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05/10/2005
-
17h27
da Folha Online
Ao menos 25 pessoas morreram e 87 ficaram feridas na explosão de um carro-bomba na cidade de Hillah (100 km ao sul de Bagdá) nesta quarta-feira. O atentado, que marca o primeiro dia do Ramadã para os xiitas, foi realizado em frente a uma mesquita dessa facção.
No momento do ataque, ocorrido às 18h (12h de Brasília), centenas de xiitas se aglomeravam em frente à mesquista, no centro de Hillah.
Os xiitas geralmente iniciam o Ramadã [mês sagrado dos muçulmanos, época em que comer, beber e manter relações sexuais são atividades proibidas entre a alvorada e anoitecer, que acontece no nono mês do calendário islâmico] um dia depois dos sunitas, que se orientam pela data estabelecida pelo governo de Saddam Hussein.
O calendário muçulmano --respeitado pelos xiitas-- estipula que o Ramadã comece no primeiro dia em que se veja no céu um fio de lua (chamado "Hilal").
Esse foi o segundo ataque de grande proporção em uma semana em Hillah--uma das cidades mais atingidas por ataques insurgentes no sul do Iraque, região predominantemente xiita.
A rede terrorista Al Qaeda no Iraque pediu nesta terça-feira, por meio de um comunicado divulgado na internet, que ataques contra forças americanas e iraquianas fossem intensificados durante o Ramadã e declarou guerra aos xiitas. A autenticidade do comunicado não pode ser comprovada.
Funeral
Algumas pessoas estavam na mesquita devido ao funeral do dono de um restaurante, morto em outra explosão, ocorrida nesta segunda-feira.
"Enquanto eu estava rezando, ouvi uma forte explosão e vi partes da mesquita desmoronando e caíndo sobre a minha cabeça", contou Asaad Jassem, 35, um dos sobreviventes. "Pedaços das paredes da mesquita caíam sobre os fiéis, e algumas pessoas estavam no chão, sangrando."
O atentado desta quarta-feira aconteceu apenas cinco dias depois da explosão de um carro-bomba em um mercado lotado de Hillah, que matou dez pessoas--entre elas, três mulheres e duas crianças.
Em 28 de fevereiro último, um ataque suicida contra policiais xiitas e membros da Guarda Nacional matou 125 pessoas em Hillah --um dos atentados mais sangrentos ocorridos desde a invasão do Iraque, em 2003.
Constituição
O ataque desta quarta-feira é o mais recente de uma série de atentados realizados pelos insurgentes sunitas contra a maioria xiita devido à proximidade do referendo a respeito da Constituição iraquiana --marcado para 15 de outubro.
Os sunitas querem derrubar a Constituição porque discordam do texto da Carta, que, segundo eles, dividiria o Iraque em dois Estados --um xiita, ao sul, e outro curdo, ao norte--deixando os sunitas com a região central, onde não há recursos petrolíferos.
O sunitas também ameaçaram boicotar o referendo porque não concordam com mudanças feitas nas regras da votação.
Com agências internacionais
Especial
Leia cobertura completa sobre o Iraque sob tutela
Leia o que já foi publicado sobre atentados no Iraque
Leia o que já foi publicado sobre a Constituição iraquiana
Explosão de bomba em mesquita xiita mata 25 e fere 87 no Iraque
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Ao menos 25 pessoas morreram e 87 ficaram feridas na explosão de um carro-bomba na cidade de Hillah (100 km ao sul de Bagdá) nesta quarta-feira. O atentado, que marca o primeiro dia do Ramadã para os xiitas, foi realizado em frente a uma mesquita dessa facção.
No momento do ataque, ocorrido às 18h (12h de Brasília), centenas de xiitas se aglomeravam em frente à mesquista, no centro de Hillah.
Os xiitas geralmente iniciam o Ramadã [mês sagrado dos muçulmanos, época em que comer, beber e manter relações sexuais são atividades proibidas entre a alvorada e anoitecer, que acontece no nono mês do calendário islâmico] um dia depois dos sunitas, que se orientam pela data estabelecida pelo governo de Saddam Hussein.
O calendário muçulmano --respeitado pelos xiitas-- estipula que o Ramadã comece no primeiro dia em que se veja no céu um fio de lua (chamado "Hilal").
Esse foi o segundo ataque de grande proporção em uma semana em Hillah--uma das cidades mais atingidas por ataques insurgentes no sul do Iraque, região predominantemente xiita.
A rede terrorista Al Qaeda no Iraque pediu nesta terça-feira, por meio de um comunicado divulgado na internet, que ataques contra forças americanas e iraquianas fossem intensificados durante o Ramadã e declarou guerra aos xiitas. A autenticidade do comunicado não pode ser comprovada.
Funeral
Algumas pessoas estavam na mesquita devido ao funeral do dono de um restaurante, morto em outra explosão, ocorrida nesta segunda-feira.
"Enquanto eu estava rezando, ouvi uma forte explosão e vi partes da mesquita desmoronando e caíndo sobre a minha cabeça", contou Asaad Jassem, 35, um dos sobreviventes. "Pedaços das paredes da mesquita caíam sobre os fiéis, e algumas pessoas estavam no chão, sangrando."
O atentado desta quarta-feira aconteceu apenas cinco dias depois da explosão de um carro-bomba em um mercado lotado de Hillah, que matou dez pessoas--entre elas, três mulheres e duas crianças.
Em 28 de fevereiro último, um ataque suicida contra policiais xiitas e membros da Guarda Nacional matou 125 pessoas em Hillah --um dos atentados mais sangrentos ocorridos desde a invasão do Iraque, em 2003.
Constituição
O ataque desta quarta-feira é o mais recente de uma série de atentados realizados pelos insurgentes sunitas contra a maioria xiita devido à proximidade do referendo a respeito da Constituição iraquiana --marcado para 15 de outubro.
Os sunitas querem derrubar a Constituição porque discordam do texto da Carta, que, segundo eles, dividiria o Iraque em dois Estados --um xiita, ao sul, e outro curdo, ao norte--deixando os sunitas com a região central, onde não há recursos petrolíferos.
O sunitas também ameaçaram boicotar o referendo porque não concordam com mudanças feitas nas regras da votação.
Com agências internacionais
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