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27/08/2005
-
12h13
da Folha Online
O presidente dos EUA, George W. Bush, pediu neste sábado aos norte-americanos que sejam "pacientes" com a missão militar do país no Iraque, no momento em que seu índice de aprovação chega a apenas 40% --mais baixo desde que assumiu a presidência do país--, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Harris, divulgada na quarta-feira (24).
"Os iraquianos estão trabalhando juntos para construir um país livre que contribua para a paz e a estabilidade na região, e vamos ajudá-los a serem bem-sucedidos", disse Bush em seu programa semanal de rádio.
Bush mostrou confiança na superação dos problemas no processo de elaboração de uma Constituição e que a nova Carta Magna iraquiana "será um marco" no Oriente Médio. "Como os fundadores do nosso país há mais de dois séculos, os iraquianos estão lutando com pontos difíceis, tais como o papel do governo federal. O que importa é que os iraquianos estão lidando com esses pontos através do diálogo --e não com armas."
O secretário do Partido Islâmico do Iraque (sunita), Tariq al Hashemi, disse hoje que o embaixador dos EUA em Bagdá, Zalmay Jalilzad, pediu um encontro com representantes sunitas para discutir suas propostas sobre a Constituição iraquiana. "A reunião foi pedida pelo diplomata americano", disse o líder da principal formação política sunita do Iraque à rede de televisão Al Jazira, do Qatar.
Al Hashemi disse que ainda há divergências sobre algumas questões, como o federalismo. Os sunitas --que apesar de serem minoria no país, dominaram o Iraque durante a época em que Saddam esteve no poder (1979-2003)-- se opõem ao federalismo porque podem perder controle sobre as reservas de petróleo no Iraque, que se localizam justamente nas áreas em que a maioria é formada pelos rivais xiitas e curdos.
O presidente americano elogiou ainda a "corajosa e dolorosa" remoção dos assentamentos judaicos da faixa de Gaza e de parte da Cisjordânia, feita pelo governo de Israel e disse que isso, junto com os esforços democráticos do Iraque, são motivo para "esperanças renovadas" para o Oriente Médio.
"As pessoas estão fazendo as escolhas difíceis necessárias para um futuro de segurança e espero que isso torne a região e o mundo mais pacíficos", disse Bush.
Os palestinos "precisam mostrar ao mundo que irão lutar contra o terrorismo e governar de modo pacífico", disse o presidente americano. "Iremos permanecer completamente comprometidos com a defesa da segurança e do bem-estar de nosso amigo e aliado, [o Estado de] Israel. Exigimos um fim ao terrorismo e à violência em todas as formas porque sabemos que o progresso depende do fim do terror."
Bush ainda enfatizou que os EUA não podem sair do Iraque agora porque isso "desonraria os esforços e sacrifícios dos homens e mulheres que morreram lá e poria em risco a segurança" dos EUA.
"Nossos esforços no Iraque exigem mais tempo, mais sacrifício e contínua determinação (...) As pessoas no Oriente Médio estão escolhendo um futuro de liberdade, prosperidade e esperança. E enquanto dão esses passos corajosos, os americanos continuarão a ficar ao lado deles porque sabemos que nações livres e democráticas são pacíficas."
Baixa popularidade
Antes da pesquisa divulgada na quarta-feira, a popularidade do presidente Bush já estava em baixa. Uma pesquisa similar realizada há dois meses mostrava que 45% da população apoiava Bush, contra 55% que o desaprovavam.
A popularidade do gabinete de Bush também continua em queda entre a população. A pesquisa do instituto Harris mostrou que o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, é visto de forma negativa por 58% dos americanos --contra 40% que o vêem com otimismo. Já o vice-presidente, Dick Cheney, é malvisto por 60% da população.
A secretária de Estado, Condoleezza Rice, é o único membro do gabinete que obteve crescimento em sua popularidade, vista positivamente por 57% da população --crescimento de cinco pontos percentuais em relação aos 52% registrados em junho.
A maioria dos americanos --59%-- afirmou que o país tomou "um rumo errado", enquanto 37% dizem acreditar que os EUA se movem na direção certa. Em junho, 55% diziam que o país estava no caminho errado e 38% afirmavam que o rumo escolhido pelo governo era correto.
