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12/10/2005 - 14h45

Vítimas do tremor na Ásia enfrentam frio intenso; ajuda demora a chegar

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da Folha Online

O frio intenso e as fortes chuvas castigam as vítimas do terremoto de 7,6 graus que afetou a Caxemira, região ao norte da Índia e do Paquistão, dividida entre os dois países. A ajuda internacional chega lentamente ao local que sofre também com a fome e a contaminação da água por cadáveres e dejetos.

O tremor demoliu vilarejos inteiros na Caxemira, onde as temperaturas durante as madrugadas giram em torno de 6ºC e 7ºC. De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas) ao menos 2,5 milhões de pessoas estão desabrigadas devido à destruição causada pelo tremor.

Cerca de 30 países enviaram ajuda aos países afetados pelo terremoto, como tendas, cobertores, remédios, médicos, paramédicos e equipes especializadas em desastres, além de dinheiro para auxiliar na reconstrução das áreas afetadas, que se concentram principalmente no Paquistão, mas a maior parte desse material sequer saiu dos aeroportos, por causa das péssimas condições meteorológicas que impedem o transporte aéreo e terrestre.

Até o momento, o número oficial de mortos ultrapassa os 24 mil, mas autoridades afirmam que, à medida que as equipes de resgate conseguirem atingir locais mais remotos, esse número pode chegar a 40 mil. O número de feridos --que ultrapassa os 51 mil-- provocou um colapso nos poucos hospitais que continuaram seus trabalhos na região, e equipes de resgate têm que dar preferência às pessoas em estado mais grave para serem levadas a centros médicos e abrigos.

Em Muzaffarabad --capital provincial da Caxemira paquistanesa, e onde se concentrou o epicentro do terremoto-- sobreviventes estavam desesperados, atacando caminhões que conseguiram chegar ontem e hoje ao local levando comida e água. Mas as estradas que levam a vilarejos mais ao norte, em direção à cordilheira do Himalaia, ainda estão fechadas por causa dos deslizamentos de terra. Em muitas áreas, nenhum grupo de resgate conseguiu chegar ainda.

Os sobreviventes em Muzaffarabad, que sofrem a ameaça da ocorrência de epidemias por conta da contaminação das águas do rio Neelum --que corta a cidade-- por corpos e dejetos enfrentam também a falta de luz, água e condições para enfrentar o frio.

Rice

A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, fez uma visita nesta quarta-feira ao Paquistão, e afirmou que o governo americano vai oferecer ajuda "de longo prazo" ao Paquistão, além dos US$ 50 milhões já prometidos, para que seja possível superar esse desastre de "proporções épicas", segundo ela.

No entanto, Rice não especifou a quanto poderia chegar a assistência financeira adicional de seu país para o Paquistão, um de seus grandes aliados na luta contra o terrorismo internacional.

Os EUA enviaram do Afeganistão oito helicópteros para ajudar nas operações de resgate no Paquistão e espera-se que nos próximos dias cheguem pelo menos outros quatro aparelhos desse tipo ao país. Além disso, Washington prometeu nesta semana uma assistência financeira de US$ 50 milhões.

A viagem de Rice ao Paquistão, incluída na última hora em sua atual visita à Ásia, resumiu-se a Islamabad (capital paquistanesa). Rice não visitou as áreas devastadas pelo sismo para não interferir nas operações de resgate.

Com agências internacionais

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