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24/09/2005
-
18h50
VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
O brasileiro David Albuquerque, 17, morto na última quinta-feira (22), em Houston, no Texas, enquanto tentava fugir do furacão Rita, deve ser enterrado na próxima semana.
Segundo a irmã do rapaz, Rebeca Albuquerque Hertel, David teve, aparentemente, um ataque cardíaco enquanto dirigia o carro para fora da cidade.
O rapaz era casado com uma americana, Monica Albuquerque, 16, e tinha um filho, David Júnior, de seis meses. "Eles vivem aqui, e ela [Monica] não tem mais porque ir ao Brasil", disse a irmã, referindo-se à razão para o enterro ser realizado nos EUA.
A família, que mora no norte de Houston, deixou a cidade por volta da 1h (3h em Brasília) da última quinta, indo para Austin, cidade que ficava fora da área que seria atingida pelo furacão. Segundo Rebeca, eles demoraram cerca de cinco horas para fazer um trajeto que, sem o congestionamento, não levaria mais de dez minutos.
No percurso, a mulher e o filho passaram para o carro do pai de David, Jorge Pyrrho de Albuquerque, 50, por ser mais espaçoso. David, então, passou a guiar sozinho.
Segundo a irmã, ele chegou a se queixar de sono e disse que iria deixar o som do carro em um volume alto para manter-se acordado. Um tempo depois, Rebeca disse ter visto o carro de David se desviar devagar para a lateral da estrada.
Familiares de David correram para socorrê-lo e, vendo que estava desacordado, tiraram-no do carro para prestar os primeiros socorros. "O coração dele parou. Eu e meu genro tiramos o corpo do carro. Tentei reanimá-lo com respiração boca a boca na estrada mesmo", disse o pai. David deve ter morrido por volta das 6h (8h em Brasília), segundo a irmã.
O corpo de David ainda terá de ser submetido a uma necropsia, a pedido do pai, e deve ser liberado para o funeral na próxima semana.
Natural de Brasília, David e a família vivem desde 1997 nos Estados Unidos. O pai do rapaz é pastor da Igreja Batista Brasileira em Houston. David trabalhava havia quase um ano no instituto Gallup. Ele cursava o terceiro ano da high school (equivalente ao terceiro ano do ensino médio brasileiro), jogava futebol americano e pensava em abrir um negócio próprio.
"O David era um menino na idade, mas um homem maduro que amava sua família, seus pais e colocava Deus em primeiro lugar", disse Josineide Albuquerque, a mãe.
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O brasileiro David Albuquerque, 17, morto na última quinta-feira (22), em Houston, no Texas, enquanto tentava fugir do furacão Rita, deve ser enterrado na próxima semana.
Segundo a irmã do rapaz, Rebeca Albuquerque Hertel, David teve, aparentemente, um ataque cardíaco enquanto dirigia o carro para fora da cidade.
O rapaz era casado com uma americana, Monica Albuquerque, 16, e tinha um filho, David Júnior, de seis meses. "Eles vivem aqui, e ela [Monica] não tem mais porque ir ao Brasil", disse a irmã, referindo-se à razão para o enterro ser realizado nos EUA.
Arquivo pessoal |
O brasileiro David Albuquerque e a mulher, Monica |
No percurso, a mulher e o filho passaram para o carro do pai de David, Jorge Pyrrho de Albuquerque, 50, por ser mais espaçoso. David, então, passou a guiar sozinho.
Segundo a irmã, ele chegou a se queixar de sono e disse que iria deixar o som do carro em um volume alto para manter-se acordado. Um tempo depois, Rebeca disse ter visto o carro de David se desviar devagar para a lateral da estrada.
Familiares de David correram para socorrê-lo e, vendo que estava desacordado, tiraram-no do carro para prestar os primeiros socorros. "O coração dele parou. Eu e meu genro tiramos o corpo do carro. Tentei reanimá-lo com respiração boca a boca na estrada mesmo", disse o pai. David deve ter morrido por volta das 6h (8h em Brasília), segundo a irmã.
O corpo de David ainda terá de ser submetido a uma necropsia, a pedido do pai, e deve ser liberado para o funeral na próxima semana.
Natural de Brasília, David e a família vivem desde 1997 nos Estados Unidos. O pai do rapaz é pastor da Igreja Batista Brasileira em Houston. David trabalhava havia quase um ano no instituto Gallup. Ele cursava o terceiro ano da high school (equivalente ao terceiro ano do ensino médio brasileiro), jogava futebol americano e pensava em abrir um negócio próprio.
"O David era um menino na idade, mas um homem maduro que amava sua família, seus pais e colocava Deus em primeiro lugar", disse Josineide Albuquerque, a mãe.
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