Com agências internacionais
Bush pede a americanos que sejam "pacientes" com guerra no Iraque
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O presidente dos EUA, George W. Bush, pediu neste sábado aos norte-americanos que sejam "pacientes" com a missão militar do país no Iraque, no momento em que seu índice de aprovação chega a apenas 40% --mais baixo desde que assumiu a presidência do país--, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Harris, divulgada na quarta-feira (24).
"Os iraquianos estão trabalhando juntos para construir um país livre que contribua para a paz e a estabilidade na região, e vamos ajudá-los a serem bem-sucedidos", disse Bush em seu programa semanal de rádio.
Bush mostrou confiança na superação dos problemas no processo de elaboração de uma Constituição e que a nova Carta Magna iraquiana "será um marco" no Oriente Médio. "Como os fundadores do nosso país há mais de dois séculos, os iraquianos estão lutando com pontos difíceis, tais como o papel do governo federal. O que importa é que os iraquianos estão lidando com esses pontos através do diálogo --e não com armas."
O secretário do Partido Islâmico do Iraque (sunita), Tariq al Hashemi, disse hoje que o embaixador dos EUA em Bagdá, Zalmay Jalilzad, pediu um encontro com representantes sunitas para discutir suas propostas sobre a Constituição iraquiana. "A reunião foi pedida pelo diplomata americano", disse o líder da principal formação política sunita do Iraque à rede de televisão Al Jazira, do Qatar.
Al Hashemi disse que ainda há divergências sobre algumas questões, como o federalismo. Os sunitas --que apesar de serem minoria no país, dominaram o Iraque durante a época em que Saddam esteve no poder (1979-2003)-- se opõem ao federalismo porque podem perder controle sobre as reservas de petróleo no Iraque, que se localizam justamente nas áreas em que a maioria é formada pelos rivais xiitas e curdos.
O presidente americano elogiou ainda a "corajosa e dolorosa" remoção dos assentamentos judaicos da faixa de Gaza e de parte da Cisjordânia, feita pelo governo de Israel e disse que isso, junto com os esforços democráticos do Iraque, são motivo para "esperanças renovadas" para o Oriente Médio.
"As pessoas estão fazendo as escolhas difíceis necessárias para um futuro de segurança e espero que isso torne a região e o mundo mais pacíficos", disse Bush.
Os palestinos "precisam mostrar ao mundo que irão lutar contra o terrorismo e governar de modo pacífico", disse o presidente americano. "Iremos permanecer completamente comprometidos com a defesa da segurança e do bem-estar de nosso amigo e aliado, [o Estado de] Israel. Exigimos um fim ao terrorismo e à violência em todas as formas porque sabemos que o progresso depende do fim do terror."
Bush ainda enfatizou que os EUA não podem sair do Iraque agora porque isso "desonraria os esforços e sacrifícios dos homens e mulheres que morreram lá e poria em risco a segurança" dos EUA.
"Nossos esforços no Iraque exigem mais tempo, mais sacrifício e contínua determinação (...) As pessoas no Oriente Médio estão escolhendo um futuro de liberdade, prosperidade e esperança. E enquanto dão esses passos corajosos, os americanos continuarão a ficar ao lado deles porque sabemos que nações livres e democráticas são pacíficas."
Baixa popularidade
Antes da pesquisa divulgada na quarta-feira, a popularidade do presidente Bush já estava em baixa. Uma pesquisa similar realizada há dois meses mostrava que 45% da população apoiava Bush, contra 55% que o desaprovavam.
A popularidade do gabinete de Bush também continua em queda entre a população. A pesquisa do instituto Harris mostrou que o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, é visto de forma negativa por 58% dos americanos --contra 40% que o vêem com otimismo. Já o vice-presidente, Dick Cheney, é malvisto por 60% da população.
A secretária de Estado, Condoleezza Rice, é o único membro do gabinete que obteve crescimento em sua popularidade, vista positivamente por 57% da população --crescimento de cinco pontos percentuais em relação aos 52% registrados em junho.
A maioria dos americanos --59%-- afirmou que o país tomou "um rumo errado", enquanto 37% dizem acreditar que os EUA se movem na direção certa. Em junho, 55% diziam que o país estava no caminho errado e 38% afirmavam que o rumo escolhido pelo governo era correto.
Com agências internacionais
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