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20/09/2005
-
16h30
da EFE, em Washington
As despesas com reconstrução geradas pelo furacão Katrina alterarão as prioridades econômicas do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e talvez impeçam que sejam feitos alguns cortes de impostos, disse nesta terça-feira o secretário do Tesouro dos EUA, John Snow.
Analistas particulares e do governo calcularam em cerca de US$ 100 bilhões os danos materiais causados pelo furacão, que afetou em 29 de agosto as costas de Louisiana, Mississippi e Alabama, e, quatro dias antes, a Flórida.
O Congresso já aprovou uma ajuda de emergência de US$ 62,3 bilhões, e alguns economistas calculam que o custo total dos consertos e da assistência aos desabrigados será de cerca de US$ 200 bilhões.
"Isso passou a dominar o programa nacional, e acho que continuará assim por um tempo", disse Snow durante discurso feito à Associação Nacional de Caixas de Crédito Federais.
"O impacto do Katrina empurrará para um segundo plano alguns assuntos que, de outra forma, estariam agora em primeiro lugar, como o imposto sobre a herança e a permanência dos cortes tributários", acrescentou.
Política econômica
A redução de impostos foi o aspecto predominante, quase absoluto, da política econômica de Bush desde que chegou à Casa Branca em 2001. Alguns dos cortes de impostos aprovados pelo Congresso vencem a partir do próximo ano, e Bush tinha iniciado gestões para que fossem permanentes.
Um dos impostos que o governo quer eliminar é o que é aplicado à herança de fortunas superiores a US$ 1 milhão. Os críticos dizem que essa eliminação, assim como as reduções de outros impostos, só beneficiam os ricos.
Robert Greenstein, diretor-executivo do Centro sobre Orçamento e Prioridades de Política, um grupo liberal com sede em Washington, disse que, frente à situação deixada pelo Katrina, "tudo que tinha sido combinado sobre o Orçamento deveria voltar à mesa para ser renegociado".
"Por exemplo, os cortes de impostos já aprovados pelo Congresso e que deveriam ter efeito no próximo ano, deveriam ser suspensos", acrescentou.
O furacão, que deslocou mais de 1,5 milhão de pessoas do sul da Louisiana e do Mississippi, causou paralisações na extração de petróleo do golfo do México, no refinado do petróleo e na distribuição de combustíveis.
Agricultura
O Departamento de Agricultura indicou nesta terça-feira que as perdas na produção agropecuária vinculadas ao Katrina somarão US$ 900 milhões, sem contar com as perdas a mais longo prazo como danos em celeiros, equipamentos, edifícios, cercas e maquinarias.
O Departamento indicou que a produção de algodão cairá 4% neste ano no Alabama e no Mississippi e que a produção de cana de açúcar retrocederá 9% na Louisiana.
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As despesas com reconstrução geradas pelo furacão Katrina alterarão as prioridades econômicas do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e talvez impeçam que sejam feitos alguns cortes de impostos, disse nesta terça-feira o secretário do Tesouro dos EUA, John Snow.
Analistas particulares e do governo calcularam em cerca de US$ 100 bilhões os danos materiais causados pelo furacão, que afetou em 29 de agosto as costas de Louisiana, Mississippi e Alabama, e, quatro dias antes, a Flórida.
O Congresso já aprovou uma ajuda de emergência de US$ 62,3 bilhões, e alguns economistas calculam que o custo total dos consertos e da assistência aos desabrigados será de cerca de US$ 200 bilhões.
"Isso passou a dominar o programa nacional, e acho que continuará assim por um tempo", disse Snow durante discurso feito à Associação Nacional de Caixas de Crédito Federais.
"O impacto do Katrina empurrará para um segundo plano alguns assuntos que, de outra forma, estariam agora em primeiro lugar, como o imposto sobre a herança e a permanência dos cortes tributários", acrescentou.
Política econômica
A redução de impostos foi o aspecto predominante, quase absoluto, da política econômica de Bush desde que chegou à Casa Branca em 2001. Alguns dos cortes de impostos aprovados pelo Congresso vencem a partir do próximo ano, e Bush tinha iniciado gestões para que fossem permanentes.
Um dos impostos que o governo quer eliminar é o que é aplicado à herança de fortunas superiores a US$ 1 milhão. Os críticos dizem que essa eliminação, assim como as reduções de outros impostos, só beneficiam os ricos.
Robert Greenstein, diretor-executivo do Centro sobre Orçamento e Prioridades de Política, um grupo liberal com sede em Washington, disse que, frente à situação deixada pelo Katrina, "tudo que tinha sido combinado sobre o Orçamento deveria voltar à mesa para ser renegociado".
"Por exemplo, os cortes de impostos já aprovados pelo Congresso e que deveriam ter efeito no próximo ano, deveriam ser suspensos", acrescentou.
O furacão, que deslocou mais de 1,5 milhão de pessoas do sul da Louisiana e do Mississippi, causou paralisações na extração de petróleo do golfo do México, no refinado do petróleo e na distribuição de combustíveis.
Agricultura
O Departamento de Agricultura indicou nesta terça-feira que as perdas na produção agropecuária vinculadas ao Katrina somarão US$ 900 milhões, sem contar com as perdas a mais longo prazo como danos em celeiros, equipamentos, edifícios, cercas e maquinarias.
O Departamento indicou que a produção de algodão cairá 4% neste ano no Alabama e no Mississippi e que a produção de cana de açúcar retrocederá 9% na Louisiana.
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