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17/10/2005
-
13h55
da Folha Online
Nenhum helicóptero pôde sobrevoar nesta segunda-feira as cidades de Islamabad (capital paquistanesa) e Muzaffarabad (na Província paquistanesa da Caxemira), interrompendo a entrega de ajuda humanitária e a retirada de feridos nas áreas afetadas pelo desastre, segundo comunicado do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
O tremor ocorrido na Caxemira --que atingiu também a região indiana do território no último dia 8-- matou ao menos 39.422 pessoas, segundo dados oficiais dos governos da Índia e do Paquistão. Autoridades estimam que mais de 50 mil podem ter morrido. Segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), mais de 2,5 milhões de pessoas ficaram desabrigados e dos 4 milhões afetados, ao menos metade são crianças.
A entrada em funcionamento de uma unidade básica de saúde do CICV, em Chikar, no vale de Neelam, fornecida e operada pela Cruz Vermelha Japonesa, foi adiada, assim como os vôos de reconhecimento que seriam realizados no mesmo vale, de onde chegam relatos sobre um grande número de feridos.
As condições climáticas converteram-se no maior motivo de preocupação para todos os que se esforçam em levar ajuda a região da Caxemira administrada pelo Paquistão. Dentro de um mês, as nevascas limitarão o uso de helicópteros na zona. A reabertura das rodovias é um processo lento e
difícil.
O foco das atividades do CICV continua sendo os vales de Neelam e Jehlum, no distrito de Muzaffarabad, uma das três áreas mais afetadas, entre todos os sete distritos da Caxemira administrada pelo Paquistão.
Muzaffarabad
A interrupção na entrega de suprimentos provocada pelas más condições de tempo retardou ainda mais a abertura do hospital de campanha do CICV, que seria instalado sobre um campo de críquete, a partir da oferta de material feita pelas Sociedades da Cruz Vermelha Finlandesa e Norueguesa.
A situação piorou no heliporto. Duas das seis plataformas de aterrissagem estão fora de uso devido a um acidente, o que limita a capacidade de operação, caso o tempo melhore.
Já que as condições climáticas impedem os vôos, o CICV continua fazendo levantamentos e planejamento de distribuições humanitárias nos arredores de Muzaffarabad que são acessíveis pelas estradas. Três vilarejos no vale de Jehlum foram acessados hoje por equipes do Crescente Vermelho Paquistanês.
No primeiro local visitado, uma única casa permanecia de pé. No segundo, 27 dos 300 moradores morreram no terremoto. Nos três, o gado estava confinado em estábulos na hora do terremoto, o que provocou a morte de grande parte dos rebanhos. As plantações, nos três vilarejos, foram preservadas. Com base nas informações resultantes do levantamento feito hoje, o CICV e o Crescente Vermelho local distribuirão materiais de ajuda essencial aos três vilarejos, por estradas, amanhã.
O CICV conta, atualmente, com 50 delegados internacionais em Muzaffarabad.
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Nenhum helicóptero pôde sobrevoar nesta segunda-feira as cidades de Islamabad (capital paquistanesa) e Muzaffarabad (na Província paquistanesa da Caxemira), interrompendo a entrega de ajuda humanitária e a retirada de feridos nas áreas afetadas pelo desastre, segundo comunicado do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
O tremor ocorrido na Caxemira --que atingiu também a região indiana do território no último dia 8-- matou ao menos 39.422 pessoas, segundo dados oficiais dos governos da Índia e do Paquistão. Autoridades estimam que mais de 50 mil podem ter morrido. Segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), mais de 2,5 milhões de pessoas ficaram desabrigados e dos 4 milhões afetados, ao menos metade são crianças.
A entrada em funcionamento de uma unidade básica de saúde do CICV, em Chikar, no vale de Neelam, fornecida e operada pela Cruz Vermelha Japonesa, foi adiada, assim como os vôos de reconhecimento que seriam realizados no mesmo vale, de onde chegam relatos sobre um grande número de feridos.
As condições climáticas converteram-se no maior motivo de preocupação para todos os que se esforçam em levar ajuda a região da Caxemira administrada pelo Paquistão. Dentro de um mês, as nevascas limitarão o uso de helicópteros na zona. A reabertura das rodovias é um processo lento e
difícil.
O foco das atividades do CICV continua sendo os vales de Neelam e Jehlum, no distrito de Muzaffarabad, uma das três áreas mais afetadas, entre todos os sete distritos da Caxemira administrada pelo Paquistão.
Muzaffarabad
A interrupção na entrega de suprimentos provocada pelas más condições de tempo retardou ainda mais a abertura do hospital de campanha do CICV, que seria instalado sobre um campo de críquete, a partir da oferta de material feita pelas Sociedades da Cruz Vermelha Finlandesa e Norueguesa.
A situação piorou no heliporto. Duas das seis plataformas de aterrissagem estão fora de uso devido a um acidente, o que limita a capacidade de operação, caso o tempo melhore.
Já que as condições climáticas impedem os vôos, o CICV continua fazendo levantamentos e planejamento de distribuições humanitárias nos arredores de Muzaffarabad que são acessíveis pelas estradas. Três vilarejos no vale de Jehlum foram acessados hoje por equipes do Crescente Vermelho Paquistanês.
No primeiro local visitado, uma única casa permanecia de pé. No segundo, 27 dos 300 moradores morreram no terremoto. Nos três, o gado estava confinado em estábulos na hora do terremoto, o que provocou a morte de grande parte dos rebanhos. As plantações, nos três vilarejos, foram preservadas. Com base nas informações resultantes do levantamento feito hoje, o CICV e o Crescente Vermelho local distribuirão materiais de ajuda essencial aos três vilarejos, por estradas, amanhã.
O CICV conta, atualmente, com 50 delegados internacionais em Muzaffarabad.
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