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18/10/2005
-
08h42
da Folha Online
Equipes de resgate continuavam nesta terça-feira a entregar alimentos e outros bens essenciais aos sobreviventes do tremor ocorrido no último dia 8, que atingiu a Caxemira indiana e paquistanesa. Mas membros da ONU (Organizações das Nações Unidas) que atuam na região afirmaram que mais de 500 mil pessoas não receberam auxílio e correm risco de morte.
"Nós precisamos de 570 toneladas de comida todos os dias para alimentar as pessoas afetadas", afirmou Keith Ursel, um dos membros da ONU que atua nos esforços de resgate. "A fome, junto às doenças e o tempo ruim pode levar a mortes em massa".
O tremor ocorrido na Caxemira matou ao menos 39.422 pessoas, e deixou mais de 80 mil feridos, segundo dados oficiais dos governos da Índia e do Paquistão. Autoridades estimam que mais de 50 mil podem ter morrido. De acordo com a ONU, mais de 2,5 milhões de pessoas ficaram desabrigadas e outras 4 milhões foram afetadas pelo tremor.
Helicópteros conseguiram pousar hoje em Muzaffarabad, capital da Província da Caxemira paquistanesa, e entregar aos sobreviventes dessa cidade --que fica bem próxima de onde foi registrado o epicentro do tremor, que chegou a 7,6 graus na escala Richter-- enquanto que equipes médicas montavam hospitais emergenciais para atender aos feridos.
Segundo o diretor do Programa de Alimentação da ONU, James Morris, o resgate das vítimas da Caxemira é um dos "mais difíceis que o mundo já enfrentou".
"As agências humanitárias ajudaram algumas centenas de milhares de pessoas, mas ainda há ao menos 500 mil pessoas que precisam desesperadamente de ajuda, e que estão em lugares onde ninguém consegue alcançar", afirmou o diretor.
Centenas de vilarejos ainda não receberam qualquer tipo de ajuda, e milhares de pessoas correm risco de morte, devido ao frio e à fome. Morris disse que há "muito pouco tempo" para evitar uma catástrofe ainda maior.
Doenças
Nesta segunda-feira, autoridades do Paquistão disseram que a exposição às duras condições meteorológicas e às doenças poderiam fazer com que o número de mortos em decorrência do tremor chegasse a 54 mil.
Representantes da ONU afirmaram que ainda não foi registrada nenhuma epidemia, mas observaram que a falta de água potável e instalações sanitárias aumentam os riscos de diarréia e febre tifóide.
Farooq Nasir, porta-voz do Exército paquistanês, afirmou que helicópteros de menor porte tentam avançar para os vilarejos mais remotos, além dos vales do Neelum e do Jhelum. Nos últimos dias, equipes de resgate enviaram centenas de animais carregados de mantimentos a essas regiões.
O bloqueio das estradas também obrigou a organização de caravanas de mulas para levar ajuda aos desabrigados.
O distrito de Muzaffarabad possui 584 cidades e quase 700 mil habitantes, segundo o comissário adjunto da administração local, Liaquat Hussain. "O maior problema é a comunicação. As pontes estão cortadas, as estradas desapareceram e o restabelecimento das conexões representa um trabalho enorme", explicou.
Com agências internacionais
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Mais de 500 mil correm risco de morte por falta de ajuda na Ásia, diz ONU
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Equipes de resgate continuavam nesta terça-feira a entregar alimentos e outros bens essenciais aos sobreviventes do tremor ocorrido no último dia 8, que atingiu a Caxemira indiana e paquistanesa. Mas membros da ONU (Organizações das Nações Unidas) que atuam na região afirmaram que mais de 500 mil pessoas não receberam auxílio e correm risco de morte.
"Nós precisamos de 570 toneladas de comida todos os dias para alimentar as pessoas afetadas", afirmou Keith Ursel, um dos membros da ONU que atua nos esforços de resgate. "A fome, junto às doenças e o tempo ruim pode levar a mortes em massa".
O tremor ocorrido na Caxemira matou ao menos 39.422 pessoas, e deixou mais de 80 mil feridos, segundo dados oficiais dos governos da Índia e do Paquistão. Autoridades estimam que mais de 50 mil podem ter morrido. De acordo com a ONU, mais de 2,5 milhões de pessoas ficaram desabrigadas e outras 4 milhões foram afetadas pelo tremor.
Helicópteros conseguiram pousar hoje em Muzaffarabad, capital da Província da Caxemira paquistanesa, e entregar aos sobreviventes dessa cidade --que fica bem próxima de onde foi registrado o epicentro do tremor, que chegou a 7,6 graus na escala Richter-- enquanto que equipes médicas montavam hospitais emergenciais para atender aos feridos.
Segundo o diretor do Programa de Alimentação da ONU, James Morris, o resgate das vítimas da Caxemira é um dos "mais difíceis que o mundo já enfrentou".
"As agências humanitárias ajudaram algumas centenas de milhares de pessoas, mas ainda há ao menos 500 mil pessoas que precisam desesperadamente de ajuda, e que estão em lugares onde ninguém consegue alcançar", afirmou o diretor.
Centenas de vilarejos ainda não receberam qualquer tipo de ajuda, e milhares de pessoas correm risco de morte, devido ao frio e à fome. Morris disse que há "muito pouco tempo" para evitar uma catástrofe ainda maior.
Doenças
Nesta segunda-feira, autoridades do Paquistão disseram que a exposição às duras condições meteorológicas e às doenças poderiam fazer com que o número de mortos em decorrência do tremor chegasse a 54 mil.
Representantes da ONU afirmaram que ainda não foi registrada nenhuma epidemia, mas observaram que a falta de água potável e instalações sanitárias aumentam os riscos de diarréia e febre tifóide.
Farooq Nasir, porta-voz do Exército paquistanês, afirmou que helicópteros de menor porte tentam avançar para os vilarejos mais remotos, além dos vales do Neelum e do Jhelum. Nos últimos dias, equipes de resgate enviaram centenas de animais carregados de mantimentos a essas regiões.
O bloqueio das estradas também obrigou a organização de caravanas de mulas para levar ajuda aos desabrigados.
O distrito de Muzaffarabad possui 584 cidades e quase 700 mil habitantes, segundo o comissário adjunto da administração local, Liaquat Hussain. "O maior problema é a comunicação. As pontes estão cortadas, as estradas desapareceram e o restabelecimento das conexões representa um trabalho enorme", explicou.
Com agências internacionais
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