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01/09/2005
-
09h44
IURI DANTAS
da Folha de S.Paulo, em Washington
Habituados a alertas sobre furacões e enchentes, os moradores de Nova Orleans não levaram a sério as advertências feitas pelas autoridades a respeito do Katrina, segundo o brasileiro Antonio Augusto Reis, estudante de direito que estava na cidade na véspera do desastre.
"Alguns estudantes decidiram não sair, motivados principalmente pelos [habitantes] locais de Nova Orleans, que diziam que nada iria acontecer e que todo ano era a mesma coisa, mas que o furacão nunca atingiria Nova Orleans", relatou Reis à Folha.
A vice-cônsul do Brasil em Houston, Flávia Passos, responsável pela assistência a brasileiros na região, comparou os alertas de retirada aos alertas de terrorismo emitidos regularmente pelo governo. "É a mesma coisa. Alerta laranja, alerta amarelo. Você muda sua vida por conta disso? Com os furacões, que são sempre imprevisíveis, aconteceu a mesma coisa. Muitas pessoas se acostumaram a ouvir os alertas e não acontecer nada. Agora aconteceu", contou.
Reis deixou Nova Orleans na noite de sábado, em direção a Houston, no Texas, mas não conseguiu chegar lá e mudou a rota para Dallas. "Saímos de lá no sábado à noite e pretendíamos ir para Houston. Infelizmente as estradas estavam bloqueadas. Acabamos rumando para Jackson, Mississippi. Passamos a noite lá e, quando vimos que o furacão estava indo naquela direção, decidimos vir para Dallas, onde estamos até agora."
Seus colegas que ficaram na Louisiana foram levados para a Universidade de Jackson, no Mississippi, abrigados em um ginásio. "Eles estão bem ao que parece. Estamos no momento aguardando um posicionamento do prefeito para podermos avaliar se podemos ou não voltar para Nova Orleans", contou Reis.
O estudante disse ainda que conhece outros brasileiros em sua faculdade, mas não sabe onde eles estão. Da mesma forma, o consulado em Houston não tem tais informações. O Itamaraty estuda enviar um funcionário para Baton Rouge, Louisiana, cidade mais próxima a Nova Orleans, mas nenhuma decisão tinha sido tomada até a noite desta quarta-feira.
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da Folha de S.Paulo, em Washington
Habituados a alertas sobre furacões e enchentes, os moradores de Nova Orleans não levaram a sério as advertências feitas pelas autoridades a respeito do Katrina, segundo o brasileiro Antonio Augusto Reis, estudante de direito que estava na cidade na véspera do desastre.
"Alguns estudantes decidiram não sair, motivados principalmente pelos [habitantes] locais de Nova Orleans, que diziam que nada iria acontecer e que todo ano era a mesma coisa, mas que o furacão nunca atingiria Nova Orleans", relatou Reis à Folha.
A vice-cônsul do Brasil em Houston, Flávia Passos, responsável pela assistência a brasileiros na região, comparou os alertas de retirada aos alertas de terrorismo emitidos regularmente pelo governo. "É a mesma coisa. Alerta laranja, alerta amarelo. Você muda sua vida por conta disso? Com os furacões, que são sempre imprevisíveis, aconteceu a mesma coisa. Muitas pessoas se acostumaram a ouvir os alertas e não acontecer nada. Agora aconteceu", contou.
Reis deixou Nova Orleans na noite de sábado, em direção a Houston, no Texas, mas não conseguiu chegar lá e mudou a rota para Dallas. "Saímos de lá no sábado à noite e pretendíamos ir para Houston. Infelizmente as estradas estavam bloqueadas. Acabamos rumando para Jackson, Mississippi. Passamos a noite lá e, quando vimos que o furacão estava indo naquela direção, decidimos vir para Dallas, onde estamos até agora."
Seus colegas que ficaram na Louisiana foram levados para a Universidade de Jackson, no Mississippi, abrigados em um ginásio. "Eles estão bem ao que parece. Estamos no momento aguardando um posicionamento do prefeito para podermos avaliar se podemos ou não voltar para Nova Orleans", contou Reis.
O estudante disse ainda que conhece outros brasileiros em sua faculdade, mas não sabe onde eles estão. Da mesma forma, o consulado em Houston não tem tais informações. O Itamaraty estuda enviar um funcionário para Baton Rouge, Louisiana, cidade mais próxima a Nova Orleans, mas nenhuma decisão tinha sido tomada até a noite desta quarta-feira.
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