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10/10/2005 - 09h18

Mais de 2,5 milhões estão desabrigados após tremor na Ásia, diz ONU

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da Folha Online

Mais de 2,5 milhões de pessoas estão desabrigadas no sul da Ásia devido ao terremoto de 7,6 graus na escala Richter que atingiu o Paquistão no sábado (8), além do Afeganistão e da Índia. Estimativas oficiais dizem que entre 20 mil e 30 mil pessoas podem ter morrido devido ao tremor.

Esse foi o segundo terremoto de grande escala registrado na Ásia em menos de um ano. Em 26 de dezembro passado, um tremor de 9 graus na escala Richter --que teve seu epicentro localizado próximo à ilha de Sumatra, na Indonésia-- provocou um maremoto que atingiu 11 países do sudeste da Ásia e da África, e deixou ao menos 280 mil mortos. Em 2003, um outro terremoto localizado na mesma região, que teve seu epicentro registrado no Irã, matou 30 mil pessoas.

O epicentro do tremor ocorrido às 8h50 do último sábado (0h50 de sábado, no horário de Brasília), foi registrado em Muzaffarabad, a capital da parte da Caxemira administrada pelo Paquistão, que fica 90 quilômetros a nordeste da capital do país, Islamabad. De acordo com o Centro de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), o terremoto aconteceu a 10 quilômetros de profundidade. A região também está bastante próxima da cadeia de montanhas do Himalaia.

O terremoto destruiu vilas inteiras e em alguns lugares, equipes de resgate não conseguem chegar. De acordo com autoridades locais, até agora o número oficial de mortos no Paquistão chega a 20 mil.

Vários deslizamentos de terra no Paquistão fecharam as estradas nas áreas mais atingidas. Nesta segunda-feira, o Exército sobrevoou várias regiões afetadas para a entrega de alimentos, água, e remédios. A maioria dos prédios que estavam mais próximos do Himalaia foram completamente destruídos.

Saques

Em Muzaffarabad, donos de lojas locais entravam em confronto nesta segunda-feira com pessoas que tentavam entrar nos estabelecimentos comerciais para realizar saques, informou a agência de notícias Associated Press. Não havia qualquer policial na área.

Moradores locais também afirmaram que saqueadores estão entrando em casas abandonadas pelos moradores devido ao tremor, e culpam as autoridades pela violência, já que nenhuma ajuda tem chegado à região.

Muzaffarabad abriga 600 mil pessoas e ao menos 11 mil morreram devido ao terremoto, segundo estimativas oficiais.

Índia

Autoridades informaram que o número de mortos na Caxemira indiana devido ao terremoto já chega a 865. De acordo com a agência de notícias Associated Press, moradores dos vilarejos atingidos reclamam da falta de ajuda, e as pessoas organizaram suas próprias "expedições" em busca de alimentos e socorro às vítimas.

De acordo com o secretário indiano do Interior, V.K. Duggal, 794 civis e 71 policiais e soldados foram mortos em decorrência do tremor. Ao menos 2.430 pessoas foram mortas e cerca de 5.000 casas e prédios foram atingidos.

Autoridades conseguiram abrir estradas na Caxemira indiana nesta segunda-feira, que tinham sido fechadas por conta de deslizamentos de terra, e equipes de resgate entregam arroz, farinha e açúcar às vítimas.

Ao menos 5.000 barracas foram enviadas aos desabrigados mas, segundo autoridades indianas, ao menos 15 mil são necessárias.

Insurgência

Além do forte terremoto que devastou a região da Caxemira, forças de segurança na Índia tiveram que agir contra insurgentes islâmicos, que atacaram várias comunidades próximas do vilarejo de Rajnagar, atingido pelo terremoto na noite deste domingo.

Suspeitos rebeldes entraram na casa de duas famílias hindus em Rajnagar, retiraram os homens de suas casas e os degolaram com adagas em praça pública, informou J.P.Singh, superintendente de polícia local.

Segundo a polícia, o mesmo grupo teria atacado em uma comunidade próxima, assassinando todos os membros de uma família hindu de quatro pessoas.

Desde 1989, ao menos 66 mil pessoas morreram na Caxemira devido aos ataques de grupos extremistas islâmicos que reivindicam a separação da região da Índia, e sua anexação ao Paquistão muçulmano.

Com agências internacionais

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