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28/08/2005
-
10h29
da Folha Online
Os sunitas rejeitaram o projeto de Constituição iraquiana, considerado "americano", apresentado ao Parlamento do Iraque neste domingo, e vão fazer campanha contra o texto no referendo a que o projeto deverá ser submetido em outubro, disse hoje o membro sunita da comissão de elaboração da Carta Magna iraquiana, Hussein al Falluji.
"Não concordamos com essa Constituição. Temos objeções, que são as mesmas desde o primeiro dia", disse Al Falluji à agência de notícias Reuters. "Se não houver fraude, creio que o povo dirá 'não' a essa Constituição americana."
Os sunitas --que apesar de serem minoria no país, dominaram o Iraque durante a época em que Saddam Hussein esteve no poder (1979-2003)-- se opõem ao federalismo xiita nas províncias do sul do país, mas não ao estabelecimento de uma região autônoma no Curdistão e sugere um sistema descentralizado, mas coeso para o restante do país. Eles também exigem que o Islã seja a fonte principal das leis, e que se ressalte a identidade árabe do Iraque.
A oposição dos sunitas ao federalismo se deve ao temor de perder controle sobre as reservas de petróleo no Iraque, que se localizam justamente nas áreas em que a maioria da população é formada pelos rivais xiitas e curdos.
Segundo o membro curdo do comitê Monzer al Faddal, a versão apresentada hoje reconhece a região autônoma do Curdistão e adia para a próxima assembléia a questão de um sistema federal para o Iraque, e sua aplicação. Sobre o partido Baath, o texto final refere-se apenas ao período durante o qual ele foi dominado pelo presidente deposto Saddam Hussein.
No total, houve 14 emendas à versão apresentada no último dia 22 ao parlamento, disse Al Faddal. Segundo ele, os sunitas convidados a participar da redação do projeto de Constituição participaram da cerimônia de assinatura, mas não disse quantos assinaram o texto.
O deputado xiita e membro do comitê Jodair Jozai classificou as emendas de "mínimas e insignificantes (...) Ninguém está totalmente satisfeito, incluindo os xiitas, mas é um passo à frente."
O representante sunita na comissão Saleh al Mutlaq disse à rede de TV Alhurra, de origem americana, que deve ser convocada uma reunião de todos os que se opõem à nova Constituição para decidir qual será o próximo passo. A data da reunião ainda não foi acertada.
"Vamos agora nos mobilizar para [realizar] uma conferência que inclua todos os grupos que não tomaram parte nas eleições [de 30 de janeiro deste ano] para tomar uma decisão", disse Al Mutlaq. "Espero que aqueles que estão lidando com essa constituição aguardem para ouvir o ponto de vista desta conferência e ouçam o sentimento do povo iraquiano."
Com agências internacionais
Especial
Leia cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
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Sunitas rejeitam Constituição "americana" para o Iraque
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Os sunitas rejeitaram o projeto de Constituição iraquiana, considerado "americano", apresentado ao Parlamento do Iraque neste domingo, e vão fazer campanha contra o texto no referendo a que o projeto deverá ser submetido em outubro, disse hoje o membro sunita da comissão de elaboração da Carta Magna iraquiana, Hussein al Falluji.
"Não concordamos com essa Constituição. Temos objeções, que são as mesmas desde o primeiro dia", disse Al Falluji à agência de notícias Reuters. "Se não houver fraude, creio que o povo dirá 'não' a essa Constituição americana."
Os sunitas --que apesar de serem minoria no país, dominaram o Iraque durante a época em que Saddam Hussein esteve no poder (1979-2003)-- se opõem ao federalismo xiita nas províncias do sul do país, mas não ao estabelecimento de uma região autônoma no Curdistão e sugere um sistema descentralizado, mas coeso para o restante do país. Eles também exigem que o Islã seja a fonte principal das leis, e que se ressalte a identidade árabe do Iraque.
A oposição dos sunitas ao federalismo se deve ao temor de perder controle sobre as reservas de petróleo no Iraque, que se localizam justamente nas áreas em que a maioria da população é formada pelos rivais xiitas e curdos.
Segundo o membro curdo do comitê Monzer al Faddal, a versão apresentada hoje reconhece a região autônoma do Curdistão e adia para a próxima assembléia a questão de um sistema federal para o Iraque, e sua aplicação. Sobre o partido Baath, o texto final refere-se apenas ao período durante o qual ele foi dominado pelo presidente deposto Saddam Hussein.
No total, houve 14 emendas à versão apresentada no último dia 22 ao parlamento, disse Al Faddal. Segundo ele, os sunitas convidados a participar da redação do projeto de Constituição participaram da cerimônia de assinatura, mas não disse quantos assinaram o texto.
O deputado xiita e membro do comitê Jodair Jozai classificou as emendas de "mínimas e insignificantes (...) Ninguém está totalmente satisfeito, incluindo os xiitas, mas é um passo à frente."
O representante sunita na comissão Saleh al Mutlaq disse à rede de TV Alhurra, de origem americana, que deve ser convocada uma reunião de todos os que se opõem à nova Constituição para decidir qual será o próximo passo. A data da reunião ainda não foi acertada.
"Vamos agora nos mobilizar para [realizar] uma conferência que inclua todos os grupos que não tomaram parte nas eleições [de 30 de janeiro deste ano] para tomar uma decisão", disse Al Mutlaq. "Espero que aqueles que estão lidando com essa constituição aguardem para ouvir o ponto de vista desta conferência e ouçam o sentimento do povo iraquiano."
Com agências internacionais
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