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18/09/2005
-
07h00
da Folha Online
Cerca de 62 milhões de alemães podem ir às urnas neste domingo para renovar os 598 lugares disponíveis no Bundestag (Parlamento) e definir o novo chefe de governo do país --vaga disputada entre o atual chanceler alemão, Gerhard Schröder, e a principal líder da oposição, Angela Merkel.
Oficialmente, quatro candidatos --líderes de partidos-- podem chegar ao cargo de chanceler (primeiro-ministro) na Alemanha: Schröder, líder do Partido Social Democrata (SPD, centro-esquerda), Merkel, da União Democrata Cristã (CDU, centro-direita), Guido Westerwelle, do Partido Liberal e Gregor Gysi e Oskar Lafontaine, que formaram a oposição esquerdista.
Mas a disputa acontece mesmo entre Schröder e Merkel. A mais recente pesquisa de intenção de votos divulgada pela imprensa alemã mostra que Schröder, que tenta sua segunda reeleição, enfrenta problemas com a opinião pública. Seu partido, o SPD, tem 32,9% das intenções de votos, contra 41,7% da CDU --de Merkel.
As eleições alemãs são, mais do que a escolha de um novo líder para o país, um teste para a Europa, já que pode apontar --com pequena margem de erro-- qual é a direção política que o continente pode tomar nos próximos anos.
Desemprego
O vencedor das eleições terá que encarar o maior e mais urgente desafio na Alemanha: as altas taxas de desemprego, que chegaram a atingir, em agosto passado, 11,4% da população economicamente ativa.
Esse aliás, apontam analistas, foi um dos motivos pelo qual Schröder adiantou a realização das eleições em um ano, além da derrota sofrida pelo SPD no Estado de Renânia do Norte-Vestfália, em pleito regional ocorrido em maio passado. Até então, o local era considerado uma "fortaleza" dos centro-esquerdistas.
Após sete anos no poder, e sem conseguir vencer o desemprego, que bateu taxas recordes em seu governo, o chanceler não teve outra saída se não a de realizar novas eleições no país, afirmam especialistas.
EUA
Caso vença, Merkel deverá unir a Alemanha aos Estados Unidos, país que foi um aliado muito próximo durante a Guerra Fria, e se afastar da França, ao contrário do que fez Schröder, que se tornou uma "persona non grata" em Washington devido à sua oposição ferrenha contra a Guerra do Iraque.
Outro problema que deverá surgir com a eleição de Merkel será a posição da Turquia na União Européia (UE). A candidata rejeita a entrada dos turcos no bloco, o que pode aumentar a tensão entre o Oriente muçulmano e o Ocidente.
O grande trunfo de Schröder é, ainda, a política externa, peça fundamental para sua vitória em 2002. De acordo com pesquisas realizadas no país, mais de 70% são contrários à realização de guerras.
Já Merkel usa a diminuição do desemprego como bandeira, acusando diretamente o seu oponente de não ter conseguido fazê-lo em sete anos. Mas a solução de Merkel poderá custar caro aos alemães, que vão sentir uma sensível diminuição nos benefícios sociais.
Com agências internacionais
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Alemães vão às urnas hoje para decidir novo governo
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Cerca de 62 milhões de alemães podem ir às urnas neste domingo para renovar os 598 lugares disponíveis no Bundestag (Parlamento) e definir o novo chefe de governo do país --vaga disputada entre o atual chanceler alemão, Gerhard Schröder, e a principal líder da oposição, Angela Merkel.
Oficialmente, quatro candidatos --líderes de partidos-- podem chegar ao cargo de chanceler (primeiro-ministro) na Alemanha: Schröder, líder do Partido Social Democrata (SPD, centro-esquerda), Merkel, da União Democrata Cristã (CDU, centro-direita), Guido Westerwelle, do Partido Liberal e Gregor Gysi e Oskar Lafontaine, que formaram a oposição esquerdista.
Fotomontagem/Reuters |
Gerhard Schröder, chanceler alemão, e Angela Merkel, candidata da oposição |
As eleições alemãs são, mais do que a escolha de um novo líder para o país, um teste para a Europa, já que pode apontar --com pequena margem de erro-- qual é a direção política que o continente pode tomar nos próximos anos.
Desemprego
O vencedor das eleições terá que encarar o maior e mais urgente desafio na Alemanha: as altas taxas de desemprego, que chegaram a atingir, em agosto passado, 11,4% da população economicamente ativa.
Esse aliás, apontam analistas, foi um dos motivos pelo qual Schröder adiantou a realização das eleições em um ano, além da derrota sofrida pelo SPD no Estado de Renânia do Norte-Vestfália, em pleito regional ocorrido em maio passado. Até então, o local era considerado uma "fortaleza" dos centro-esquerdistas.
Após sete anos no poder, e sem conseguir vencer o desemprego, que bateu taxas recordes em seu governo, o chanceler não teve outra saída se não a de realizar novas eleições no país, afirmam especialistas.
EUA
Caso vença, Merkel deverá unir a Alemanha aos Estados Unidos, país que foi um aliado muito próximo durante a Guerra Fria, e se afastar da França, ao contrário do que fez Schröder, que se tornou uma "persona non grata" em Washington devido à sua oposição ferrenha contra a Guerra do Iraque.
Outro problema que deverá surgir com a eleição de Merkel será a posição da Turquia na União Européia (UE). A candidata rejeita a entrada dos turcos no bloco, o que pode aumentar a tensão entre o Oriente muçulmano e o Ocidente.
O grande trunfo de Schröder é, ainda, a política externa, peça fundamental para sua vitória em 2002. De acordo com pesquisas realizadas no país, mais de 70% são contrários à realização de guerras.
Já Merkel usa a diminuição do desemprego como bandeira, acusando diretamente o seu oponente de não ter conseguido fazê-lo em sete anos. Mas a solução de Merkel poderá custar caro aos alemães, que vão sentir uma sensível diminuição nos benefícios sociais.
Com agências internacionais
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