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07/08/2005
-
09h53
da Folha Online
Após três dias presos a uma profundidade de 190 m no oceano Pacífico, os sete tripulantes do minissubmarino russo AS-28 --que lutavam contra a escassez de oxigênio-- foram resgatados. Todos eles já fizeram exames médicos e passam bem. Apenas um continua em um navio da Marinha russa, mas não se sabe por que ele não foi levado para o continente.
Um veículo britânico operado por controle remoto conseguiu cortar neste domingo os cabos que prendiam o minissubmarino no fundo do mar na península de Kamchatchka (costa do Pacífico).
O porta-voz da Marinha russa, Igor Dygalo, disse que seis marinheiros e o representante da empresa fabricante do minissubmarino estão em "condição satisfatória". Cinco horas após o seu resgate, seis deles foram levados a um hospital no continente para realização de exames.
O comandante da tripulação do submarino, tenente Vyacheslav Milashevsky, estava pálido e parecia cansado, mas disse estar 'bem' quando questionado por jornalistas como se sentia, ao ser levado para o hospital.
Resgate
O submarino emergiu às 4h26 (22h26 deste sábado, no horário de Brasília), após ficar três dias preso nas águas da costa do Pacífico, a uma temperatura que variava entre 5ºC e 7ºC.
Antes da chegada dos equipamentos britânicos e americanos, navios russos tentaram soltar o submarino e trazê-lo para águas mais próximas da superfície, onde mergulhadores poderiam acessar a embarcação, mas só conseguiram mover muito pouco a embarcação.
Os equipamentos estrangeiros chegaram à península às 10h (18h deste sábado, no horário de Brasília), e o Super Scorpio --equipamento britânico que é capaz de mergulhar a uma profundidade de 1.515 metros, e é operado por controle remoto-- conseguiu acessar o local onde o submarino estava encalhado e cortar os cabos que o prendiam.
O submarino russo, que participava de um treinamento de combate, ficou preso nos cabos de uma antena submersa, que faz parte do sistema russo de monitoração da costa. A antena está ancorada em um suporte que pesa 60 toneladas.
As primeiras informações sobre o submarino davam conta de que a embarcação tinha ficado presa em redes de pesca, versão que foi desmentida depois pelas autoridades russas.
Ajuda internacional
O envio de ajuda internacional só foi feito depois que a Rússia pediu formalmente pelo auxílio de países que pudessem colaborar com o salvamento dos tripulantes, ao contrário do que aconteceu quando um outro submarino russo, o Kursk, ficou preso no mar de Barents, quando o governo russo foi acusado de negligenciar o salvamento dos 118 tripulantes da embarcação.
Na época, o presidente Vladimir Putin foi duramente criticado porque não quis interromper suas férias para visitar o local do naufrágio do Kursk. Em agosto de 2000, a explosão de um torpedo defeituoso dentro do submarino causou a morte dos 118 tripulantes, provocando um dos mais graves acidentes na história da Marinha russa.
Na época do Kursk, o país recusou várias vezes ajuda internacional, e só a aceitou quando praticamente não havia mais esperanças de salvar os marinheiros.
Neste sábado, Putin ordenou que o ministro de Defesa Sergei Ivanov acompanhasse de perto a operação de resgate.
Putin não quis comentar o salvamento dos tripulantes do submarino neste domingo.
Crise
A crise deflagrada pelo resgate do submarino --que a Rússia não conseguiu fazer sozinha devido à falta de equipamentos e tecnologia-- indica que Putin não cumpriu com sua promessa de renovar o equipamento da Marinha russa.
Dmitry Rogozin, diretor do partido nacionalista Rodina disse que irá pedir por uma investigação sobre o papel da Marinha russa no incidente.
Rogozin afirmou querer saber o porquê de a Rússia não ter veículos que trabalham em águas profundas, similares aos que os Estados Unidos e o Reino Unido possuem.
