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23/09/2005 - 08h43

Furacão Rita se aproxima de Louisiana; Texas faz fuga em massa

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da Folha Online

Moradores de parte da costa do Texas e da Louisiana tentam deixar a região antes da passagem do furacão Rita, que já está a cerca de 400 quilômetros de Cameron (Louisiana). Fortes chuvas e ventos que têm a força de uma "tempestade tropical" atingem Nova Orleans, afirmou o prefeito da cidade, Ray Nagin, nesta sexta-feira.

Estradas e aeroportos -- em estado caótico ontem-- continuavam congestionados nesta sexta-feira, com a retirada em massa de 2 milhões de pessoas do Texas e da Louisiana. O Rita avança com ventos que chegam a 225 km/h e pode causar uma grande destruição nas cidades costeiras desses dois Estados.

O Rita também ameaça as plataformas de petróleo texanas, núcleo da indústria petroquímica dos Estados Unidos.

O furacão, que ontem estava na categoria 5 da escala Saffir-Simpson --a mais destrutiva-- baixou para a categoria 4, mas ainda assim, sua intensidade pode provocar uma "catástrofe", informa no Centro Nacional de Furacões, com sede em Miami.

De acordo com os meteorologistas, é possível que as cidades texanas de Houston e Galveston não sejam atingidas diretamente pelo Rita, que sofreu uma ligeira mudança de rota nesta quinta-feira, dirigindo-se um pouco mais ao norte do golfo do México.

Essa mudança de rota aproximou o furacão da Louisiana, que pode sentir com mais força os efeitos do Rita. A cidade de Nova Orleans --praticamente destruída pela passagem do Katrina há quase um mês-- pode ser afetada por fortes tempestades devido ao novo furacão.

Aviso

Avisos de furacão foram emitidos da cidade costeira de Port O'Connor, no Texas, até Morgan City, na Louisiana (cerca de cem quilômetros de Nova Orleans).

Ontem, a governadora da Louisiana, Kathleen Blanco, pediu aos moradores das áreas costeiras que se retirem o quanto antes e não se dirijam ao Texas.

A maioria dos desabrigados pelo furacão Katrina --que deixou mais de mil mortos em quatro Estados americanos-- estão no Texas.

Segundo Blanco, quase 500 mil pessoas devem deixar suas casas.

Autoridades dizem temer que os três diques de Nova Orleans que estouraram por causa das chuvas causadas pelo Katrina não suportem o volume de água das tempestades do Rita.

Caos

As estradas que ligam a cidade costeira de Galveston (Texas) ao interior do Estado, e as que saem de Houston (60 km ao noroeste) ficaram praticamente paradas nesta quinta-feira, com gigantescas filas de congestionamento. Algumas pessoas estavam a 13 horas paradas na estrada, na tentativa de deixar a região.

Nos aeroportos de Houston, milhares de passageiros que queriam deixar a cidade enfrentaram grandes atrasos devido à falta de inspetores de bagagem, que não foram trabalhar.

As companhias aérea Continental e Southwest tiveram que contratar funcionários extras para agilizar o atendimento e cancelaram seus vôos a partir da tarde desta sexta-feira.

Já a American Airlines procurava aviões maiores, para acomodar o grande número de passageiros desesperados para abandonar a cidade.

Ontem a aproximação do furacão também obrigou o fechamento de várias refinarias de companhias petrolíferas no Texas, responsável pelo processamento de 25% do petróleo consumido pelo país.

Pelo menos 16 das 26 refinarias texanas estão na mira do furacão, e muitas já pararam de produzir. Isso ajudou a disparar o preço do barril do petróleo no mercado internacional, que chegou a ser negociado a US$ 67,82 em Londres, 1,5% a mais que a cotação do fechamento desta segunda-feira em Nova York, US$ 66,57, nesta quinta-feira.

Com agências internacionais

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