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11/10/2005 - 11h18

Rebeldes matam 42 pessoas no Iraque dias antes de referendo

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da Folha Online

Rebeldes realizaram ataques em vários pontos do Iraque nesta terça-feira, deixando 42 mortos e 65 feridos. O aumento da violência acontece a quatro dias do referendo sobre a Constituição iraquiana, quando civis deverão ir às urnas para votar contra ou a favor da adoção do documento.

O primeiro atentado ocorreu na cidade de Tal Afar (420 km a nordeste de Bagdá) às 11h (5h de Brasília) --um bastião rebelde que tem sido atacado por forças de coalizão na última semana-- quando um suicida explodiu um carro-bomba em um mercado local, matando ao menos 24 pessoas e ferindo outras 36, segundo fontes médicas. Há informações, ainda não confirmadas, de que 30 pessoas teriam morrido no ataque. De acordo com a polícia, aparentemente todos mortos no atentado de Tal Afar são civis iraquianos.

Uma hora depois, às 12h (6h de Brasília) um segundo carro-bomba explodiu, desta vez a oeste da capital Bagdá, em frente a um posto do Exército iraquiano. Oito policiais e um civil morreram, segundo informações da polícia. Ainda na capital, duas bombas explodiram em uma estrada e um morteiro atingiu um mercado local, deixando mais sete mortos e 29 feridos.

Em Kirkuk (290 km ao norte de Bagdá), homens armados atacaram um posto da polícia, matando dois agentes de segurança, informou o capitão Farhad Talabani.

A violência pode aumentar ainda mais até o final desta semana. No próximo sábado (15), os iraquianos terão que ir às urnas para decidir se vão adotar a nova Constituição do país, aprovada em pelas duas maiores bancadas do Parlamento iraquiano --xiitas e curdos-- e rejeitada pelos sunitas, minoria no governo, e também entre a população iraquiana: cerca de 20% seguem essa orientação religiosa, número bem inferior aos xiitas, que constituem cerca de 60%.

Encontro

Os atentados também ocorrem no mesmo dia em que diplomatas americanos realizam um encontro com líderes xiitas, curdos e sunitas, na tentativa de chegar a um acordo sobre a aprovação da Constituição

Representantes americanos que não quiseram se identificar informaram à agência de notícias Associated Press que o embaixador americano no Iraque, Zalmay Khalilzad, "estava preparado" para um último dia de negociações entre os líderes iraquianos, na tentativa de "diminuir a raiva" dos sunitas, que vêem a Constituição como uma ruptura do Estado iraquiano, dando privilégios aos curdos no norte --que ficam com o controle do petróleo-- e aos xiitas, no sul.

As fontes ouvidas pela agência de notícias disseram "não acreditar" que seria possível o estabelecimento de qualquer acordo.

Com agências internacionais

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