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12/10/2005 - 10h29

Novo ataque suicida no Iraque mata 30 e deixa 35 feridos

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da Folha Online

Ao menos 30 pessoas morreram e outras 35 ficaram feridas nesta quarta-feira após um ataque suicida ocorrido na cidade de Tal Afar (420 km a nordeste da capital iraquiana, Bagdá), às vésperas do referendo sobre a Constituição iraquiana, previsto para ocorrer neste sábado (15).

O atentado acontece horas depois que o presidente Jalal Talabani anunciou um "acordo histórico" com líderes sunitas, que criticavam vários pontos do documento.

O ataque ocorrido nesta quarta-feira aconteceu em uma base militar do Exército iraquiano, logo pela manhã. Havia vários recrutas no local quando um suicida, com uma bomba presa ao corpo, se explodiu dentro do quartel. Ontem, também na cidade de Tal Afar, um carro-bomba explodiu em um mercado local, matando 24 pessoas e ferindo outras 36.

A violência aumentou no Iraque nas últimas semanas devido à aproximação do referendo nacional sobre a adoção da Constituição.

No próximo sábado, iraquianos terão que ir às urnas para decidir se vão adotar a nova Constituição do país, aprovada em pelas duas maiores bancadas do Parlamento iraquiano --xiitas e curdos-- e inicialmente rejeitada pelos sunitas, minoria no governo, e também entre a população iraquiana: cerca de 20% seguem essa orientação religiosa, número bem inferior aos xiitas, que constituem cerca de 60%.

"Boa notícia"

Nesta quarta-feira, Talabani fez o anúncio oficial do acordo realizado entre xiitas, curdos e sunitas na noite de ontem, estabelecendo que a Constituição terá algumas emendas nos artigos criticados pelos sunitas após a sua aprovação em referendo.

"Tenho boas notícias ao povo iraquiano nesse dia histórico. Obtivemos um acordo sobre as emendas a serem feitas no rascunho da Constituição [que será votado no sábado]. Agora não há desculpas para os sunitas não irem às urnas e boicotarem o referendo, já que atendemos a todas as suas demandas e sugestões".

Milhões de cópias da Constituição já foram impressas pela ONU (Organização das Nações Unidas) e distribuídas entre os iraquianos. Nenhuma mudança pode ser feita agora e caberá ao novo Parlamento iraquiano, a ser eleito em dezembro deste ano, formar uma comissão para realizar as alterações.

A maior reclamação dos sunitas é que o texto, hoje, vai dividir o Iraque e levar os xiitas a controlar o sul do país, e os curdos, o norte, onde estão as reservas de petróleo. Os sunitas, então, ficariam com um poder reduzido, concentrado na região central e no oeste.

Com agências internacionais

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