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02/09/2005
-
22h10
EMILIA BERTOLLI
da Folha Online
Apesar de dados históricos e condições climáticas darem pistas sobre o período de maior risco para o aparecimento de furacões --os meses de agosto a novembro, a "temporada" de furacões-- meteorologistas do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos não conseguem prever quando um furacão vai se formar, e nem quais lugares ele poderá atingir.
"Há a possibilidade do aparecimento de outro furacão? Sim, porque estamos no meio da temporada dos furacões. Mas não tenho como dizer onde e quando eles podem acontecer. Haverá outro [furacão] em Nova Orleans? Haverá um em Miami? Não sabemos. Não conseguimos fazer essa previsão", afirmou, à Folha Online, Lixion Avila, meteorologista que trabalha com a predição de novos furacões no centro americano.
Nesta sexta-feira, o meteorologista William Gray --que é, segundo a mídia americana, um dos maiores especialistas do mundo no assunto-- publicou um relatório afirmando que há 43% de chance que um outro furacão de grande intensidade atinja os EUA neste mês.
"Infelizmente nós continuamos a ter más notícias sobre a atividade meteorológica nos meses de setembro e outubro", afirmou Gray, que fez seu estudo baseando-se em dados estatísticos sobre o aparecimento de furacões entre os anos de 1950 e 2001.
Intensa atividade
As informações colhidas por Gray coincidem com um informe publicado pelo NOAA [o programa nacional de administração oceânica e atmosférica dos EUA], em agosto passado, que informava sobre uma intensa atividade nesta temporada de furacões. "Mas não podemos dizer onde eles vão atingir, ou quando", afirma Avila.
De acordo com os estudos de Gray, a região do oceano Atlântico que banha os países caribenhos e a costa dos EUA entrou em um período "de aumento de atividades de furacões", que deve durar mais duas ou três décadas. "O oceano está se mais quente que o normal e as flutuações nas condições dos ventos e da temperatura que anulam os furacões não estão presentes".
Entretanto, Avila disse que os meteorologistas do centro não conseguem "saber sequer 12 horas antes o ponto exato onde vai surgir um furacão".
Há ainda o fato de que os furacões nem sempre afetaram os EUA. No ano passado, o furacão Ivan --um dos piores formados durante a temporada de furacões no Atlântico-- devastou a ilha de Granada: 89% da infra-estrutura local ficou danificada. O Ivan também atingiu as ilhas Cayman, Jamaica e Cuba. O furacão matou 64 pessoas na região do Caribe, e 25 nos EUA.
"Para os caribenhos, esta não está sendo a pior temporada de furacões, mas para os americanos, sim. O Katrina é um dos piores desastres naturais dos EUA", disse Avila.
Com agências internacionais
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"Há a possibilidade do aparecimento de outro furacão? Sim, porque estamos no meio da temporada dos furacões. Mas não tenho como dizer onde e quando eles podem acontecer. Haverá outro [furacão] em Nova Orleans? Haverá um em Miami? Não sabemos. Não conseguimos fazer essa previsão", afirmou, à Folha Online, Lixion Avila, meteorologista que trabalha com a predição de novos furacões no centro americano.
Nesta sexta-feira, o meteorologista William Gray --que é, segundo a mídia americana, um dos maiores especialistas do mundo no assunto-- publicou um relatório afirmando que há 43% de chance que um outro furacão de grande intensidade atinja os EUA neste mês.
"Infelizmente nós continuamos a ter más notícias sobre a atividade meteorológica nos meses de setembro e outubro", afirmou Gray, que fez seu estudo baseando-se em dados estatísticos sobre o aparecimento de furacões entre os anos de 1950 e 2001.
Intensa atividade
As informações colhidas por Gray coincidem com um informe publicado pelo NOAA [o programa nacional de administração oceânica e atmosférica dos EUA], em agosto passado, que informava sobre uma intensa atividade nesta temporada de furacões. "Mas não podemos dizer onde eles vão atingir, ou quando", afirma Avila.
De acordo com os estudos de Gray, a região do oceano Atlântico que banha os países caribenhos e a costa dos EUA entrou em um período "de aumento de atividades de furacões", que deve durar mais duas ou três décadas. "O oceano está se mais quente que o normal e as flutuações nas condições dos ventos e da temperatura que anulam os furacões não estão presentes".
Entretanto, Avila disse que os meteorologistas do centro não conseguem "saber sequer 12 horas antes o ponto exato onde vai surgir um furacão".
Há ainda o fato de que os furacões nem sempre afetaram os EUA. No ano passado, o furacão Ivan --um dos piores formados durante a temporada de furacões no Atlântico-- devastou a ilha de Granada: 89% da infra-estrutura local ficou danificada. O Ivan também atingiu as ilhas Cayman, Jamaica e Cuba. O furacão matou 64 pessoas na região do Caribe, e 25 nos EUA.
"Para os caribenhos, esta não está sendo a pior temporada de furacões, mas para os americanos, sim. O Katrina é um dos piores desastres naturais dos EUA", disse Avila.
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