Com agências internacionais
Especial
Veja galeria de imagens sobre o salvamento do minissubmarino
Leia o que já foi publicado sobre acidentes com submarinos
Leia o que já foi publicado sobre o submarino Kursk
Após três dias, tripulantes de submarino russo são salvos
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Após três dias presos a uma profundidade de 190 m no oceano Pacífico, os sete tripulantes do minissubmarino russo AS-28 --que lutavam contra a escassez de oxigênio-- foram resgatados. Todos eles já fizeram exames médicos e passam bem. Apenas um continua em um navio da Marinha russa, mas não se sabe por que ele não foi levado para o continente.
Um veículo britânico operado por controle remoto conseguiu cortar neste domingo os cabos que prendiam o minissubmarino no fundo do mar na península de Kamchatchka (costa do Pacífico).
Ivan Sekretarev/AP |
Vyacheslav Milashevsky (à frente), capitão do submarino, desembarca a salvo com sua equipe |
O comandante da tripulação do submarino, tenente Vyacheslav Milashevsky, estava pálido e parecia cansado, mas disse estar 'bem' quando questionado por jornalistas como se sentia, ao ser levado para o hospital.
Resgate
O submarino emergiu às 4h26 (22h26 deste sábado, no horário de Brasília), após ficar três dias preso nas águas da costa do Pacífico, a uma temperatura que variava entre 5ºC e 7ºC.
Antes da chegada dos equipamentos britânicos e americanos, navios russos tentaram soltar o submarino e trazê-lo para águas mais próximas da superfície, onde mergulhadores poderiam acessar a embarcação, mas só conseguiram mover muito pouco a embarcação.
Os equipamentos estrangeiros chegaram à península às 10h (18h deste sábado, no horário de Brasília), e o Super Scorpio --equipamento britânico que é capaz de mergulhar a uma profundidade de 1.515 metros, e é operado por controle remoto-- conseguiu acessar o local onde o submarino estava encalhado e cortar os cabos que o prendiam.
O submarino russo, que participava de um treinamento de combate, ficou preso nos cabos de uma antena submersa, que faz parte do sistema russo de monitoração da costa. A antena está ancorada em um suporte que pesa 60 toneladas.
As primeiras informações sobre o submarino davam conta de que a embarcação tinha ficado presa em redes de pesca, versão que foi desmentida depois pelas autoridades russas.
Ajuda internacional
O envio de ajuda internacional só foi feito depois que a Rússia pediu formalmente pelo auxílio de países que pudessem colaborar com o salvamento dos tripulantes, ao contrário do que aconteceu quando um outro submarino russo, o Kursk, ficou preso no mar de Barents, quando o governo russo foi acusado de negligenciar o salvamento dos 118 tripulantes da embarcação.
Na época, o presidente Vladimir Putin foi duramente criticado porque não quis interromper suas férias para visitar o local do naufrágio do Kursk. Em agosto de 2000, a explosão de um torpedo defeituoso dentro do submarino causou a morte dos 118 tripulantes, provocando um dos mais graves acidentes na história da Marinha russa.
Na época do Kursk, o país recusou várias vezes ajuda internacional, e só a aceitou quando praticamente não havia mais esperanças de salvar os marinheiros.
Neste sábado, Putin ordenou que o ministro de Defesa Sergei Ivanov acompanhasse de perto a operação de resgate.
Putin não quis comentar o salvamento dos tripulantes do submarino neste domingo.
Crise
A crise deflagrada pelo resgate do submarino --que a Rússia não conseguiu fazer sozinha devido à falta de equipamentos e tecnologia-- indica que Putin não cumpriu com sua promessa de renovar o equipamento da Marinha russa.
Dmitry Rogozin, diretor do partido nacionalista Rodina disse que irá pedir por uma investigação sobre o papel da Marinha russa no incidente.
Rogozin afirmou querer saber o porquê de a Rússia não ter veículos que trabalham em águas profundas, similares aos que os Estados Unidos e o Reino Unido possuem.
Com agências internacionais
Especial
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