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15/08/2005
-
14h48
da Folha Online
Pablo Escobar, narcotraficante que foi líder do cartel de Medellín (Colômbia), até ser morto pela polícia em 1993, teria mantido "permanente e espontânea" comunicação com o presidente cubano, Fidel Castro, que teria até mesmo permitido o uso da ilha como "rota de passagem" para a droga a ser vendida nos Estados Unidos.
As informações foram reveladas por John Jairo Velázquez, principal colaborador de Escobar, atualmente preso, à jornalista Astrid Legarda, autora da obra "O verdadeiro Pablo", sobre a vida do traficante, que deve ser lançada nesta semana na Colômbia.
Um dos trechos do livro dizem que "Pablo Escobar mantinha uma amizade com Fidel Castro, apesar de nunca terem se falado pessoalmente. Eles tiveram uma permanente e fluída comunicação por meio de cartas e terceiros", afirma Velázques, no livro.
O preso também diz que a "amizade" entre Escobar e Fidel se estabeleceu "graças à intermediação dos emblemáticos líderes rebeldes da extinta guerrilha colombiana M-19: Alvaro Fayad e Iván Marino Ospina".
Drogas
"Com o apoio das autoridades cubanas, os aviões [carregados com cocaína], procedentes do México" não encontravam problemas para passar por Cuba. "Ali, os militares cubanos, sob as ordens do general Arnaldo Ochoa e o oficial Tony la Guadia, seguiam instruções diretas de Raúl Castro [irmão de Fidel].
Velázquez também afirma que os cubanos recebiam US$ 2.000 por cada quilo de droga transportado até os EUA.
"A proximidade do México à ilha cubana dá margem para transportar uma quantidade maior de cocaína e gastar menos combustível. Pablo [Escobar] estava feliz com essa rota. Dizia que era um prazer fazer negócios com Raul Castro, porque ele era um homem sério e empreendedor", diz o colaborador do narcotraficante.
De acordo com Velázquez, Escobar fez questão de manter a rota da droga por Cuba "porque era simpático à revolução e queria apoiar Fidel".
Fim da operação
Sem precisar datas, Velázquez afirma que a rota parou de ser usada quando um grande carregamento de drogas foi interceptado pela DEA (sigla em inglês), a agência dos EUA de combate ao narcotráfico. Nesse episódio, "vários cubanos confessaram" as ligações de Escobar com o irmão de Fidel, o que resultou no fuzilamento do general Ochoa e de mais 11 pessoas, de acordo com as ordens do presidente cubano.
"Fidel não ficou de braços cruzados, e ordenou uma falsa investigação". Depois desse ocorrido, a comunicação entre Escobar e Fidel teve de ser interrompida.
Velázquez, que cumpre uma sentença de 20 anos de prisão, tem aparecido com certa freqüência na mídia colombiana, após ter declarado à Promotoria que o ex-ministro da Justiça, ex-senador e candidato à Presidência da Colômbia por duas vezes, Alberto Santofimio, encomendou a morte do candidato presidencial Carlos Galán, que concorria nas eleições de 1989.
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Pablo Escobar, narcotraficante que foi líder do cartel de Medellín (Colômbia), até ser morto pela polícia em 1993, teria mantido "permanente e espontânea" comunicação com o presidente cubano, Fidel Castro, que teria até mesmo permitido o uso da ilha como "rota de passagem" para a droga a ser vendida nos Estados Unidos.
As informações foram reveladas por John Jairo Velázquez, principal colaborador de Escobar, atualmente preso, à jornalista Astrid Legarda, autora da obra "O verdadeiro Pablo", sobre a vida do traficante, que deve ser lançada nesta semana na Colômbia.
Um dos trechos do livro dizem que "Pablo Escobar mantinha uma amizade com Fidel Castro, apesar de nunca terem se falado pessoalmente. Eles tiveram uma permanente e fluída comunicação por meio de cartas e terceiros", afirma Velázques, no livro.
O preso também diz que a "amizade" entre Escobar e Fidel se estabeleceu "graças à intermediação dos emblemáticos líderes rebeldes da extinta guerrilha colombiana M-19: Alvaro Fayad e Iván Marino Ospina".
Drogas
"Com o apoio das autoridades cubanas, os aviões [carregados com cocaína], procedentes do México" não encontravam problemas para passar por Cuba. "Ali, os militares cubanos, sob as ordens do general Arnaldo Ochoa e o oficial Tony la Guadia, seguiam instruções diretas de Raúl Castro [irmão de Fidel].
Velázquez também afirma que os cubanos recebiam US$ 2.000 por cada quilo de droga transportado até os EUA.
"A proximidade do México à ilha cubana dá margem para transportar uma quantidade maior de cocaína e gastar menos combustível. Pablo [Escobar] estava feliz com essa rota. Dizia que era um prazer fazer negócios com Raul Castro, porque ele era um homem sério e empreendedor", diz o colaborador do narcotraficante.
De acordo com Velázquez, Escobar fez questão de manter a rota da droga por Cuba "porque era simpático à revolução e queria apoiar Fidel".
Fim da operação
Sem precisar datas, Velázquez afirma que a rota parou de ser usada quando um grande carregamento de drogas foi interceptado pela DEA (sigla em inglês), a agência dos EUA de combate ao narcotráfico. Nesse episódio, "vários cubanos confessaram" as ligações de Escobar com o irmão de Fidel, o que resultou no fuzilamento do general Ochoa e de mais 11 pessoas, de acordo com as ordens do presidente cubano.
"Fidel não ficou de braços cruzados, e ordenou uma falsa investigação". Depois desse ocorrido, a comunicação entre Escobar e Fidel teve de ser interrompida.
Velázquez, que cumpre uma sentença de 20 anos de prisão, tem aparecido com certa freqüência na mídia colombiana, após ter declarado à Promotoria que o ex-ministro da Justiça, ex-senador e candidato à Presidência da Colômbia por duas vezes, Alberto Santofimio, encomendou a morte do candidato presidencial Carlos Galán, que concorria nas eleições de 1989.
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