
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O Ministério das Relações Exteriores afirmou, por meio de um comunicado oficial divulgado neste sábado, que o governo brasileiro está "chocado e perplexo" pela morte de um brasileiro em uma estação de metrô de Londres.
De acordo com o comunicado, o mineiro Jean Charles de Menezes, 27, confundido pela polícia com um terrorista, foi "aparentemente vítima de lamentável erro".
Na nota oficial, o Itamaraty diz ainda que o Brasil "sempre condenou todas as formas de terrorismo e mostrou-se disposto a contribuir para a erradicação desse flagelo dentro das normas internacionais, inclusive as do respeito aos direitos humanos".
Segundo o ministério, "o governo aguarda as explicações que as autoridades britânicas tenham a fornecer sobre as circunstâncias que teriam levado a essa tragédia" e manifesta seu pesar à família da vítima pelo ocorrido.
O ministro Celso Amorim, que deveria viajar para Londres hoje, para participar de reuniões sobre a reforma da ONU (Organização das Nações Unidas), determinou à Embaixada do Brasil que solicitasse entrevista com o ministro das Relações Exteriores britânico, Jack Straw, para obter esclarecimentos sobre a morte do brasileiro.
Morte
Menezes foi morto por policiais britânicos com cinco tiros na cabeça na estação de Stockwell, no sul de Londres, após supostamente pular as barreiras da estação e entrar em um vagão de metrô, desobedecendo a ordens policiais.
Ele era natural de Gonzaga, no interior de Minas Gerais, e vivia há cerca de quatro anos em Londres trabalhando como eletricista.
Hoje, a Scotland Yard admitiu o erro e informou que o homem foi atingido cinco vezes na cabeça depois de ter se recusado a obedecer a ordens da polícia de parar dentro de um vagão do metrô.
"Um homem morrer nestas circunstâncias é uma tragédia e a Polícia Metropolitana lamenta", afirmou a Scotland Yard.
Segundo a polícia britânica, o homem tinha saído antes de uma casa que era vigiada pelas forças de ordem por suspeitas de que pudesse ter um vínculo com os atentados de quinta-feira contra três estações do metrô e um ônibus.
Os ataques desta quinta-feira (21) foram registrados às 12h30 (8h30 em Brasília) nos metrôs Warren Street (centro), Oval (sul) e Shepherd's Bush (oeste). Outro artefato explodiu em um ônibus que estava em Hackney Road, próximo à Columbia Road (leste). Ninguém ficou ferido.
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