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12/10/2005
-
18h49
da Folha Online
A repórter do jornal "The New York Times" Judith Miller esteve nesta quarta-feira diante de um grande júri federal pela segunda vez, para testemunhar novamente no caso que investiga o vazamento da identidade de uma agente da CIA (Agência Central de Inteligência, na sigla em inglês), sobre uma conversa confidencial que teve com Lewis Libby, chefe da equipe do vice-presidente dos EUA, Dick Cheney.
Miller foi questionada por mais de uma hora depois de ter entregado suas notas detalhando uma conversa que teve com Libby no dia 23 de junho de 2003. Uma anotação em seus manuscritos se refere ao ex-embaixador americano Joseph Wilson --ex-marido da agente da CIA Valerie Plame.
A identidade de Plame foi revelada dias depois que Wilson criticou publicamente o governo americano pela invasão do país. O ex-embaixador chegou a afirmar que a revelação da identidade de sua mulher seria uma represália à sua posição em relação ao conflito.
O vazamento da informação pode, ainda, levar funcionários do governo a serem acusados criminalmente. Nos EUA, revelar publicamente a identidade de um agente secreto é crime.
Em 2002, a CIA havia enviado Wilson à África, para pesquisar a suposta compra de urânio do Níger pelo Iraque. Mais de um ano depois, o embaixador publicou um artigo no próprio 'New York Times', intitulado 'O que eu não encontrei na África', onde ele perguntava: 'Será que a administração de Bush manipulou a inteligência americana sobre o programa de armas de destruição em massa de Saddam [Hussein] para justificar a invasão [no Iraque]?'
A publicação do texto de Wilson aconteceu no mesmo período em que o governo Bush divulgou a informação de que a inteligência havia encontrado armas de destruição em massa no Iraque, e Miller se encontrou com Libby dois dias depois que o artigo do embaixador foi divulgado pela mídia.
O principal assessor político de Bush, Karl Rove, também foi convocado a aparecer diante do grande júri (pela quarta vez) e deve comparecer na sexta-feira.
Miller estava presa no centro de detenção desde 6 de julho deste ano. No último dia 30, ela fez um acordo com a Procuradoria americana e foi libertada, testemunhando no mesmo dia diante do grande júri sobre duas conversas que teve com Libby, nos dias 8 e 12 de julho de 2003.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Judith Miller
Leia o que já foi publicado sobre Valerie Plame
Repórter do "NYT" presta novo testemunho em caso sobre a CIA
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A repórter do jornal "The New York Times" Judith Miller esteve nesta quarta-feira diante de um grande júri federal pela segunda vez, para testemunhar novamente no caso que investiga o vazamento da identidade de uma agente da CIA (Agência Central de Inteligência, na sigla em inglês), sobre uma conversa confidencial que teve com Lewis Libby, chefe da equipe do vice-presidente dos EUA, Dick Cheney.
Miller foi questionada por mais de uma hora depois de ter entregado suas notas detalhando uma conversa que teve com Libby no dia 23 de junho de 2003. Uma anotação em seus manuscritos se refere ao ex-embaixador americano Joseph Wilson --ex-marido da agente da CIA Valerie Plame.
A identidade de Plame foi revelada dias depois que Wilson criticou publicamente o governo americano pela invasão do país. O ex-embaixador chegou a afirmar que a revelação da identidade de sua mulher seria uma represália à sua posição em relação ao conflito.
O vazamento da informação pode, ainda, levar funcionários do governo a serem acusados criminalmente. Nos EUA, revelar publicamente a identidade de um agente secreto é crime.
Em 2002, a CIA havia enviado Wilson à África, para pesquisar a suposta compra de urânio do Níger pelo Iraque. Mais de um ano depois, o embaixador publicou um artigo no próprio 'New York Times', intitulado 'O que eu não encontrei na África', onde ele perguntava: 'Será que a administração de Bush manipulou a inteligência americana sobre o programa de armas de destruição em massa de Saddam [Hussein] para justificar a invasão [no Iraque]?'
A publicação do texto de Wilson aconteceu no mesmo período em que o governo Bush divulgou a informação de que a inteligência havia encontrado armas de destruição em massa no Iraque, e Miller se encontrou com Libby dois dias depois que o artigo do embaixador foi divulgado pela mídia.
O principal assessor político de Bush, Karl Rove, também foi convocado a aparecer diante do grande júri (pela quarta vez) e deve comparecer na sexta-feira.
Miller estava presa no centro de detenção desde 6 de julho deste ano. No último dia 30, ela fez um acordo com a Procuradoria americana e foi libertada, testemunhando no mesmo dia diante do grande júri sobre duas conversas que teve com Libby, nos dias 8 e 12 de julho de 2003.
Com agências internacionais
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