Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
21/09/2005 - 16h38

Chefe de segurança israelense alerta sobre riscos em Gaza

Publicidade

da Folha Online

Policiais palestinos são incapazes de controlar militantes armados na faixa de Gaza e a rede terrorista Al Qaeda tenta se infiltrar na região e em Israel, afirmou o chefe da segurança interna israelense nesta quarta-feira.

Segundo Yuval Diskin, líderes israelenses estão profundamente preocupados com as ameaças que podem resultar do caos da segurança em Gaza e com a maneira como a ANP (Autoridade Nacional Palestina) irá lidar com a questão.

As declarações foram dadas por Diskin em sua primeira avaliação pública sobre a questão desde que assumiu a chefia do Shin Bet (serviço secreto israelense), em maio.

O chefe de segurança comentava a situação caótica na fronteira entre a faixa de Gaza e o Egito nos dias seguintes à retirada israelense, quando milhares de pessoas cruzaram ilegalmente a fronteira, levando grandes quantidades de armas para Gaza.

Esforços

O líder palestino, Mahmoud Abbas, continua com os esforços para tomar o controle da segurança na região. Grupos militantes prometeram acabar com os desfiles armados após este sábado (24), afirmou um membro do grupo extremista palestino Hamas.

Segundo Said Siam, os grupos se comprometeram em se reunir com Abbas na Cidade de Gaza. Desde a retirada israelense --completada na semana passada--o Hamas e o Jihad Islâmico realizaram diversas paradas com homens armados disparando para o alto.

De acordo com Siam, o compromisso não significa que os militantes irão deixar as armas.

Al Qaeda

Segundo Diskin, há preocupação de que grupos ligados à rede terrorista Al Qaeda se infiltrem em Israel por meio da vulnerável fronteira entre a faixa de Gaza e o Egito.

No deserto de Sinai, no Egito, "há uma forte infraestrutura no mundo do terror ligada à Al Qaeda-- mais forte que os próprios egípcios imaginam", segundo Diskin. "Os egípcios estão tendo dificuldade em entender isso"

Abbas visitou a fronteira nesta quarta-feira e afirmou que ela será aberta na próxima sexta-feira (23) e no sábado (24) para estudantes e casos médicos.

Diskin afirmou temer que armas infiltradas em Gaza cheguem até a Cisjordânia e que grupos violentos se concentrem na região.

O Hamas justificou seus ataques em Gaza com a pressão para que Israel se retirasse de região e agora concentra seus esforços na Cisjordânia--onde vivem cerca de 246 mil colonos judeus.

Cisjordânia

Um antigo campo militar da Cisjordânia estava sendo desmantelado nesta quarta-feira, segundo fontes militares. Testemunhas afirmam que palestinos aguardavam do lado de fora para celebrar a ação.

Celebrações nos assentamentos esvaziados da Cisjordânia tiveram continuidade nesta quarta-feira. Dezenas de homens armados das Brigadas dos Mártires de al Aqsa-- grupo armado ligado ao Fatah, maior partido palestino-- atiravam para o ar.

"Esta é a nossa vitória (...) a vitória das nossas armas", afirmou Zakariye Zubeydi, líder dos homens armados, a centenas de partidários. "Nós continuaremos a expulsar [os israelenses] de cada centímetro dos territórios palestinos."

Com agências internacionais

Especial
  • Leia cobertura completa sobre o conflito no Oriente Médio
  • Leia cobertura completa sobre a retirada de Gaza
  • Leia o que já foi publicado sobre o plano de retirada
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página