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11/08/2005 - 11h21

Londres vai deportar dez estrangeiros suspeitos de terrorismo

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da Folha Online

O Reino Unido prendeu dez estrangeiros, entre eles o clérigo muçulmano Abu Qatada [considerado o chefe espiritual da Al Qaeda na Europa], suspeitos de representar "ameaça à segurança nacional". Segundo o ministro Charles Clarke, todos serão deportados como parte das medidas antiterror, em vigor desde os ataques a Londres.

Os dez foram presos em diferentes partes da Inglaterra nesta quinta-feira.

"De acordo com os meus poderes para deportar indivíduos cuja presença no Reino Unido não contribui para manutenção da segurança nacional, o serviço de imigração deteve hoje dez estrangeiros que, na minha opinião, representam uma ameaça à segurança nacional", declarou Clarke, em nota do Ministério do Interior.

Reprodução
O clérigo muçulmano Abu Qatada, preso nesta quinta-feira no Reino Unido
Os nomes dos outros nove suspeitos não foram revelados, mas fontes confirmaram que o jordaniano Abu Qatada está entre os detidos. Nesta quarta-feira, o Reino Unido firmou um acordo em que pessoas deportadas para a Jordânia não seriam condenadas à morte ou sofreriam tortura.

Grupos de Direitos Humanos disseram que estão céticos quanto à medida. A Anistia Internacional afirmou que o acordo "não vale o papel em que está impresso".

Mentor

Qatada já foi sentenciado à morte na Jordânia por supostos planos de atentados a bomba, mas vivia no Reino Unido desde 1993. Ele é apontado como um dos mentores dos ataques de 11 de Setembro.

Em um apartamento do terrorista Mohammed Atta [líder dos seqüestradores do 11/9], em Hamburgo, foram encontrados vídeos com discursos de Qatada.

O clérigo deve apelar da resolução do governo relativa a sua deportação. A decisão deverá ficar a cargo das instâncias superiores de Justiça do Reino Unido, que irão considerar leis de Direitos Humanos.

A advogada Gareth Peirce --responsável pela defesa de Qatada e do brasileiro Jean Charles de Menezes, morto pela polícia do Reino Unido no mês passado-- criticou as prisões. Em nota, Peirce disse que os detidos não tiveram permissão de encontrar seus advogados.

Com agências internacionais

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