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02/10/2005
-
18h00
da Efe, em Berlim
A CDU (União Democrata Cristã), de Angela Merkel, ganhou uma cadeira a mais e aumentou sua vantagem sobre o SPD (Partido Social Democrata), de Gerhard Schröder, nas eleições de Dresden. Esta etapa representa o último capítulo do duelo nas urnas entre os pretendentes a líder do próximo governo alemão.
A votação neste distrito, que ocorreu 15 dias após o resto do país, foi favorável a Merkel, que disputa com Schröder a liderança de uma possível coalizão entre CDU e SPD.
O grupo parlamentar formado pela CDU e sua aliada CDU-CSU (União Social Cristã da Baviera) terá 226 cadeiras --uma a mais do que antes das eleições em Dresden--, enquanto o SPD ficará com as 222 obtidas anteriormente.
A conseqüência imediata desta nova eleição foi o pedido dos conservadores para que Schröder reconheça os resultados e renuncie à sua pretensão de ocupar a Chancelaria.
Roland Koch --um dos líderes da CDU e adversário interno de Merkel-- disse esperar que alguém diga a Schröder "que agora acabou". Já Volker Kauder, secretário-geral do partido, pediu que "as forças sensatas do SPD possibilitem um acordo para uma grande coalizão".
A votação de Dresden, distrito com 219 mil eleitores, não poderia modificar a correlação de forças das legislativas de 18 de setembro no resto do país, com 81,9 milhões de eleitores. No entanto, poderia dar um respaldo psicológico a Merkel ou a Schröder.
A CDU obteve a cadeira adicional com a vitória de seu candidato por voto direto (ou primeiro voto), Andreas Laemme.
Na lista de votação em partidos (ou segundo voto), o mais votado foi o SPD, com 27,9%, enquanto a CDU ficou com 24,4%. As informações têm como base a apuração de 247 das 260 seções eleitorais.
Para o presidente do SPD e braço direito de Schröder, Franz Müntefering, este resultado dá força a seu partido, que foi "claramente o mais votado".
Os resultados de Dresden não causarão mudanças nas negociações para uma possível grande coalizão, acrescentou, após rumores de que Schröder renunciaria após essa última votação.
O resultado do segundo voto é enganoso, já que o eleitorado conservador sabia que uma vitória da CDU poderia acarretar, por peculiaridades do complexo sistema eleitoral alemão, a perda de uma cadeira adicional anteriormente ganha.
Este paradoxo inclinou a balança a favor do FDP (Partido Liberal), aliado natural da CDU, que segundo estes resultados teria cerca de 16,8% dos votos, muito acima dos 9,8% obtidos no resto do país.
O Partido da Esquerda, formado por pós-comunistas e dissidentes da social-democracia, obteve 19,8% dos votos, enquanto os verdes ficaram com 6,9%.
A influência deste segundo voto na distribuição final das cadeiras do Parlamento é pequena, devido ao baixo peso percentual dos eleitores desse distrito no conjunto do país.
O duelo entre os rivais pela Chancelaria estava suspenso, à espera da votação de Dresden, devido a seu possível impacto nas negociações para uma grande coalizão.
Até agora, as cúpulas do SPD e da CDU-CSU realizaram duas reuniões. Schröder e Merkel saíram enaltecendo o clima de cordialidade e o espírito construtivo, mas mantendo suas respectivas pretensões de liderança.
Esta situação vem gerando especulações sobre possíveis alternativas --incluindo a ocupação do posto por uma terceira pessoa.
Paralelamente, os partidos conservadores lançaram rumores de que Schröder iria renunciar a suas aspirações já nesta segunda-feira, coincidindo com o 15º aniversário do reunificação alemã.
Müntefering se encarregou de desmentir estes boatos, e disse que o SPD está disposto até mesmo a disputar novas eleições.
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A CDU (União Democrata Cristã), de Angela Merkel, ganhou uma cadeira a mais e aumentou sua vantagem sobre o SPD (Partido Social Democrata), de Gerhard Schröder, nas eleições de Dresden. Esta etapa representa o último capítulo do duelo nas urnas entre os pretendentes a líder do próximo governo alemão.
A votação neste distrito, que ocorreu 15 dias após o resto do país, foi favorável a Merkel, que disputa com Schröder a liderança de uma possível coalizão entre CDU e SPD.
O grupo parlamentar formado pela CDU e sua aliada CDU-CSU (União Social Cristã da Baviera) terá 226 cadeiras --uma a mais do que antes das eleições em Dresden--, enquanto o SPD ficará com as 222 obtidas anteriormente.
A conseqüência imediata desta nova eleição foi o pedido dos conservadores para que Schröder reconheça os resultados e renuncie à sua pretensão de ocupar a Chancelaria.
Roland Koch --um dos líderes da CDU e adversário interno de Merkel-- disse esperar que alguém diga a Schröder "que agora acabou". Já Volker Kauder, secretário-geral do partido, pediu que "as forças sensatas do SPD possibilitem um acordo para uma grande coalizão".
A votação de Dresden, distrito com 219 mil eleitores, não poderia modificar a correlação de forças das legislativas de 18 de setembro no resto do país, com 81,9 milhões de eleitores. No entanto, poderia dar um respaldo psicológico a Merkel ou a Schröder.
A CDU obteve a cadeira adicional com a vitória de seu candidato por voto direto (ou primeiro voto), Andreas Laemme.
Na lista de votação em partidos (ou segundo voto), o mais votado foi o SPD, com 27,9%, enquanto a CDU ficou com 24,4%. As informações têm como base a apuração de 247 das 260 seções eleitorais.
Para o presidente do SPD e braço direito de Schröder, Franz Müntefering, este resultado dá força a seu partido, que foi "claramente o mais votado".
Os resultados de Dresden não causarão mudanças nas negociações para uma possível grande coalizão, acrescentou, após rumores de que Schröder renunciaria após essa última votação.
O resultado do segundo voto é enganoso, já que o eleitorado conservador sabia que uma vitória da CDU poderia acarretar, por peculiaridades do complexo sistema eleitoral alemão, a perda de uma cadeira adicional anteriormente ganha.
Este paradoxo inclinou a balança a favor do FDP (Partido Liberal), aliado natural da CDU, que segundo estes resultados teria cerca de 16,8% dos votos, muito acima dos 9,8% obtidos no resto do país.
O Partido da Esquerda, formado por pós-comunistas e dissidentes da social-democracia, obteve 19,8% dos votos, enquanto os verdes ficaram com 6,9%.
A influência deste segundo voto na distribuição final das cadeiras do Parlamento é pequena, devido ao baixo peso percentual dos eleitores desse distrito no conjunto do país.
O duelo entre os rivais pela Chancelaria estava suspenso, à espera da votação de Dresden, devido a seu possível impacto nas negociações para uma grande coalizão.
Até agora, as cúpulas do SPD e da CDU-CSU realizaram duas reuniões. Schröder e Merkel saíram enaltecendo o clima de cordialidade e o espírito construtivo, mas mantendo suas respectivas pretensões de liderança.
Esta situação vem gerando especulações sobre possíveis alternativas --incluindo a ocupação do posto por uma terceira pessoa.
Paralelamente, os partidos conservadores lançaram rumores de que Schröder iria renunciar a suas aspirações já nesta segunda-feira, coincidindo com o 15º aniversário do reunificação alemã.
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