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17/10/2005
-
16h31
da Efe
O terremoto que devastou o norte do Paquistão no último dia 8 não repercutirá negativamente no crescimento do país, afirmou o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo Rato.
O diretor-gerente do FMI fez sua primeira visita oficial ao Paquistão nesta segunda-feira, na qual visitou diversos hospitais de Islamabad e se reuniu com várias fundações de ajuda às vítimas da tragédia --que, segundo os números oficiais, deixou mais de 40 mil mortos e cerca de 70 mil feridos.
Rato se preocupou especialmente com as crianças, já que dezenas de milhares delas ficaram órfãs ou mutiladas.
"Em primeiro lugar, quero oferecer meu apoio e minhas sinceras condolências pela perda de vidas e pelo sofrimento causado pelo terremoto. Hoje me reuni com o presidente (paquistanês, Pervez) Musharraf e com o primeiro-ministro (Shaukat) Aziz, e disse a eles que o FMI está comprometido em ajudá-los neste momento difícil".
"Vi parte da tragédia humana deste desastre. Na área infantil do Instituto de Ciências Médicas de Islamabad, me comovi profundamente ao ver crianças feridas e fiquei impressionado com o delicado atendimento que recebem", acrescentou.
Economia
Rato ressaltou, no entanto, que, apesar da tragédia, a economia paquistanesa não sofrerá retrocesso nos próximos anos, devido à determinação com que o país dá prosseguimento a seu programa de reformas.
Segundo Rato, o Paquistão enfrenta vários desafios econômicos a curto prazo -- entre eles, a necessidade de ajuda de emergência e a de reconstruir a área afetada pelo terremoto.
"A comunidade internacional envia assistência, mas apesar disso será inevitável um aumento do déficit no orçamento. No entanto, não acredito que por causa disso o crescimento será freado", ressaltou Rato.
"Garanti ao presidente Musharraf e ao primeiro-ministro Aziz que o FMI se mantém disposto a fornecer assistência técnica e ajuda ao Paquistão. E destaquei que o futuro econômico do país ainda é brilhante, apesar da tragédia. Meu otimismo se baseia na confiança em que o Paquistão persistirá na aplicação das reformas", acrescentou.
Visita
O primeiro-ministro paquistanês agradeceu a visita de Rato e garantiu a ele que o Paquistão continuará no caminho atual, apesar dos desafios terem se multiplicado com a tragédia, considerada a maior da história moderna do país.
Aziz também agradeceu à ONU por ter convocado uma conferência de doadores para o dia 24 deste mês em Genebra, na qual o regime de Islamabad apresentará um plano de reconstrução para as regiões afetadas, espalhadas por toda a Caxemira paquistanesa.
"Explicaremos o que aconteceu, o que estamos fazendo para atenuar a desgraça e qual é o projeto de reconstrução. Trocaremos idéias e buscaremos vias de financiamento. É um longo caminho que temos pela frente", assegurou o primeiro-ministro.
Abrigo
De acordo com Aziz, a tarefa mais urgente é dar refúgio aos milhões que ficaram sem casa e reconstruir o mais rápido possível residências, escolas, hospitais e outros centros de primeira necessidade.
Quanto aos números de vítimas, o primeiro-ministro paquistanês elevou para 41 mil o de mortos e para mais de 67 mil o de feridos, muitos deles mutilados.
"Infelizmente, o número crescerá à medida que conseguirmos chegar às zonas mais remotas do país", onde a situação é ainda uma incógnita, concluiu.
No último dia 8 de outubro, um terremoto de 7,6 graus na escala Ritcher atingiu o norte do Paquistão, onde há a confluência de duas placas tectônicas das quais o Himalaia emergiu, há milhões de anos.
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FMI diz que terremoto não afetará crescimento do Paquistão
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O terremoto que devastou o norte do Paquistão no último dia 8 não repercutirá negativamente no crescimento do país, afirmou o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo Rato.
O diretor-gerente do FMI fez sua primeira visita oficial ao Paquistão nesta segunda-feira, na qual visitou diversos hospitais de Islamabad e se reuniu com várias fundações de ajuda às vítimas da tragédia --que, segundo os números oficiais, deixou mais de 40 mil mortos e cerca de 70 mil feridos.
Rato se preocupou especialmente com as crianças, já que dezenas de milhares delas ficaram órfãs ou mutiladas.
"Em primeiro lugar, quero oferecer meu apoio e minhas sinceras condolências pela perda de vidas e pelo sofrimento causado pelo terremoto. Hoje me reuni com o presidente (paquistanês, Pervez) Musharraf e com o primeiro-ministro (Shaukat) Aziz, e disse a eles que o FMI está comprometido em ajudá-los neste momento difícil".
"Vi parte da tragédia humana deste desastre. Na área infantil do Instituto de Ciências Médicas de Islamabad, me comovi profundamente ao ver crianças feridas e fiquei impressionado com o delicado atendimento que recebem", acrescentou.
Economia
Rato ressaltou, no entanto, que, apesar da tragédia, a economia paquistanesa não sofrerá retrocesso nos próximos anos, devido à determinação com que o país dá prosseguimento a seu programa de reformas.
Segundo Rato, o Paquistão enfrenta vários desafios econômicos a curto prazo -- entre eles, a necessidade de ajuda de emergência e a de reconstruir a área afetada pelo terremoto.
"A comunidade internacional envia assistência, mas apesar disso será inevitável um aumento do déficit no orçamento. No entanto, não acredito que por causa disso o crescimento será freado", ressaltou Rato.
"Garanti ao presidente Musharraf e ao primeiro-ministro Aziz que o FMI se mantém disposto a fornecer assistência técnica e ajuda ao Paquistão. E destaquei que o futuro econômico do país ainda é brilhante, apesar da tragédia. Meu otimismo se baseia na confiança em que o Paquistão persistirá na aplicação das reformas", acrescentou.
Visita
O primeiro-ministro paquistanês agradeceu a visita de Rato e garantiu a ele que o Paquistão continuará no caminho atual, apesar dos desafios terem se multiplicado com a tragédia, considerada a maior da história moderna do país.
Aziz também agradeceu à ONU por ter convocado uma conferência de doadores para o dia 24 deste mês em Genebra, na qual o regime de Islamabad apresentará um plano de reconstrução para as regiões afetadas, espalhadas por toda a Caxemira paquistanesa.
"Explicaremos o que aconteceu, o que estamos fazendo para atenuar a desgraça e qual é o projeto de reconstrução. Trocaremos idéias e buscaremos vias de financiamento. É um longo caminho que temos pela frente", assegurou o primeiro-ministro.
Abrigo
De acordo com Aziz, a tarefa mais urgente é dar refúgio aos milhões que ficaram sem casa e reconstruir o mais rápido possível residências, escolas, hospitais e outros centros de primeira necessidade.
Quanto aos números de vítimas, o primeiro-ministro paquistanês elevou para 41 mil o de mortos e para mais de 67 mil o de feridos, muitos deles mutilados.
"Infelizmente, o número crescerá à medida que conseguirmos chegar às zonas mais remotas do país", onde a situação é ainda uma incógnita, concluiu.
No último dia 8 de outubro, um terremoto de 7,6 graus na escala Ritcher atingiu o norte do Paquistão, onde há a confluência de duas placas tectônicas das quais o Himalaia emergiu, há milhões de anos.
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