Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
29/08/2005 - 14h50

Furacão Katrina já se dirige a Mississipi e Alabama

Publicidade

da Folha Online

A passagem do furacão Katrina pela cidade de Nova Orleans, Louisiana (EUA), foi menos desastrosa do que o esperado, mas ventos de até 233 km/h abalaram estruturas de prédios, causaram enchentes e romperam partes do teto de um estádio que serve de abrigo para 9.000 pessoas.

Autoridades temiam que Nova Orleans, que está a 60 centímetros abaixo do nível do mar e é protegida por um complexo sistema de diques e estações de bombeamento de água, não suportasse o volume das águas, causando inundações gigantescas. As bombas chegaram a parar temporariamente devido à falta de energia, mas logo voltaram ao normal.

De acordo com informações dos centros meteorológicos, é possível que tornados isolados ainda atinjam a região.

AP
Carro enfrenta enchente no sul de Nova Orleans, após a passagem do furacão Katrina
No sul da cidade, a água da enchente chega a três metros de altura. Cerca de 150 pessoas estão isoladas em cima de telhados esperando por socorro. Segundo o prefeito de Nova Orleans, Ray Nagin, a estrutura de mais de 20 prédios foi abalada.

O Katrina se dirige agora para Mississipi e Alabama --este último Estado já registra apagões causados pela queda de postes de iluminação derrubados pela força dos ventos. Cerca de 116 mil pessoas estão sem luz.

Segundo o mais recente boletim do Centro Nacional de Furacões dos EUA, o Katrina continua perdendo força e já está na categoria 2 [causa danos de médio porte], e seus ventos internos giram em torno de 170 km/h.

O furacão agora [após tocar o solo] só tende a perder intensidade, justamente por não receber mais sua força de alimentação --o vapor gerado pela água quente do oceano, de acordo com Ricardo de Camargo, 38, professor de meteorologia da USP (Universidade de São Paulo).

28.ago.2005/AP
Imagem mostra parte interna do Superdome. O estádio abriga cerca de 9.000 pessoas
Folhas de metal foram arrancadas do teto do Superdome, criando dois grandes e visíveis buracos. Apesar disso, as pessoas são mantidas na gigantesca arena [que tem capacidade para 75 mil pessoas].

Segundo Kathleen Blanco, do governo local, não há situação de perigo no Superdome, pelo menos até o momento.

Danos do furacão poderão custar US$ 25 bilhões a seguradoras dos Estados Unidos, segundo informações de empresas do setor.

Apagão

A velocidade dos ventos em Nova Orleans deixou Vieux Carré --um dos bairros mais antigos e pitorescos de Nova Orleans no chamado "quarteirão francês"-- às escuras, depois que fios de alta tensão, que alimentam a parte sul de Nova Orleans, foram arrancados.

Até o momento, a chegada do Katrina á região causou a morte de três pessoas, todos idosos que viviam em um asilo em Nova Orleans. Eles morreram neste domingo durante o trabalho de remoção de pessoas para áreas seguras.

O Katrina ganhou força neste domingo e levou pânico ao sul do país. O preço do barril de petróleo disparou nesta segunda-feira, passando dos US$ 70 pela primeira vez, por causa da chegada do furacão Katrina à região do golfo do México.

Reuters
Imagem de satélite mostra movimentação do furacão Katrina, que já perdeu força
Essa região é crucial para a infra-estrutura de produção de energia nos Estados Unidos. Lá também ficam plataformas de produção de petróleo, terminais de importação, redes de oleodutos e diversas refinarias.

O furacão chegou à categoria 5 na escala Saffir-Simpson --a mais severa de todas--, mas recuou para 4, depois três e agora está na categoria 2.

O último furacão de categoria 5 a atingir os EUA foi o Andrew, em 1992, que devastou a Flórida e matou 26 pessoas.

Com agências internacionais

Leia mais
  • Passagem de furacão já causa danos a Nova Orleans
  • Saiba mais sobre os tipos de ventos e tempestades
  • Furacões podem causar destruição completa por onde passam

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o furacão Katrina
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página