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12/10/2005 - 11h59

Família reclama de "informações erradas" sobre morte de Jean Charles

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da Efe, em Londres

A família do brasileiro Jean Charles de Menezes, assassinado em Londres por policiais que o confundiram com um terrorista em julho passado, apresentou queixa formal devido às informações erradas que circularam horas depois da morte do brasileiro.

Em declarações realizadas nesta quarta-feira à imprensa no final da visita ao Reino Unido, a família afirmou que a polícia britânica deveria ter feito um "esforço maior" para impedir a circulação de notícias incorretas sobre o ocorrido em de 22 de julho último, quando Jean Charles morreu na estação de metrô de Stockwell, no sul de Londres.

Os advogados da família do brasileiro enviaram uma queixa por escrito à Comissão Independente de Queixas contra a Polícia (IPCC, na sigla em inglês) para pedir a investigação sobre por que os aparentes erros não foram corrigidos pela polícia. A comissão investiga atualmente todas as circunstâncias da morte do jovem eletricista.

Após a morte de Jean Charles, o comissário-chefe da Polícia Metropolitana de Londres, Ian Blair, disse que o caso estava diretamente ligado às tentativas de ataques realizadas em de 21 de julho passado contra a rede de transporte de Londres --uma semana depois que quatro suicidas atacaram três estações de metrô e um ônibus na cidade, provocando a morte de 52 pessoas.

Os parentes do brasileiro se disseram "insatisfeitos", porque as primeiras informações sugeriram que o jovem estava fugindo das forças da ordem e vestia um casaco largo.

"Sabemos que Ian Blair fez uma declaração dizendo que ele [Jean Charles] não parou quando se pediu que fizesse isso", afirmou nesta quarta-feira Harriet Wistrich, uma das advogadas da família do brasileiro.

Além disso, a família de Jean Charles reclamou que a polícia levou trinta horas para informar sobre a morte do jovem.

"Não sabemos a razão disso. Eles sabiam onde [o brasileiro] morava, mas ninguém foi no local até horas depois", acrescentou Wistrich.

Em seu encontro com a imprensa, a mãe do jovem, Maria Otone da Silva, reiterou o pedido para que toda a verdade sobre o incidente venha à tona, e que os responsáveis pela morte de seu filho sejam levados à Justiça.

"Estou tão triste pelo que aconteceu com meu filho, mas sinto que todo mundo quer a verdade", afirmou.

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