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10/10/2005
-
22h42
da Efe
Os três partidos que formarão a oposição parlamentar na Alemanha comemoraram nesta segunda-feira o fato de conservadores e social-democratas terem chegado a um acordo para uma grande coalizão, para assim poderem passar o mais rápido possível ao trabalho opositor.
O partido dos Verdes, aliado da coalizão de governo que está saindo, comemorou o acordo entre os dois grandes partidos, mas criticou o "comércio" na distribuição de cargos.
"Enquanto os cidadãos e cidadãs se perguntam o que vai acontecer, a União Cristã (CDU/CSU) se pergunta quem vai ser o que", criticou o co-presidente dos Verdes, Reinhard Bütikofer. "Foi um começo ruim para uma grande coalizão", disse.
O co-presidente do grupo parlamentar desse mesmo partido, Fritz Kuhn comemorou o fato de ter acontecido um acordo, apesar de ter sido "um parto difícil".
Todos os políticos verdes coincidiram em anunciar sua intenção de fazer "muito rapidamente" uma oposição "com garra", e reivindicarão reformas em assuntos relacionados à educação, trabalho e direitos das minorias.
Acordo
O Partido Liberal (FDP) --que, caso a matemática eleitoral tivesse permitido, seria o aliado desejado dos conservadores --comemorou o acordo, mas lamentou que o atual chanceler, Gerhard Schröder, "tenha levado quase três semanas para reconhecer a constelação de forças no Parlamento".
O presidente do partido, Guido Westerwelle, afirmou que, apesar de suas boas relações pessoais com Merkel, o FDP não elegerá a líder da CDU quando for submetida à votação parlamentar, já que "seremos oposição, e não a roda de reposição de uma grande coalizão".
Apesar de tudo, Merkel poderá contar com um FDP disposto a fazer uma oposição "crítica e construtiva", disse Westerwelle.
Críticas
O líder liberal criticou o fato de os conservadores já terem cedido tanto diante dos social-democratas, mesmo antes do início formal das negociações de coalizão.
"Em troca de obter a Chancelaria, a União esteve disposta a sacrificar partes fundamentais do que teria sido uma guinada na política", disse Westerwelle.
Finalmente, por parte do Partido de Esquerda --formado por pós-comunistas e pela dissidência social-democrata--, o presidente da formação, Lothar Bisky, disse que com Merkel só haverá "uma mudança de aparência na Chancelaria", mas não a mudança que poderia acontecer pelo fato de ser a primeira mulher, e do leste, a chegar à Chancelaria.
Segundo Bisky, Merkel não aproveitou a oportunidade de simbolizar uma política que defende a "igualdade de direitos entre homem e mulher", e a "igualdade das condições de vida entre o leste e o oeste da Alemanha".
Com agências internacionais
Especial
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Futura oposição alemã comemora acordo e critica divisão de cargos
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Os três partidos que formarão a oposição parlamentar na Alemanha comemoraram nesta segunda-feira o fato de conservadores e social-democratas terem chegado a um acordo para uma grande coalizão, para assim poderem passar o mais rápido possível ao trabalho opositor.
O partido dos Verdes, aliado da coalizão de governo que está saindo, comemorou o acordo entre os dois grandes partidos, mas criticou o "comércio" na distribuição de cargos.
"Enquanto os cidadãos e cidadãs se perguntam o que vai acontecer, a União Cristã (CDU/CSU) se pergunta quem vai ser o que", criticou o co-presidente dos Verdes, Reinhard Bütikofer. "Foi um começo ruim para uma grande coalizão", disse.
O co-presidente do grupo parlamentar desse mesmo partido, Fritz Kuhn comemorou o fato de ter acontecido um acordo, apesar de ter sido "um parto difícil".
Todos os políticos verdes coincidiram em anunciar sua intenção de fazer "muito rapidamente" uma oposição "com garra", e reivindicarão reformas em assuntos relacionados à educação, trabalho e direitos das minorias.
Acordo
O Partido Liberal (FDP) --que, caso a matemática eleitoral tivesse permitido, seria o aliado desejado dos conservadores --comemorou o acordo, mas lamentou que o atual chanceler, Gerhard Schröder, "tenha levado quase três semanas para reconhecer a constelação de forças no Parlamento".
O presidente do partido, Guido Westerwelle, afirmou que, apesar de suas boas relações pessoais com Merkel, o FDP não elegerá a líder da CDU quando for submetida à votação parlamentar, já que "seremos oposição, e não a roda de reposição de uma grande coalizão".
Apesar de tudo, Merkel poderá contar com um FDP disposto a fazer uma oposição "crítica e construtiva", disse Westerwelle.
Críticas
O líder liberal criticou o fato de os conservadores já terem cedido tanto diante dos social-democratas, mesmo antes do início formal das negociações de coalizão.
"Em troca de obter a Chancelaria, a União esteve disposta a sacrificar partes fundamentais do que teria sido uma guinada na política", disse Westerwelle.
Finalmente, por parte do Partido de Esquerda --formado por pós-comunistas e pela dissidência social-democrata--, o presidente da formação, Lothar Bisky, disse que com Merkel só haverá "uma mudança de aparência na Chancelaria", mas não a mudança que poderia acontecer pelo fato de ser a primeira mulher, e do leste, a chegar à Chancelaria.
Segundo Bisky, Merkel não aproveitou a oportunidade de simbolizar uma política que defende a "igualdade de direitos entre homem e mulher", e a "igualdade das condições de vida entre o leste e o oeste da Alemanha".
Com agências internacionais
Especial
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