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22/08/2005
-
08h27
da Folha Online
Soldados de Israel desocupam nesta segunda-feira o Netzarim --último assentamento judaico instalado na faixa de Gaza--, pondo fim a 38 anos de ocupação desse território palestino. Amanhã os soldados enfrentarão resistência pesada na Cisjordânia, onde restam dois assentamentos para serem desocupados.
Moradores de Netzarim foram à sinagoga nesta segunda-feira acompanhar um ato religioso --o último a ocorrer antes da saída. Depois começaram a deixar o local acompanhados de soldados.
Mas enquanto soldados retiraram pacificamente os colonos de Netzarim, forças de segurança já começam a se concentrar na Cisjordânia. Militares se preparam para a retirada dos colonos dos dois últimos assentamentos a serem desocupados no local --Sanur e Homesh, e a expectativa é de que ultranacionalistas entrem em violentos confrontos.
As outras duas colônias da região que deveriam ser desocupadas de acordo com o plano de retirada do primeiro-ministro Ariel Sharon, Ganim e Kadim, foram deixadas voluntariamente por seus moradores.
Durante o serviço religioso ocorrido hoje em Netzarim, os colonos rezaram junto aos soldados que estavam lá para ajudar sua saída da região e, se necessário, remover à força aqueles que se recusassem a deixar o local. No final da cerimônia religiosa, os cerca de 500 colonos embarcaram nos ônibus e foram embora, com destino a Israel.
Soldados israelenses informaram nesta segunda-feira que um grupo de jovens ultranacionalistas chegou a entrar em Netzarim, mas militares e líderes locais fizeram um acordo para manter a paz na região. Nesta madrugada, colonos chamaram a polícia e denunciaram a presença de três ativistas na região.
Os ultranacionalistas chegaram a grafitar nas paredes das colônias frases como "[Ariel] Sharon, Hitler está orgulhoso de você".
Tranqüilidade
A saída dos colonos de Netzarim foi bem diferente do que ocorreu na semana passada, nas colônias de Neve Dekalim e Kfar Darom, onde colonos se entrincheiraram nas sinagogas dos locais e chegaram até mesmo a jogar uma substância ácida sobre os soldados que tentavam retirá-los.
Netzarim sempre foi considerada um símbolo de insegurança tanto por autoridades israelenses quanto palestinas, informou o jornal israelense "Haaretz" nesta segunda-feira. Isolada e difícil de ser defendida, houve vários ataques de extremistas palestinos na colônia.
No primeiro mês da Segunda Intifada [revolta popular palestina contra a ocupação israelense, iniciada em 2000] Netzarim foi palco de um conflito entre israelenses e palestinos que culminou com a morte de um garoto palestino de 12 anos.
Gush Katif
Neste domingo, o Exército e a polícia completaram a retirada dos colonos de Slav, Katif, Dugit, Neve Dekalim, Bnei Atzmon, Elei Sinai e Nissanit, concluindo também a remoção de todos os moradores do bloco de Gush Katif. As forças de segurança não encontraram grande resistência por parte dos colonos.
A junção de Yad Mordechai, ao norte da faixa de Gaza, foi fechada para o tráfego de veículos, assim que os últimos colonos deixaram Elei Sinai e Nissanit.
Moradores de Katif, junto aos soldados que foram deslocados para removê-los do local, participaram de uma cerimônia religiosa neste domingo --a última realizada na sinagoga do local. Em Bnei Atzmon, moradores também organizaram uma última cerimônia.
Mais de 200 escavadeiras estão agora no bloco de Gush Katif, e operadores aguardam ordens de demolição.
Com agências internacionais
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Israel desocupa última colônia da faixa de Gaza
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Soldados de Israel desocupam nesta segunda-feira o Netzarim --último assentamento judaico instalado na faixa de Gaza--, pondo fim a 38 anos de ocupação desse território palestino. Amanhã os soldados enfrentarão resistência pesada na Cisjordânia, onde restam dois assentamentos para serem desocupados.
Inbal Rose/Reuters |
Colono chora ao ser retirado de sua casa por soldados, no assentamento de Netzarim |
Mas enquanto soldados retiraram pacificamente os colonos de Netzarim, forças de segurança já começam a se concentrar na Cisjordânia. Militares se preparam para a retirada dos colonos dos dois últimos assentamentos a serem desocupados no local --Sanur e Homesh, e a expectativa é de que ultranacionalistas entrem em violentos confrontos.
As outras duas colônias da região que deveriam ser desocupadas de acordo com o plano de retirada do primeiro-ministro Ariel Sharon, Ganim e Kadim, foram deixadas voluntariamente por seus moradores.
Durante o serviço religioso ocorrido hoje em Netzarim, os colonos rezaram junto aos soldados que estavam lá para ajudar sua saída da região e, se necessário, remover à força aqueles que se recusassem a deixar o local. No final da cerimônia religiosa, os cerca de 500 colonos embarcaram nos ônibus e foram embora, com destino a Israel.
Soldados israelenses informaram nesta segunda-feira que um grupo de jovens ultranacionalistas chegou a entrar em Netzarim, mas militares e líderes locais fizeram um acordo para manter a paz na região. Nesta madrugada, colonos chamaram a polícia e denunciaram a presença de três ativistas na região.
Os ultranacionalistas chegaram a grafitar nas paredes das colônias frases como "[Ariel] Sharon, Hitler está orgulhoso de você".
Tranqüilidade
A saída dos colonos de Netzarim foi bem diferente do que ocorreu na semana passada, nas colônias de Neve Dekalim e Kfar Darom, onde colonos se entrincheiraram nas sinagogas dos locais e chegaram até mesmo a jogar uma substância ácida sobre os soldados que tentavam retirá-los.
Netzarim sempre foi considerada um símbolo de insegurança tanto por autoridades israelenses quanto palestinas, informou o jornal israelense "Haaretz" nesta segunda-feira. Isolada e difícil de ser defendida, houve vários ataques de extremistas palestinos na colônia.
No primeiro mês da Segunda Intifada [revolta popular palestina contra a ocupação israelense, iniciada em 2000] Netzarim foi palco de um conflito entre israelenses e palestinos que culminou com a morte de um garoto palestino de 12 anos.
Gush Katif
Neste domingo, o Exército e a polícia completaram a retirada dos colonos de Slav, Katif, Dugit, Neve Dekalim, Bnei Atzmon, Elei Sinai e Nissanit, concluindo também a remoção de todos os moradores do bloco de Gush Katif. As forças de segurança não encontraram grande resistência por parte dos colonos.
A junção de Yad Mordechai, ao norte da faixa de Gaza, foi fechada para o tráfego de veículos, assim que os últimos colonos deixaram Elei Sinai e Nissanit.
Moradores de Katif, junto aos soldados que foram deslocados para removê-los do local, participaram de uma cerimônia religiosa neste domingo --a última realizada na sinagoga do local. Em Bnei Atzmon, moradores também organizaram uma última cerimônia.
Mais de 200 escavadeiras estão agora no bloco de Gush Katif, e operadores aguardam ordens de demolição.
Com agências internacionais
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