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28/07/2005
-
10h44
da Folha Online
O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, disse nesta quinta-feira que o anúncio sobre o fim da campanha armada do IRA [Exército Republicano Irlandês, guerrilha católica] feito hoje é um "passo de magnitude sem precedentes", e afirmou que o início do desarme do grupo deve começar "assim que possível".
O IRA anunciou nesta quinta-feira que, a partir das 16h (12h de Brasília) todas as unidades do grupo devem depor suas armas, e que os membros devem prosseguir com sua luta pela unificação da Irlanda do Norte com a República da Irlanda pela "via política".
"Esse deve ser o dia em que finalmente após todas as esperanças frustradas e falsas [promessas] de um novo amanhã, a política substitui o terror na Irlanda", disse o primeiro-ministro, em um comunicado transmitido pelas redes de TV britânicas.
"Eu saúdo o anúncio do IRA que termina com a campanha [armada], eu dou as boas-vindas a essa claridade; eu saúdo o reconhecimento que a único caminho para a mudança política está apoiado exclusivamente sobre meios pacíficos e democráticos", afirmou Blair.
Gerry Adams, presidente do Sinn Fein --partido que representa a minoria católica da Irlanda do Norte e sustenta o IRA como seu braço armado-- afirmou nesta quinta-feira esperar que o anúncio provoque uma mudança a todas as partes envolvidas no conflito.
Libertação
As especulações sobre o fim da luta armada do IRA cresceram na noite desta quarta-feira, quando o governo britânico libertou da prisão um dos membros do IRA acusado de vários ataques terroristas, Sean Kelly, que cumpria a pena de prisão perpétua pela morte de nove civis, com uma bomba colocada dentro de uma loja de Belfast, em 1993.
Uma das discussões entre os católicos e protestantes é sobre a formação de um governo misto para a região do Ulster [como também é conhecida a Irlanda do Norte], discussão suspensa em 2002, após a deflagração de um suposto caso de espionagem realizado pelo IRA sobre o governo britânico.
Houve uma tentativa de retomada dessas negociações no final do ano passado, o que acabou sendo minado pela recusa do IRA em permitir que o desarme do grupo fosse registrado publicamente.
Com agências internacionais
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Blair diz que anúncio do IRA é "passo de magnitude sem precedentes"
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O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, disse nesta quinta-feira que o anúncio sobre o fim da campanha armada do IRA [Exército Republicano Irlandês, guerrilha católica] feito hoje é um "passo de magnitude sem precedentes", e afirmou que o início do desarme do grupo deve começar "assim que possível".
O IRA anunciou nesta quinta-feira que, a partir das 16h (12h de Brasília) todas as unidades do grupo devem depor suas armas, e que os membros devem prosseguir com sua luta pela unificação da Irlanda do Norte com a República da Irlanda pela "via política".
"Esse deve ser o dia em que finalmente após todas as esperanças frustradas e falsas [promessas] de um novo amanhã, a política substitui o terror na Irlanda", disse o primeiro-ministro, em um comunicado transmitido pelas redes de TV britânicas.
"Eu saúdo o anúncio do IRA que termina com a campanha [armada], eu dou as boas-vindas a essa claridade; eu saúdo o reconhecimento que a único caminho para a mudança política está apoiado exclusivamente sobre meios pacíficos e democráticos", afirmou Blair.
Gerry Adams, presidente do Sinn Fein --partido que representa a minoria católica da Irlanda do Norte e sustenta o IRA como seu braço armado-- afirmou nesta quinta-feira esperar que o anúncio provoque uma mudança a todas as partes envolvidas no conflito.
Libertação
As especulações sobre o fim da luta armada do IRA cresceram na noite desta quarta-feira, quando o governo britânico libertou da prisão um dos membros do IRA acusado de vários ataques terroristas, Sean Kelly, que cumpria a pena de prisão perpétua pela morte de nove civis, com uma bomba colocada dentro de uma loja de Belfast, em 1993.
Uma das discussões entre os católicos e protestantes é sobre a formação de um governo misto para a região do Ulster [como também é conhecida a Irlanda do Norte], discussão suspensa em 2002, após a deflagração de um suposto caso de espionagem realizado pelo IRA sobre o governo britânico.
Houve uma tentativa de retomada dessas negociações no final do ano passado, o que acabou sendo minado pela recusa do IRA em permitir que o desarme do grupo fosse registrado publicamente.
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