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26/08/2005 - 11h57

Polícia quer investigar vazamento de documentos do caso Jean

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da EFE, em Londres
da Folha Online

A polícia britânica solicitou ao governo uma investigação sobre o vazamento dos documentos sobre as circunstâncias da morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, no último dia 22 de julho, que colocaram em evidência a versão inicial das forças de ordem.

As Federação das Polícias londrina remeteu na semana passada uma carta ao ministro britânico do Interior, Charles Clarke, para pedir uma investigação independente sobre esses atos.

O brasileiro, de 27 anos, foi baleado por agentes policiais que acharam que ele era um terrorista quando estava na estação de metrô de Stockwell, ao sul de Londres, um dia após a segunda onda de ataques terroristas ocorrida na capital britânica. No dia 7 de julho, quatro terroristas suicidas se explodiram na rede de transporte de Londres, causando a morte de 52 pessoas, além de deixar outros 700 feridos.

Apesar de a polícia ter justificado em um primeiro momento a morte de Jean Charles pelo fato de ele ter fugido dos agentes, pulado a roleta da estação e estar vestindo um casaco grande e suspeito, documentos que vazaram à imprensa desmentiram essa versão.

Segundo essas informações, o jovem se comportou como um usuário comum: entrou andando, pagou a passagem e até pegou um exemplar de um periódico gratuito antes de subir ao trem onde os agentes o atingiram com sete tiros na cabeça e um no ombro.

À luz dos novos dados, a família do brasileiro pediu a renúncia do chefe da Scotland Yard, Ian Blair, e acusou as forças de ordem de encobrir os fatos.

Na carta enviada ao ministro do Interior, a polícia solicita que uma pessoa independente seja designada para investigar este "vazamento de informações não-autorizado".

A informação foi divulgada por um membro da Comissão Independente de Queixas sobre a Polícia (IPCC, na sigla em inglês), que investiga a morte de Jean Charles, em um ato que custou a ele a suspensão de seu cargo.

A Federação de Polícia enviou outra carta à IPCC em que coloca em dúvida sua capacidade para realizar a investigação de "forma independente e profissional".

"Levando em conta as circunstâncias em torno deste caso, era essencial que toda a informação fosse restrita", diz na nota o vice-presidente da Federação de Polícia, Alan Gordon.

Gordon diz que "infelizmente, por razões desconhecidas, o pior cenário --um julgamento por parte dos meios de comunicação-, está ocorrendo em paralelo à investigação oficial.

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