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13/10/2005 - 13h15

Ataque em Naltchik marca recrudescimento da violência no Cáucaso

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da France Presse, em Moscou
da Folha Online

O ataque ocorrido nesta quinta-feira em Naltchik, capital da república russa de Kabardino-Balkária, é o último episódio de violência ocorrido na região do Cáucaso. Um grupo ligado a rebeldes tchetchenos reivindicou o ataque, de acordo com um comunicado publicado na internet, em um site geralmente usado pelos grupos separatistas tchetchenos.

Veja os últimos ataques ocorridos na região:

Daguestão

Os ataques e atentados contra policiais e soldados são quase cotidianos no Daguestão, uma república situada a oeste da Tchetchênia. Centenas de membros das forças de segurança morreram neste ano.

Inguchétia

Na madrugada de 22 de junho de 2004, entre 200 e 500 combatentes armados, sob ordens do líder separatista tchetcheno, Shamil Basayev, lançaram uma série de ataques simultâneos em três cidades da Inguchétia, especialmente em Nazram, e dirigidos sobretudo contra instalações das forças se segurança.

O ataque, que durou algumas horas e durante o qual um depósito de armas foi saqueado em Nazram, deixou oficialmente 88 mortos, em sua maioria membros das forças de segurança. Apenas dois rebeldes, não incluídos no balanço oficial, morreram, segundo o governo russo.

Kabardino-Balkária

Em dezembro de 2004, um grupo de homens armados atacou a sede local da agência federal russa de antinarcóticos em Naltchik, matando os quatro funcionários que estavam no local, e apoderando-se de 79 fuzis automáticos e 182 pistolas.

Em janeiro deste ano, as forças de segurança de Kabardino-Balkária, apoiadas por tanques russos, lançaram uma operação de rastreamento na capital da república, para deter os dirigentes e militantes de um grupo extremista islâmico local, o Yarmuk.

Vários supostos militantes foram mortos. A operação deixou mortos também entre os civis.

Ossétia do Norte

Em 1º de setembro de 2004, um grupo terrorista invadiu uma escola em Beslan, na Ossétia do Norte, e fez mais de mil reféns, entre alunos, pais e professores. Eles reivindicavam a libertação de prisioneiros envolvidos em ações terroristas na Inguchétia, assim como a retirada e fim da ação das tropas russas na Tchetchênia, uma República da Federação russa que tem forte influência islâmica e que declarou independência em 1991. A Tchetchênia foi reanexada à Federação em 1994.

Os terroristas ameaçaram matar 50 crianças para cada rebelde morto e 20 para cada ferido. A ação durou três dias. No segundo deles, foram libertadas 26 pessoas, entre mulheres e crianças.

O presidente russo, Vladimir Putin, tentou negociar uma solução pacífica, para evitar que o atentado na Ossétia do Norte tivesse o mesmo fim da invasão de um teatro em Moscou, em outubro de 2002, quando 129 reféns foram mortos.

No último dia, forças de segurança russas invadiram a escola para tentar resgatar os reféns. A intervenção das forças especiais, segundo o governo russo, não estava planejada --a ação teria ocorrido após uma explosão no teto do ginásio, que propiciou a fuga de alguns reféns e a reação dos terroristas.

Ao menos 338 reféns morreram na ação --entre elas, cerca de 150 crianças.

Leia mais
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