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11/10/2005 - 08h08

Carros-bomba matam 29 e ferem outras 41 pessoas no Iraque

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da Folha Online

A quatro dias da realização do referendo sobre a adoção da nova Constituição iraquiana, insurgentes intensificam a onda de violência no Iraque, com atentados em várias partes do país. Nesta terça-feira, dois carros-bomba explodiram a nordeste e na capital iraquiana, Bagdá, matando ao menos 29 pessoas e ferindo outras 41.

O primeiro atentado ocorreu na cidade de Tal Afar (420 km a nordeste de Bagdá) às 11h (5h de Brasília) --um bastião rebelde que tem sido atacado por forças de coalizão na última semana-- quando um suicida explodiu um carro-bomba em um mercado local, matando ao menos 24 pessoas e ferindo outras 36, segundo fontes médicas. Há informações, ainda não confirmadas, de que 30 pessoas teriam morrido no ataque. De acordo com a polícia, aparentemente todos mortos no atentado de Tal Afar são civis iraquianos.

Uma hora depois, às 12h (6h de Brasília) um segundo carro-bomba explodiu, desta vez a oeste da capital Bagdá, em frente a um posto do Exército iraquiano. Cinco pessoas morreram e cinco ficaram feridas, segundo informações preliminares da polícia.

A violência pode aumentar ainda mais até o final desta semana. No próximo sábado (15), os iraquianos terão que ir às urnas para decidir se vão adotar a nova Constituição do país, aprovada em pelas duas maiores bancadas do Parlamento iraquiano --xiitas e curdos-- e rejeitada pelos sunitas, minoria no governo, e também entre a população iraquiana: cerca de 20% seguem essa orientação religiosa, número bem inferior aos xiitas, que constituem cerca de 60%.

Encontro

Os atentados também ocorrem no mesmo dia em que diplomatas americanos realizam um encontro com líderes xiitas, curdos e sunitas, na tentativa de chegar a um acordo sobre a aprovação da Constituição

Representantes americanos que não quiseram se identificar informaram à agência de notícias Associated Press que o embaixador americano no Iraque, Zalmay Khalilzad, "estava preparado" para um último dia de negociações entre os líderes iraquianos, na tentativa de "diminuir a raiva" dos sunitas, que vêem a Constituição como uma ruptura do Estado iraquiano, dando privilégios aos curdos no norte --que ficam com o controle do petróleo-- e aos xiitas, no sul.

As fontes ouvidas pela agência de notícias disseram "não acreditar" que seria possível o estabelecimento de qualquer acordo.

Com agências internacionais

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